O pico da safra derruba os preços internos, favorecendo as vendas externas. As usinas se preparam para esse cenário.
por MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Enquanto o mercado interno vive um período de redução de oferta de etanol, as exportações de agosto atingiram o maior patamar dos últimos 22 meses.
Saíram pelos portos brasileiros 298 milhões de litros no mês passado, 23% mais do que em agosto de 2010, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Tradicionalmente, esse é um período de grandes volumes de exportação. O pico da safra derruba os preços internos, favorecendo as vendas externas. As usinas se preparam para esse cenário.
A quebra de produção, no entanto, derrubou a oferta e os preços internos subiram.
Mas os preços externos são bastante convidativos. Os 545 milhões de litros exportados em julho e agosto renderam US$ 386 milhões, 64% mais do que em 2010.
Com o desempenho de agosto, as exportações de etanol atingiram 1,1 bilhão de litros neste ano, volume ainda 5% inferior ao de igual período de 2010.
As receitas totais de janeiro a agosto somaram US$ 762 milhões, 26% mais do que nos oito primeiros meses do ano passado.
O patamar de preço deste ano fez com que o valor médio das exportações atingisse US$ 699 por mil litros, bem acima da média de igual período de 2010.
Até agosto de 2009, as usinas recebiam US$ 385 a cada mil litros. Em 2010, eram US$ 531 pela mesma quantia.
As exportações de açúcar, devido à menor produção brasileira, perderam ritmo neste ano, recuando 5% em relação a janeiro-agosto de 2010. Foram exportados 15,7 milhões de toneladas.
A demanda aquecida e a oferta mundial ainda não recomposta permitiram o aumento médio de 29% nos preços do açúcar em bruto e de 34% no refinado.
As receitas brasileiras somaram US$ 9,2 bilhões, 24% mais do que em 2010.
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