O objetivo da regulamentação e do maior rigor na fiscalização, segundo o Inmetro, é melhorar cada vez a qualidade dos produtos comercializados no País, sejam eles nacionais ou chineses
(publicado originalmente em O Regional, 14/03/12)
Inmetro será mais rigoroso na fiscalização de autopeças vindas da China. Diante do grande crescimento da importação de autopeças da China – que de 2009 a 2011, passou de US$ 467 milhões para R$ 1,25 bilhão, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) será mais rigoroso quanto ao comércio de autopeças.
O órgão estima que até o final do primeiro semestre deste ano, seis peças dos sistemas de direção e componentes, além de baterias e pneus deverão ser regulamentadas tecnicamente, ou seja, os produtos só poderão ser vendidos depois de receber o selo do Inmetro.
O sócio do Grupo Mixilim Gerson Plates, de Catanduva ressalta que a medida é importante pelo fato de “termos uma maior qualidade dos produtos oferecidos no Brasil e também daqueles vindos do exterior, principalmente da China. Mas acredito que o ponto negativo dessa mudança será o aumento dos produtos, já que a indústria vai ter que investir na melhoria de seus equipamentos e recursos humanos. É bem provável, que o consumidor final sinta um aumento no setor de autopeças, já que esses custos serão repassados”, disse.
O objetivo da regulamentação e do maior rigor na fiscalização, segundo o Inmetro, é melhorar cada vez a qualidade dos produtos comercializados no País, sejam eles nacionais ou chineses. “O consumidor muitas vezes não tem conhecimento que uma peça de qualidade inferior, pode causar inúmeros problemas ao automóvel, que vão de um simples gasto com combustível a quebra de peças quando do veículo em movimento. Há também, por vezes, a falta de garantia ou garantia por menos tempo que um produto de qualidade superior, o que mexe no bolso do consumidor, que tem que fazer a troca da mesma peça com maior freqüência. Às vezes o barato custa caro”, disse Plates.
ESTIMATIVA
O órgão prevê que até 2015, mais 11 peças também deverão ser certificadas, como por exemplo, amortecedores e buzinas. “Uma iniciativa do governo é sempre valida, pois melhora a qualidade dos produtos. Mas ainda assim, precisamos de uma política de incentivo para o setor nacional, que é tão onerado por impostos. É complicado competir com os produtos chineses, pois lá, as indústrias são beneficiadas pela política do governo chinês de incentivo à exportação, sem mencionar o baixo custo de mão-de-obra, entre outros benefícios”, afirmou o sócio do Grupo Mixilim, em Catanduva.
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