terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Política Nacional de Resíduos Sólidos já é uma realidade

 Algumas percepções de empresários e executivos do setor automotivo já são claras, mas muitas "lições de casa" ainda precisam ser providenciadas

A lei que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, já em vigência no País, vem ampliando ainda mais as discussões sobre o ciclo de vida dos produtos no setor automotivo, com destaque para as questões relacionadas com logística reversa e responsabilidades de cada elo da cadeia.

Visitei nas últimas semanas diversas empresas do setor automotivo em São Paulo, de oficinas a montadoras, avaliando o estágio atual das adaptações necessárias em consequência da PNRS. Algumas percepções de empresários e executivos do setor são claras:
  • A fiscalização vem aumentando no segmento de reparação (oficinas, concessionárias, centros automotivos), porém mantém-se estável nas indústrias, e ainda aparentemente insuficiente em ambos os casos.
  • A capacidade e competência da fiscalização é discutível, o que impacta na qualidade de sua atuação.
  • Apesar de assunto constante na mídia, o consumidor ainda é pouco sensível aos apelos ambientais em suas decisões de compra.
  • A PNRS possui muitos requisitos com interpretação duvidosa, sendo um exemplo importante a logística reversa em matéria-prima importada - como viabilizar essa questão com fornecedores de outros países?
  • Não é percebida mudança na postura da maior parte dos fabricantes de componentes automotivos em relação aos resíduos das oficinas (e o ciclo de vida como um todo), mesmo com suas claras responsabilidades pelas mudanças na legislação.
  • Muitos constam como certo o adiamento do prazo legal previsto para as adequações, o que colabora com a inação das empresas.
Hoje também tive a oportunidade de oferecer uma entrevista para o jornal Reparação Automotiva (Editora Präna), que será provavelmente publicada em sua próxima edição. O tema também era relacionado a aspectos ambientais, mais especificamente sobre dicas para oficinas mecânicas. Resumo abaixo os pontos principais que destaquei:

Documentação

Muitas oficinas não possuem sua condição formal devidamente estabelecida, com alvará de funcionamento, licença ambiental e outros documentos obrigatórios devidamente regularizados. Essa condição gera um risco grave, pois acaba tendo um efeito equivalente a uma batida traseira: independentemente de sua gestão ambiental, a empresa já é considerada culpada em caso de fiscalização.

Legislação Aplicável

A oficina deve atentar-se aos requisitos legais exigidos em âmbito federal, estadual e municipal. Vale ressaltar que quando tratamos de legislação, não é possível alegar desconhecimento - como cidadãos, temos obrigação de conehecê-la e aplicá-la. Para isso a empresa precisa procurar apoio competente, interno ou terceirizado, que a suporte na implantação e manutenção de um sistema ambiental.

Tendências

Muitas boas práticas ambientais já são consagradas, mas ainda não exigidas legalmente. Isso não significa que as empresas não possam aplicá-las, podendo posicionar-se na vanguarda e obter diversos benefícios: preparar-se para exigências futuras, diferenciar-se da concorrência e ter um papel importante no aculturamento da sociedade, gerando reconhecimento dos consumidores, com vantagens em negócios e (por que não?) praticando cidadania.

Por fim, comprometer-se com os aspectos ambientais não apenas é uma condição essencial para sobrevivência no mercado atual, mas fundamentalmente uma demonstração de respeito com o mundo que deixaremos para nossos filhos e netos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Norma ABNT regulamentará em 2012 pastilhas e patins de motocicletas




Por meio da norma ABNT 14.958-5 categoria L (veículos de duas rodas), o INMETRO regulamentará, em 2012, os materiais de atrito produzidos no Brasil para pastilhas e patins de freio de motos, com a exigência dos mais severos requisitos de desempenho e durabilidade.

Ainda não existe uma data específica para a norma entrar em vigor, mas o presidente da TMD Friction do Brasil e também conselheiro do Sindipeças e do IQA, Feres Macul Neto, estima que isso aconteça em seis meses, no mais tardar. O IQA – Instituto da Qualidade na Indústria Automotiva – é quem fornece suporte para vários itens das regulamentações do INMETRO, incluído os de freios.

O importante para Feres é que esta regulamentação salvará muitas vidas no crescente mercado de duas rodas, onde já existe uma moto para cada 18 brasileiros. E adianta que sua empresa, líder mundial na produção de lonas e pastilhas para sistemas de freio, há muito já atende e extrapola as exigências da futura regulamentação.

Destaque-se o processo do patim de freio moldado da TMD - patenteado (PI 9001700-5) em 2000 - gera melhor integridade estrutural e uniformidade do material de atrito sobre a superfície do patim de alumínio. Sua configuração ainda reduz o risco de “desplacamento”, além de eliminar vibrações e ruídos normais na tradicional configuração colada.

Com amplo leque de produtos para sistemas de freio de motos de qualquer cilindrada, o Grupo TMD Friction, no Brasil fabricante dos produtos Cobreq, possui três centros de pesquisa e desenvolvimento de materiais de atrito. Um deles encontra-se na Alemanha, onde a empresa é fornecedora de produtos originais para as motos BMW.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

2º Seminário de Qualidade Automotiva

Com o objetivo de incrementar a qualidade nos serviços automotivos prestados a população, além de divulgar as tecnologias disponíveis e acessíveis a toda a sociedade em termos de qualidade na reparação automotiva em forma de certificação a ASERV, com o apoio do SIMECS e SEBRAE, estrá realizando o 2º Seminário da Qualiddae Automotiva da Serra Gaúcha.

No dia 04/11 às 19h20 está programa a cerimônia de entrega de certificados IQA para 10 oficinas da Serra Gaúcha, e às 20h30 será realizada uma palestra técnica sobre certificação, ministrada pelo coordenador de serviços automotivos do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, José Palacio.

Data: 04/11/2011 - 13h às 22h e
05/11/2011 - 8h às 12h 30min

Local: Auditório da CIC - Caxias (ìtalo Victor Bersani, 1134)

Informações e inscrições: ASERV (54)3217.4641 - aserv@aserv.com.br





segunda-feira, 31 de outubro de 2011

IQA alerta para necessidade de certificação do Arla 32

Conforme a portaria Inmetro nº 139, de 21 de março de 2011, o agente redutor líquido de NOx automotivo não deve ser comprado sem o selo do Inmetro

release IQA divulgado em out/2011

São Paulo, outubro de 2011 – O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, alerta consumidores, reparadores automotivos, varejistas, distribuidores e produtores de Arla 32 (agente redutor líquido de NOx automotivo) que o produto somente pode ser comercializado no Brasil com o selo de conformidade do Inmetro (N. do Blog: O IQA é um organismo de certificação acreditado pelo Inmetro para certificação do ARLA 32).

“Trata-se de uma segurança que o consumidor tem ao adquirir o produto, de que ele tem qualidade e está conforme aos requisitos normativos, tal como já ocorre com pneus, componentes GNV, vidros automotivos, capacetes e outros componentes”, afirma Sergio Kina, gerente técnico do IQA.

De acordo com a portaria do Inmetro, a certificação vale tanto para o produto comercializado envasilhado ou a granel, e deve atender aos requisitos especificados na norma ISO 22241 (Partes 1 a 4). Assim, além do fabricante do produto, quem envasa o produto também deve realizar o procedimento de certificação. “Isso vale para importadores e empresas que compram o produto a granel e vendem com marca própria”, esclarece Kina.

Arla 32 – A partir do ano que vem, todos os veículos novos e zero Km comercializados no Brasil, movidos a diesel, deverão atender às normas da legislação Conama Proconve 7 (equivalente ao Euro 5), que estabelece reduções no nível de emissões de gases poluentes. Para atender às exigências da norma, uma das soluções adotadas pelas montadoras foi o sistema SCR (sigla em inglês para Redução Catalítica Seletiva), que utiliza uréia (base do Arla 32).

Neste sistema, além de utilizar óleo diesel com baixo teor de enxofre, o S-50 (50 partes por milhão (PPM); para se ter ideia o diesel comum tem 1.800 PPM), os veículos serão equipados com um tanque adicional para o Arla 32, que será injetado no sistema de escape para converter os gases nocivos (óxidos de nitrogênio – NOx) em vapor de água e nitrogênio.

Qualidade sem aumento de custo

Esta é uma situação que vai mexer com o mercado como um todo, da oficina ao fabricante de autopeças e também ferramentas e equipamentos automotivos

por José Palacio

As empresas do aftermarket automotivo estão em constante evolução, acompanhando as tendências de mercado, principalmente quando o assunto envolve legislações ambientais. A exemplo da cidade de São Paulo, que desde 2008 tem um programa ativo de inspeção ambiental veicular, outras regiões do estado de São de Paulo e também outros estados brasileiros começam a desenhar os projetos de verificação de emissões de gases poluentes emitidos por veículos automotores.

Esta é uma situação que vai mexer com o mercado como um todo, da oficina ao fabricante de autopeças e também ferramentas e equipamentos automotivos, e o melhor caminho é se preparar para esta nova demanda de serviços. E nada melhor do que a Certificação IQA para saber se o negócio está rentável ou não, oferecendo serviços de qualidade para que o cliente saia satisfeito, sem necessidade de retorno de garantia.

Recentemente estive em uma oficina que entrou em contato conosco pois quer começar o trabalho de pré-inspeção veicular. Em algumas localidades, as empresas de reparação e comércio de autopeças estão formando grupos para se fortalecer e oferecer aos clientes um diferencial de mercado.

Muitos estão entendendo que agir em grupo é mais fácil do que individualmente, pois conseguem ratear custos, trocar informações e as vezes até partilhar o uso de alguns equipamentos de custo elevado. Existem formas de buscar qualidade total sem aumentar os custos do negócio, pois algumas entidades oferecem subsídios para as empresas que querem evoluir. Mas, para isso é preciso estar preparado e ter em mente que mudanças devem ser feitas.

Ao formar um grupo, os líderes buscam consultores que avaliam o quanto as empresas participantes precisam investir para conquistarem os mesmos níveis organizacional e técnico, a partir de um padrão, um nível básico que deve ser o ponto de partida. Uma dica é utilizar a Certificação IQA, pois esta é a proposta da certificação de serviços: um padrão básico de atendimento, para oferecer ao cliente um serviço de qualidade assegurada.

Uma prática do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva é a não indicação de consultores, e nem a realização de consultorias, para que isso não prejudique o processo de auditoria e certificação. Porém, realizamos o treinamento de consultores, a partir das exigências da certificação, que passa a ser um especialista no assunto e, assim, pode orientar os participantes dos grupos sobre as práticas que ditam a certificação.

Dessa forma, se você já participa de algum grupo de oficinas ou lojas varejista e atacado, e busca um diferencial no mercado, saiba que pode contar com o know how do IQA, bastando para isso fazer contato e solicitar mais informações a respeito, para que você possa surpreender seus clientes, cada vez que eles forem ao seu estabelecimento, pois nos dias de hoje, atender bem e com qualidade já não é mais um diferencial e sim uma obrigação, ultrapassando suas expectativas.

José Palacio é coordenador de serviços automotivos do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O nascimento de um novo aftermarket


Seminário da Reposição Automotiva atrai público surpreendente e deixa uma grande dúvida no ar: é preciso criar um novo modelo de negócios para este mercado, mas qual?

por Cléa Martins e Patrícia Larsen (publicado originalmente no portal Mercado Automotivo, out/11)

Sabe aquela máxima de que não se mexe em time que está ganhando?

Esqueça. Nesta última edição do Seminário da Reposição Automotiva, que aconteceu no dia 13 de setembro, no Centro Cultural Fiesp – Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo –, em São Paulo, os dirigentes das principais entidades e das empresas mais tradicionais deste setor jogaram por terra a famosa teoria popular.

Segundo eles, apesar do ótimo momento pelo qual passa o aftermarket brasileiro, é preciso que o mercado encontre novas formas de fazer negócios se quiser evitar a acomodação cada vez mais comum do seu setor.

“Evidentemente que somos bons no que fazemos e que ainda temos pontos a melhorar, mas vejo que ainda fazemos negócios como na época do meu pai, focados apenas no preço. Temos que ter mais conhecimento dos nossos clientes e das suas necessidades.

O negócio tem que ser feito na base do ganha-ganha, mas para isso temos que buscar um outro modelo de relacionamento e gestão”, afirmou Ana Paula Cassorla Mallusardi, diretora de Marketing e Compras da Pacaembu Autopeças.

Ana Paula foi uma das integrantes da mesa no painel Visão Estratégica da Reposição Automotiva no Brasil, discussão que reuniu, além dela e do mediador, Antonio Carlos Bento, vice-presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), executivos como Edson Brasil, vice-presidente da Delphi Soluções em Serviços para América do Sul, Alberto Ruffini, diretor de Aftermarket e Marketing da TRW para América do Sul, Douglas Lara, diretor de Mercado de Aftermarket da ZF do Brasil, José Carlos Di Sessa, diretor Comercial da Car Central, Rodrigo Carneiro, diretor Comercial da Distribuidora Automotiva, e Antonio Carlos de Paula, diretor e gerente-geral da Pellegrino Distribuidora de Autopeças.

A horizontalização de uma cadeia que, pelo menos teoricamente, sempre se orientou de forma vertical, respeitando a ordem de fornecimento fabricante, distribuidor, varejista, oficina e, por fim, consumidor final, foi o tema que trouxe à tona a necessidade que esses empresários sentem de mudança: “Esse é um momento de transição e provavelmente novos modelos de negócio surgirão. Nós todos estamos disputando mercado e vai sobreviver quem fizer a melhor leitura dos acontecimentos”, disse Ruffini, que admitiu: “O difícil é saber qual a escolha certa e por isso todos sofremos, ninguém quer errar”.

Para Rodrigo Carneiro o fato de se ter um mercado com preços em queda mesmo quando há falta de peças é sinal de que muita coisa precisa ser repensada: “Depois de tantos anos de trabalho, estamos mais fortes. Mas, ao repensar nossos negócios, talvez devêssemos partir de pontos de vista menos extrativistas para um mais associativista”, disse à plateia. Ainda segundo ele, o objetivo da cadeia como um todo deveria estar concentrado no dono do carro: “O consumidor final não conhece nosso produto. Fica frustrado quando tem que reparar o veículo e não pode gastar com outras coisas. Temos que chamar a atenção de todos os elos da cadeia mostrando onde investir – o mecânico em capacitação, o lojista em vendas, deixando o estoque para o distribuidor, afinal ele existe para isso, e, por fim, as fábricas deveriam investir em treinamento e programas de conscientização”.

Segundo Douglas Lara, as empresas do setor precisam investir na construção de valores que possam redefinir não apenas o setor, mas as práticas que o regem: “Lembro de já termos discutido em anos anteriores como enfrentaríamos uma ou outra crise ou problema, e desta vez os ventos sopram favoráveis. No entanto, isso por si só não vai nos levar ao sucesso.

Nosso desafio hoje não é mais o de conseguir entregar ou não uma determinada peça, lógico que pode existir lacunas, mas esse problema já foi superado. Nosso grande desafio hoje é o de como agregar valor ao nosso negócio. Não estamos conseguindo fazer isso com nossa estrutura. Por isso temos que parar e pensar: o que nos trouxe até aqui é o que vai nos levar adiante?”.

Para Edson Brasil, seja qual for esse novo modelo de negócios, é importante que se leve em conta a força da cadeia da reposição: “Somos responsáveis pela manutenção de cerca de 80% da frota de veículos em circulação no País. E isso não acontece no resto do mundo. Mas não podemos achar que isso vai se manter assim para sempre. Os concessionários estão fazendo o trabalho deles, enquanto nós estamos trabalhando para vender mais barato. Encontramos peças de fabricantes tradicionais com preços com diferenças de 30% entre elas, o que não cabe mais para o nosso mercado”.

Além de discutir a estruturação da cadeia, o grupo ainda debateu sobre a importância da capacitação profissional, o aumento de demanda, a capacidade de atendimento de novos e crescentes mercados, como o de motocicletas e de veículos importados, e o investimento constante das concessionárias no setor de reposição e serviços. “Temos um cenário positivo e de muitas oportunidades e são os desafios que permitem que a gente aprimore toda nossa competência.

A expansão conseguida pelos distribuidores ao longo dos últimos anos em todo o País é uma prova disso, ou alguém conhece algum outro segmento que apresente tamanha capacidade de logística?”, exemplificou José Carlos Di Sessa. Mas não foi só a necessidade de mudar velhos hábitos ou de se repensar os negócios da reposição que deram tom ao debate promovido no Seminário deste ano. O bom momento vivido pelo País e principalmente pelo setor de reposição não deve parar por aqui. “Se a gente fizer a coisa certa e trabalhar em gestão, temos tudo para continuar crescendo. O mercado está aquecido e deve continuar assim. Só no ano passado, faturou R$ 20 bilhões, isso sem considerar pneus, vidros e outros componentes”, finalizou Antonio Carlos de Paula.

Outras importantes questões

Enquanto um ditado parece ter caído por terra no Seminário deste ano, um outro se manteve firme – de que informação é a melhor ferramenta de trabalho. Não foi à toa que Raul Velloso, consultor econômico e colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo, foi convidado para participar do evento.

Sua palestra, Cenário Econômico Brasileiro: Perspectivas e oportunidades, mostrou aos presentes que o mundo está cada vez mais integrado e que não existem mercados, nem setores, totalmente alheios aos impactos econômicos mundiais. Além disso, Raul apresentou um comparativo bastante interessante sobre a atual conjuntura econômica brasileira e a de demais países. “Temos vivenciado uma época em que a indústria de transformação tem caído, enquanto os setores de serviços crescem. Tudo isso tem sido propiciado pelo nosso governo que é anti-investimento e pró-consumo, ao contrário do governo chinês, por exemplo”, afirmou.

Se o panorama passado por Velloso fez com que a plateia do evento entendesse melhor alguns reflexos da importação, também mostrou que é preciso cuidar do mercado interno. E a palestra de Alfredo Carlos Orphão Lobo, da diretoria de qualidade do Inmetro, mostrou que o setor tem agido nesse sentido.

O selo Inmetro de autopeças, que deve disciplinar a comercialização dos itens automotivos no Brasil, é uma das medidas mais aguardadas pelo setor no que diz respeito ao combate não apenas de itens piratas e falsificações, mas como empecilho da entrada no mercado nacional de produtos de péssima qualidade. “Para certificarmos uma peça usamos como base normas de qualidade já existentes no País, como as da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou no exterior, como as do tipo ISO. E, a partir da implantação do programa, que hoje está em período de adequação, podemos não apenas barrar a entrada de produtos não certificados no País como também apreender produtos sem selo de conformidade ou interditar e multar empresas que trabalhem com esses itens”, explicou Lobo.

Se de um lado a indústria tem investido na valorização de seus produtos, de outro, a certificação também parece ser a bola da vez no setor de serviços. Pelo menos é o que mostrou no evento Paulo Rech, especialista em desenvolvimento industrial do Senai. “Os veículos mudaram e os profissionais devem ser outros. Não é possível que existam mais mecânicos de ouvido, como se dizia antes. A eletrônica embarcada está cada vez mais presente nos novos carros e exige diagnósticos precisos. Lembra o mecânico do Fusca, que consertava o carro inteiro? Isso não existe mais, hoje temos técnicos especialistas em diferentes áreas. A certificação é uma maneira que teríamos de garantir ao consumidor um bom serviço”.

Ao defender a normatização do trabalho dos reparadores Rech apresentou o Sistema Senai de Certificação de Pessoas que, para o segmento, tem como referência a Norma ABNT 15681, que orienta sobre a qualificação do mecânico de manutenção de veículos rodoviários automotores. Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), um dos grandes incentivadores da normatização da categoria, também se apresentou no evento. Segundo ele, os veículos evoluem ano a ano, o que complica os processos de manutenção. “Estamos num momento muito positivo de nossa história e, da mesma forma que me preocupo com alguns problemas, também me alegro em saber que temos nossas oficinas cheias, que as pessoas confiam na gente. Precisamos fazer isso valer, nos valorizar. Valorizar nossa mão de obra. Acredito que a certificação é um caminho”, diz Fiola. (N. do Blog: A Certificação do Profissional é fundamental, porém deve ser aliada à Certificação da Empresa, na qual o IQA oferece um reconhecimento do sistema de gestão da empresa, que é fundamental para o aproveitamento e resultados adequados dos profissionais envolvidos, com o máximo de benefícios para o consumidor final).

Em sua palestra o dirigente do Sindirepa-SP destacou ainda a importância do meio ambiente hoje dentro das oficinas. “Convivemos de perto com as exigências ambientais, como a do correto descarte de óleo lubrificante, e muitos de nós não perceberam ainda que, por outro lado, o meio ambiente é hoje um dos nossos grandes geradores de demanda. Precisamos saber usar isso a nosso favor e orientar nossos clientes sobre a importância da prevenção, seja ambiental ou de segurança”. (N. do Blog: Aqui também é importante ressaltar a possibilidade de reconhecimento de empresas de reparação automotiva que possuem um sistema de gestão ambiental através do IQA, apoiando-as no atendimento à legislação aplicada, o Selo Verde IQA-CESVI).

E por falar em prevenção, o engenheiro Olímpio Melo Álvares Jr., da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) explicou por que São Paulo e outros Estados e cidades no País ainda não implantaram seus programas de inspeções de veículos: “O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), através da Resolução nº 418, determinou um prazo e a forma para a implantação da inspeção ambiental nos vários estados da federação, seguindo o que já ocorre nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nós do Governo do Estado de São Paulo já estamos com tudo pronto e com o programa em fase de licitação há muito tempo. Não foi feito ainda porque esbarramos primeiro na resolução do Contran, de regulamentação dos itens de segurança, e depois na implantação da inspeção municipal de São Paulo”.

O evento

O Seminário da Manutenção Automotiva é considerado pelos representantes das principais entidades e empresas do setor o mais importante encontro anual do segmento. “Mais uma vez nos encontramos nesse evento que se consolida como o mais importante deste setor”, cumprimentou os presentes na abertura do evento Renato Gianinni, presidente da Andap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças) e do Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo).

Junto a ele, abriram a 17ª edição do Seminário, Elias Mufarej, diretor geral da Fiam para a América Latina e conselheiro administrativo do Sindipeças, Antonio Fiola, Antonio Carlos Bento, Álvaro Pereira, primeiro tesoureiro do Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo) e José Nogueira, diretor do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva):

“Esse evento é um momento de reflexão e acho que essa platéia reflete o interesse e a preocupação crescente do nosso mercado com qualidade, de produtos ou serviços. E refletir sobre o aspecto da qualidade faz com que a gente não tema ninguém. Quem faz o Brasil somos nós”, afirmou Nogueira.

Realizado pelo GMA, que integra as principais entidades do setor – Sindipeças, Anda, Sicap, Sincopeças e Sindirepa –, o evento é organizado pelo Grupo Photon. Nesta edição, presidida por Elias Mufarej, o encontro reuniu cerca de 500 profissionais, entre representantes de todos os elos da cadeia de reposição e até de montadoras: “O mercado brasileiro está cada dia mais interessante e cabe a cada um de nós tornar nossos produtos e nossas empresas mais competitivos e atraentes ao consumidor.

As entidades que nos representam trabalham para isso; neste ano, por exemplo, o evento mostra os frutos de trabalhos que vêm sendo feitos e que devem beneficiar todo o setor, como os programas de certificação dos componentes pelo Inmetro e dos reparadores pelo Senai”.

Ao final do evento, dois iPads 2, oferecidos pela Car Central (Roles), foram sorteados ao público presente.

Acompanhe as novidades no site do evento: www.seminarioautomotivo.com.br


Veja a galeria de fotos completa no site: www.seminarioautomotivo.com.br/fotos.html

domingo, 16 de outubro de 2011

Competitividade e qualidade: uma questão de educação

Há a necessidade de aprimorar os investimentos em Educação, e não somente com abertura de vagas, mas na formação das pessoas

por Mario Guitti


Todos têm falado do aumento da alíquota do IPI para veículos importados de países que não fazem parte do Mercosul ou que não têm acordo bilateral de comércio com o Brasil, como China, Coréia, Alemanha, entre outros. A medida foi acertada? Não sabemos ainda. Ao mesmo tempo, fala-se muito em competitividade e proteção à indústria nacional, dois assuntos que precisam e devem ser analisados com maior profundidade.


Competitividade tem de existir, mas só há competitividade se todos os players atuarem no mesmo mercado. Aumentar impostos impacta no consumidor; com certeza ele será o maior prejudicado em toda esta história, pois diminuirão as opções de compras compatíveis com o bolso dele. Existem, porém, outras formas de aumentar a competitividade, e esta é uma lição que governo e empresários devem fazer todos os dias, no trabalho e em casa.


O governo precisa trabalhar para melhorar o chamado ‘Custo Brasil’, com melhorias em infraestrutura e reforma tributária. Isso é fato mais do que discutido nas reuniões empresariais. Ele tem feito isso, ainda que a passos não tão rápidos quanto gostaríamos, mas, já começou. Porém, o buraco é mais embaixo.


Há a necessidade de aprimorar os investimentos em Educação. Exemplos não faltam. A Coréia colhe hoje os frutos dos trabalhos nas décadas dos anos 70 e 80, quando decidiu priorizar a educação. Este é um ponto que precisa ser aperfeiçoado, do nível Básico ao Superior, e não somente com abertura de vagas, mas na formação das pessoas.


Muitas vagas não significam necessariamente mais profissionais capacitados. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, existem mais faculdades de Direito no Brasil (1.240) do que no resto do mundo (1.100)! A informação que existe é de que se não houvesse o exame da Ordem dos Advogados, o número de profissionais atuantes, que é de 800 mil, passaria dos 3 milhões. E por favor, nada temos contra esses profissionais!


No caso dos cursos de Engenharia, os institutos de ensino no Brasil abrem anualmente 180 mil vagas. Depois do vestibular, 150 mil são preenchidas e destes, 60% desistem nos primeiros anos. É preciso aumentar o percentual de alunos que terminam o curso. Para se ter ideia, o valor investido por aluno aqui na USP é na ordem de R$ 30 mil por ano. Nos Estados Unidos, R$ 450 mil ou até mais, como nas grandes escolas. Isso para que ele se forme engenheiro.


Na Europa e Estados Unidos é comum a associação entre academia e empresas para fomentar a inovação e o desenvolvimento tecnológico. As empresas levam os temas e os problemas para esses centros que desenvolvem as pesquisas em busca de soluções e são remunerados tanto pela empresa quanto pelo governo. Esta é uma forma interessante das empresas, da universidade (estudantes, pós-graduados, mestres e doutores) e do governo de participarem deste processo. Isso já existe, porém precisa ser largamente ampliado no Brasil.


Esta é uma fórmula para melhorar o nível tecnológico no Brasil. Não vale apenas para o Superior, é algo que pode ser aplicado em todos os níveis. Temos hoje cerca de 8 milhões de desempregados e, ao mesmo tempo, 8 milhões de vagas disponíveis, mas os números não fecham, pois quem está desempregado não atende às exigências dos cargos.


Assim como fez a Coréia, podemos nos tornar competitivos o bastante, independente de alíquotas ou outros recursos artificiais, mas para isso temos de investir na base, que é a educação da nossa sociedade.


Mario Guitti é superintendente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Exposição tecnológica antecipa avanços em segurança veicular e redução de emissões de 4 a 6 de outubro

Saiba um pouco do que os expositores vão mostrar no Congresso SAE BRASIL

3M – Carro conceito em escala reduzida (1,70 x 1m) com inovações em tecnologias para a personalização automotiva. Em iluminação, destaca-se o Light Strings, um cabo de fibra óptica feito de um polímero de alta flexibilidade, resistência térmica e uniformidade de luz, utilizado como elemento luminoso funcional ou decorativo. Em design, novidades são os filmes de revestimento Trim Film e Specialty Trim Parts (STP). A 3M também apresenta adesivos Melt Sealing Tape (MST) e Structural Adhesive Filme (SAF).

AVL SOUTH AMERICA – Sistema AVL Move de medição de performance veicular sob condições reais, que verifica emissões e desempenho do veículo sob condições climáticas variáveis e imperfeições de asfalto, considerando elementos surpresa e direção ativa e defensiva de diferentes motoristas.

BENTELER - Tecnologias redução de peso, melhoria de desempenho, e soluções de baixo custo, como processos estampagem a frio de aços de alta resistência, estampagem a quente e extrusão de alumínio de alta resistência.

BORGWARNER – Turbocompressores, ventiladores, embreagens viscosas, comando de válvulas variáveis (VCT) e válvulas e coolers EGR: turbo R2S (dois estágios regulados) para o motor do Volkswagen Amarok, Turbo B1 (single stage) para o motor OM924 (Euro 5) da Mercedes-Benz, turbo KP39 para motores de veículos de passeio, válvulas EGR – GM 1.7, EGR Cummins, cooler Perkins, comando e válvulas variáveis (VCT), ventiladores e embreagens viscosas: SD11 700RF + Visctronic 732-B (conjunto de ventilador com hélice de anel com embreagem viscosa controlada eletronicamente), S710 (conjunto embreagem viscosa S710), Visctronic 842-B (conjunto de embreagem viscosa controlada eletronicamente).

BOSCH - Sistemas que reduzem o consumo de combustível e emissões de poluentes, e outros que proporcionam mais segurança e conforto, serão apresentados por meio de simuladores como o Start Stop, que desliga o motor automaticamente quando o carro pára em ponto morto, e o religa pelo acionamento do pedal de embreagem, reconhecendo o desejo do motorista; e o Flex Start, que elimina a necessidade do reservatório da gasolina em veículos flex fuel. Destaca-se ainda a nova eBike, bicicleta motorizada com propulsor elétrico que torna as pedaladas mais leves e auxilia o ciclista a percorrer distâncias maiores com menor esforço. Com motor de 250W de potência e peso de apenas 2.3 kg a eBike Bosch tem bateria de íons de lítio recarregável e o HMI (Human Machine Interface) localizada sobre o guidão.

CONTINENTAL PNEUS – Pneu de carga HSR2 (com Air Keep Inner Liner, que mantém a pressão interna do pneu no nível calibrado por um tempo até 50% maior em razão de sua estrutura molecular mais densa), para linhas regionais que cobrem médias e longas distâncias; e o ContiPowerContact, novo pneu para carros de passeio da marca, com as tecnologias ECOPlus, para redução do consumo de combustível e emissão de CO2, noise breaker, que evita a ressonância e a emissão de ruídos, indicadores TWI, que alertam o motorista para o momento ideal da troca, e TWI Wet, que mostra quando o pneu não é mais indicado para pisos molhados.

CUMMINS – Gama de produtos e soluções que atendem ao Euro 5/Proconve P-7, normas que controlam a redução de emissão de poluentes e entram em vigor a partir de 1º de janeiro. Todos os componentes e processos foram integrados dentro de uma estrutura completa que engloba desde o filtro de ar, na entrada de ar do motor, passando pelo motor, soluções de turbocompressor e de pós-tratamento de gases. Novos motores, fabricação e distribuição do Arla 32, novo filtro de ar Direct Flow são algumas das novidades da maior fabricante independente de motores Diesel.

DELPHI – MAPEC 3.0, tecnologia desenvolvida no Brasil que substitui equipamentos mecânicos por eletrônica embarcada em veículos de entrada, eliminando fusíveis, relês e módulos eletrônicos e possibilitando a utilização da telemetria veicular básica para monitorar e/ou ativar algumas funções elétricas dos veículos; Crimpless, novo conceito de processo para junção de cabos automotivos multifilares a terminais metálicos; GDI, sistema de Injeção Direta de Combustível que proporciona melhor eficiência na combustão, reduzindo as emissões e o consumo de combustível; Key Fob, sistema de segurança via smart phone que permite monitorar diversas funções do veículo; e também o Ingetor Diesel Multec 3, coletores de admissão; Cold Start, sistema de partida a frio; cabos de alumínio, conexões e terminais para cabos de alumínio; miniaturização em conexões e sistemas completos de ar-condicionado e arrefecimento de motor.

DHB – E3D, direção elétrica para veículos de pequeno porte que agrega comodidade, custo acessível e economia de combustível. Destinada a veículos populares (B-Entry), a E3D auxilia o motorista na execução de manobras de estacionamento. Já disponível para montadoras. Bomba hidráulica de alta performance, que garante eficiência 20% superior, consumo de potência 30% menor, além de peso 45% inferior ao dos similares (haverá um carro em corte para demonstrar a tecnologia E3D).

EDAG - Carro conceito EDAG Car-Sharing 2011 (mostrado por meio de imagens), derivado do Life Car, apresentado em 2010, com diferentes sistemas de funcionamento – elétrico, álcool, gasolina. Vem com tecnologia europeia, capaz de estabelecer comunicação via celular e GPS para se conectar a empresa de locação de veículos. Desta forma, o Car-Sharing fica disponível no local mais próximo do motorista. Possui sistema integrado para que o usuário seja reconhecido.

ELRINGKLINGER – Produtos aplicados no downsizing em motores A empresa mostrará novidades que confirmam seu domínio e expertise em alta engenharia embarcada para produtos metálicos e plásticos, entre elas novo sistema de vedação com ênfase na geometria da junta e desenvolvimento de novas ligas resistentes a temperaturas elevadas.

FIAT POWERTRAIN – Tecnologia multiair com destaque para o motor fire 1.4l 16v do novo Fiat 500, que marca a estreia dessa premiada tecnologia nos veículos brasileiros, desenvolvida pela Fiat Powertrain, para controle inteligente das válvulas de admissão de ar. Movido à gasolina, o propulsor alcança 105cv a 6.250 rpm de potência, com torque máximo de 13,6kgfm a 3.850rpm. O motor está de acordo com as normas da fase 5 do Proconve.

FREUDENBERG-NOK - Tecnologias avançadas para os novos motores nacionais, como selos para hastes de válvulas com lábios para vedação de gases Gas Lip e os retentores ESS - Energy Saving Seal e POP - PTFE Optimized Performance, além da exclusiva linha de vedações produzida com nanotecnologia. Esses e outros destaques da empresa fazem parte da ampla gama de soluções, com mínimo atrito e alta eficiência, produzida dentro do conceito LESS - low emission sealing solutions, disponível para as atuais e futuras gerações de veículos flex, a gás natural, diesel, biodiesel, híbridos, elétricos a bateria ou movidos a hidrogênio.

GENERAL MOTORS – Carro conceito elétrico Volt, que alcança autonomia de 64 km utilizando somente eletricidade, e combinando o uso de motor a combustão com o elétrico a autonomia aumenta para até 544 km; também o sedã Cruze, com acionamento do motor por interruptor Start/Stop no painel, sem necessidade de uso da chave.

HONDA – Motocicleta VFR 1200F, com transmissão de dupla embreagem acionada eletronicamente (sistema automático permite troca marchas com um toque); Veículo Honda CR-Z, esportivo híbrido com design futurista, primeiro híbrido equipado com caixa de seis velocidades e câmbio manual.

HONEYWELL – Linha de turbos desenvolvida para o atendimento às exigências do Proconve 7, que entra em vigor em 2012. Destaque para os turbos TGV (destinado a picapes com motor a diesel) de geometria variável e rotor de palhetas variáveis, que se abrem e fecham de acordo com a rotação do motor; Boreless (para caminhões pesados), com rotor do compressor sem furo passante, e outras recentes tecnologias desenvolvidas em parceria com os centros de pesquisas da Honeywell no Brasil, EUA e República Checa.

IQA - O Instituto da Qualidade Automotiva destaca as exigências do Inmetro na certificação de novos produtos, como Arla 32, rodas, e os componentes da portaria nº 301 de 21/07/2011 (amortecedores, buzinas, lâmpadas, bombas de combustível, pistões e anéis, bronzinas, pinos e anéis de trava). Apresenta, também, diversos treinamentos realizados pelo Instituto, como os de Formação EQF (Especialista em Qualidade de Fornecedores), Qualidade Automotiva (APQP, CEP, FMEA, ISOTS 16949, MSA, PPAP), VDA, ISO 9000, Kaizen, entre outros. Além disso, mostra as demais áreas de atuação, como certificação de sistemas, processos e serviços, com foco 100% no setor automotivo (indústria, distribuição, varejo ou reparação) e a distribuição de publicações e manuais técnicos.

JTEKT - Carro-protótipo para demonstração de EPS (Electric Power Steering System), ou direção elétrica, que absorve menos energia do motor, reduz emissões de gases nocivos na atmosfera. O protótipo estará à disposição dos visitantes que quiserem conferir de perto a tecnologia e testar as vantagens da direção elétrica, que assegura ao consumidor final maior conforto, segurança e economia.

KLUBER – Soluções em lubrificação para diversas aplicações, principalmente em óleos lubrificantes, especiais e graxas para o cilindro dos freios, vedações das portas, escapamento, câmbio, embreagem, transmissão, retentor do motor, suspensão, entre outros.

LORD - Adesivo estrutural Versilok® e o fluido magneto-reológico MR, o primeiro indicado à união estrutural de chapas metálicas. Com largo histórico de aplicações no Exterior, o Versilok® se diferencia por curar rapidamente à temperatura ambiente e permitir a eliminação de pontos de solda, tendência na indústria automotiva. O fluido magneto-reológico MR é usado na fabricação de sistemas de amortecimento semi-ativos de altíssima tecnologia, pois melhora a dirigibilidade, o conforto e a segurança.

MELLING – Válvula de Controle de Temperatura, que substitui o atual sistema termostático com rápido e preciso controle de temperatura (+/- 2,5°C), melhorando o desempenho do motor; Bomba D’Água com Embreagem Eletromagnética para redução de emissões de CO² e consumo de combustível, Eletronicamente operada com baixo consumo de energia – 12 watts /12 Volts (5,0 Nm de torque), a energia elétrica somente é necessária quando a bomba é desligada. Em caso de falha no suprimento de energia elétrica, há operação de segurança que permite o funcionamento como bomba d’água convencional.

MERITOR - Lança dois produtos para caminhões e ônibus: o eixo traseiro trativo 18X, dotado de tecnologia que diminui o seu peso, proporcionando maior eficiência, e o cardan RPL, que possui como principal atrativo um sistema que elimina a necessidade de manutenção durante a sua vida útil (lube for life).

METOKOTE - Líder mundial em revestimentos de proteção, a MetoKote mostra soluções customizadas para atender necessidades específicas de pintura. De sistemas de pintura robustos para grandes estruturas, chassis ou longarinas, até linhas de pintura e-coat compactas e desmontáveis para pequenos e médios componentes, como as SuperFlex e mikroKote™.

MWM MOTORES – MaxxForce 3.2H, desenvolvido com as mais novas tecnologias diesel, como os injetores centrais e verticais, o novo cabeçote 16 válvulas cross flow com comando único e o turbo de geometria variável Dual Axle, com comando eletrônico e roda de titânio, que proporciona maior durabilidade e robustez. O modelo está disponível na versão EGR e oferece 4,5% na redução do custo de combustível, 55% de melhoria no torque de arrancada, 400 mil quilômetros de vida útil do motor, tucho hidráulico que elimina a necessidade de manutenção das válvulas e sistema de distribuição traseiro de engrenagens. O MaxxForce 3.2H pode ser aplicado em caminhões leves, veículos urbanos de carga, mini ônibus, microônibus, picapes, SUV’s e vans.

NORMA GROUP - Linha de produtos que contribui para redução de consumo de combustível, composta por conectores, tubos plásticos - aplicações em sistemas de "cooling, fuel" - e abraçadeiras metálicas.

PETROBRAS – Lubrax Tecno Moto, lubrificante semissintético disponível no grau SAE 10W-40, desenvolvido para motores 4 tempos e que atende ao nível de desempenho API SL, garantindo maior vida útil ao motor. O Lubrax Tecno Moto ganhou classificação JASO MA2, a que garante maior vida útil ao conjunto motor/transmissão por permitir que o sistema trabalhe em zona mais segura (região ótima de atrito).

REMY – Motores elétricos Remy HVH, com tecnologia patenteada de estator de alta voltagem, de volume compacto e fácil acoplagem em aplicações elétricas e de tecnologia híbrida: o Remy HVH410 oferece maior densidade de torque e potência na maioria de aplicações para caminhões médios e pesados e ônibus urbanos, assim como veículos off-highway e o Remy HVH250 oferece maior densidade de torque, com melhor potência contínua.

SAE BRASIL – Fórmula elétrico e outros projetos estudantis vencedores - Primeiro carro Fórmula elétrico do Brasil, montado por estudantes da FEI; além de um Baja, Fórmula e um projeto de AeroDesign, e também três projetos vencedores das competições da SAE BRASIL projetados e construídos por estudantes. Também trabalhos técnicos estudantis do Instituto Mauá de Tecnologia, que conquistaram as primeiras colocações numa seleção de 22 ‘papers’ de universitários no País, pelo Comitê Educação de Engenharia do Congresso.

SAINT-GOBAIN – Para-brisas antiembaçantes e acústicos. O primeiro, aplicado pioneiramente no Novo Uno, garante visibilidade perfeita no uso do veículo em ambiente de baixa temperatura ou sob chuva. O modelo acústico, que reduz o nível de ruído interno de 5dB a 8dB, equipa o Citroën C3 Aircross, C3 Picasso e o Peugeot 408. A empresa traz, ainda, vidros laterais laminados, desenvolvidos para o Fiat Idea, Fiat Punto e Fiat Linea, que inibem atos de vandalismo e de furtos, e também os vidros Vênus, com nível de transparência que atende o Contran.

SCHAEFFLER – Veículo equipado com o conceito LESS de redução de emissões, que visa a desenvolver e otimizar sistemas e componentes para motor, transmissão e chassi, por meio da redução do consumo de combustível e emissões de CO2, com melhora da eficiência energética. Com o veículo é possível fazer simulações e medições que ajudam a reduzir em cerca de 1% o peso total, o que diminui o consumo de combustível. Para chegar ao projeto, os engenheiros da Schaeffler realizaram simulações computacionais baseadas em modelos de análise estrutural, dinâmica e mapas de consumo e emissões. O resultado foi o alcance de 2,5% em eficiência de consumo.

TE Connectivity – Linha de componentes para a arquitetura elétrica automotiva composta por terminais, conectores, sensores, relés, indutivos, mecatrônicos, módulos eletrônicos, cabos especiais, proteção primária, unidade de distribuição de energia, caixa de fusíveis e relés.

TRW – Airbags - Novos Roof Airbag Technology, airbags de teto com novo conceito de design compatível com ampla gama de arquiteturas de veículos e que poupam espaço no painel de instrumentos; Modular Airbag Kits, desenvolvidos para reduzir o tempo de instalação do equipamento no veículo e para tornar o sistema mais acessível; nova geração de airbags 3D e o Side Airbag (SAB), com novas formas para melhorar a proteção aos ocupantes; Driver Side Airbag with Self Adaptive Venting (SAVe), airbag para o motorista que infla de acordo com o tamanho, a posição e a distância deste; Knee Airbag: Low Monted Modulo, airbags para os joelhos; Passenger Side – PH14 MIC Module Concept, criado para atender aos inúmeros requisitos dos mercados mundiais, mais compacto e de fácil instalação, traz avanços no conceito de airbag para passageiros. Cintos de Segurança - Snake Pretensioner Retractor - SPR4, nova geração de pré-tensionador para retrator de cinto de segurança, com um design mais co mpacto e simples, pistão de plástico, em vez de metal, mais leve e amigável ao meio ambiente; novo sistema de segurança inteligente Automatic Emergency Braking - AEB / Active Control Retractor – ACR, com integração entre o cinto e o sistema de freios, define um novo patamar de segurança por ser projetado mitigar os efeitos de acidentes. O sistema combina o freio automático com o retrator do cinto de segurança.

VICTREX POLYMER SOLUTIONS - Lançamento do VICTREX WG102, que adiciona um novo composto termoplástico à sua linha de compostos da classe de desgaste VICTREX ® WG™ Premium. O novo composto foi desenvolvido em resposta às solicitações dos engenheiros e OEMs, fabricantes de equipamentos originais, no intuito de alcançar maior confiabilidade, redução de taxas de insucesso e aumento da eficiência energética para atender aos requisitos de resistência ao desgaste em aplicações na indústria.

VISTEON – C-Beyond, carro-conceito desenvolvido pela Visteon com tecnologias que vão de navegação avançada com informação de trânsito em tempo real, até controles precisos que obedecem comandos sensíveis ao toque, além de controle automático e individual da temperatura interna, faróis com regulagem automática de iluminação e programas de informação e entretenimento. Telas touch screen, acesso à Internet, comando de voz, TV digital, sistemas inteligentes de iluminação e de climatização entre outros. Quase todas as funções internas são por comando de voz. O carro foi desenvolvido com fibras naturais e materiais recicláveis.

VOLKSWAGEN – Nova geração do Touareg, utilitário esportivo com sistema de som e navegação “RNS 850”, que dispõem de DVD player, comando de voz e tela touchscreen de oito polegadas. Ele pode mostrar mapas em 3D, que podem ser armazenadas em disco rígido de 60 Gb. O processador é de alta performance (SH4) e trabalha juntamente com a memória RAM de 256 MB e memória flash com a mesma capacidade. Dezoito Gb do disco rígido são reservados para armazenar música ou vídeos. Outro destaque tecnológico do carro é o Area View, que permite visão de 360 graus em torno do veículo, como se o observador estivesse posicionado no topo do veículo. As imagens captadas podem ser combinadas e expostas individualmente na tela do rádio. Se a câmera traseira for selecionada, são mostradas linhas auxiliares dinâmicas e estáticas, ajudando o motorista a avaliar melhor as distâncias em manobras. Fora de estrada, as câmeras são usadas pelo Area View para mostrar a área mais próxima do veículo, ótim o em trilhas radicais. Outra função do Area View, a visão “Cross Traffic”, permite que o motorista enxergue 90 graus para esquerda e direita em pontos localizados à frente ou à traseira do novo Touareg.

ZEN - Potencial e processos internos no desenvolvimento de produtos, como conformação a frio e tratamento térmico, bem como toda linha de produtos, composta por impulsores de partida, polias de roda livre, tensionadores e polias desviadoras, mancais para motor de partida e alternadores, polias rígidas e planetárias.

20º Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL
Data: 4 a 6 de outubro de 2011
Local: Expo Center Norte/Pavilhão Vermelho- rua José Bernardo Pinto, 333, V.Guilherme, São Paulo,SP.
Inscrições: www.saebrasil.org.br


Pelo 3º ano consecutivo, Dokar Veículos é destaque por responsabilidade socioambiental


A Dokar Veículos, revendedora autorizada Volkswagen para Pindamonhangaba e região, foi agraciada com mais um prêmio de destaque. A concessionária foi reconhecida pelo terceiro ano consecutivo e recebeu da Prefeitura de Pindamonhangaba o certificado de empresa "Empresa Ecologicamente Correta".

Segundo o gerente geral da empresa, Gerson Britto Ataíde, é mais uma marca importante para a família Dokar, pela parceria que ela mantém com o município, valorizando o meio ambiente e cumprindo a sua meta de responsabilidade socioambiental.

“É com incomensurável alegria que a Dokar recebe mais este certificado e lembro a todos ainda que, nos próximos meses estaremos concluindo o Projeto junto ao CESVI e IQA para obtenção do Selo Verde para nossa Assistência Técnica.”, comemorou o executivo da empresa.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Responsabilidade do mecânico

Mecânico deve se responsabilizar pela aplicação quando se trata de garantia

(reportagem originalmente publicada na revista Reparador Automotivo, de agosto/2011)

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Amortecedor: a certificação da segurança

Item mais importante da suspensão de um veículo agora terá certificação compulsória do Inmetro, o que vai garantir um serviço de melhor qualidade pelo mecânico e mais segurança para o cliente

(por Carolina Vilanova - publicado originalmente na revista O Mecânico, set/2011)

Você bem sabe da importância de utilizar um amortecedor de boa qualidade no carro do seu cliente, assim como já deve ter ouvido histórias ou até mesmo presenciado, os sérios danos que uma peça de qualidade duvidosa pode acarretar. Quantos acidentes poderiam ser evitados se o sistema de suspensão estivesse em ordem, com o amortecedor cumprindo bem a sua missão, que é controlar as oscilações da mola e manter a roda em contato contínuo com o chão.

Mas os dias dos amortecedores paralelos estão contados. De acordo com a Portaria 301, publicado no Diário Oficial no final de julho, todos os amortecedores fabricados a partir dessa data deverão ostentar o logo do Inmetro estampado no produto, que vai certificar a qualidade da peça para uso no mercado de reparação veicular. Quem nos conta mais sobre essa ação é o coordenador de Serviços Automotivos do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), José Palacio.

"Essa é uma medida de prioridade absoluta, afinal o amortecedor é um dos itens de segurança mais importantes de um veículo, e isso vai trazer benefícios para o consumidor em relação à qualidade do produto vendido", enfatiza Palacio. "A partir de 3 anos não poderemos ter no mercado nenhum produto não certificado, sob pena de multa ao comerciante ou aplicador da peça e o prazo para produção é ainda mais apertado, de apenas 18 meses", afirma.

Ele ressalta que a certificação vai beneficiar o mercado quanto ao problema de peças falsificadas, mas o mecânico deve estar atento e não cair nas armadilhas. "Agora, para ser comercializado, o amortecedor vai passar por uma série de testes e ensaios que vão avaliar sua durabilidade, eficiência e performance, que serão realizados por órgãos competentes, como o IQA, e chancelados pelo Inmetro", garante.

Os prazos para essa adequação já foram determinados: os fabricantes têm 18 meses para cumprir totalmente a medida, assim como os importadores que, em seguida, ambos têm até 24 meses para desovarem os estoques. Já o varejo tem 36 meses no total para vender as peças em estoque.

"Hoje temos as marcas mais conhecidas que dão maior suporte e garantia do produto, mas existem outras empresas no mercado que nem sempre dão garantia da qualidade total do produto que está sendo aplicado no veículo, o que prejudica diretamente o trabalho do mecânico, colocando em risco até mesmo a integridade física dos ocupantes do carro", comenta Palacio.

"Com esse produto sendo de certificação obrigatória, os fabricantes terão que se adaptar as novas legislação do Inmetro, principalmente, por ser um item de segurança, senão perderão mercado", continua.

Garantia ao aplicador e ao cliente

A certificação vai servir como uma garantia de qualidade para mecânico e consumidor final. Pois, se todo produto fabricado tem a chancela do Inmetro de certificação, o mecânico tem melhores condições de mostrar ao seu cliente que o item é de qualidade, respaldado por uma portaria do Inmetro. "Com isso o profissional valoriza o seu trabalho de prestador de serviço comprovadamente, usando peças confiáveis nos reparos, conforme as normas vigentes", garante Palacio.

É certo que por algum tempo ainda vão ter amortecedores sem ter essa exigência até que seja plenamente colocada em prática. Mas é muito bom o aplicador prestar muita atenção na hora da compra. "Esse recado é importante pois, como sempre tem gente que quer burlar a lei, terão alguns fabricantes que vão tentar fabricar e vender o amortecedor de forma clandestina. Além disso, deve ficar atento e observar se o produto é recondicionado. O amortecedor não pode ser recondicionado de nenhuma maneira, não existe a remanufatura do amortecedor nem dentro nem fora da fábrica", alerta Palacio.

De onde vem o selo

É bom explicar que não é o Inmetro que literalmente certifica o produto, mas um organismo de certificação acreditado pelo Inmetro. "O fabricante de amortecedor deve ser certificado por esse organismo e fabricar o produto de acordo com a portaria do Inmetro, e é isso que o Organismo de certificação vai verificar no momento da vertificação", diz o coordenador.

Palacio orienta que o mecânico verifique ainda detalhes como a identificação do logo do Inmetro que deve ser gravada de forma clara indelével e não violável, impresso em baixo ou alto relevo, contendo o "I " do Inmetro e o número do registro no corpo do produto.

Também deve estar destacado na embalagem, em forma de adesivo ou impresso, os mesmos dados: o selo do Inmetro, o número do registro e a logomarca do OCP (Organismo de Certificação de Produto).

O que exige em termos de testes

Para atestar os amortecedores, organismos certificadores, como o IQA, realizam uma bateria de testes e ensaios em lotes do produto, de acordo com a norma técnica ABNT 13.308. Esta norma define os ensaios iniciais, amostragem e critérios de aceitação, divididos em família e a estrutura de cada amortecedor.

"Na verdade, o laboratório contratado pelo organismo testa o produto para verificar se o lote está aprovado, afinal todo teste laboratorial é destrutivo e serve para a confiabilidade da qualidade do produto que está sendo colocado no mercado conforme norma", explica.

Existem vários tipos de amortecedores, que passam por diferentes ensaios:

- de durabilidade: que avalia a vida útil através de uma simulação em máquinas especiais, das condições reais de trabalhos. Nesse caso, a peça é submetida a um equipamento e fica sendo acionada sem parar, simulando condições reais, como se o veículo estivesse realmente em movimento.

- de câmara úmida: realizado em câmera fechada para estanqueidade do vapor e com controle de temperatura.

- de névoa salina e corrosão: realizado em ambiente com uma solução de cloreto de sódio pulverizada continuamente como um material atacante, como se fossem impurezas da maresia e sal para ver o ataque no produto.

- de resistência à corrosão, que avalia a condição de todos os tipos de amortecedores, após os ensaios de névoa salina e da câmara úmida, para certificar que não há corrosão.

- de resistência à tração do conjunto amortecedor, que verifica o desempenho mínimo requerido de resistência à tração do conjunto, e a resistência deve suportar determinados quilos antes de estourar.

- de resistência da fixação do assento de mola, que verifica o desempenho mínimo requerido de resistência de fixação do assento da mola, prato soldado para sustentar o peso do carro.

- de verificação de bloqueio hidráulico, que verifica se está bloqueando.

- para homologação de haste, para verificar o desempenho dessa parte.

- de força lateral, aplicada perpendicularmente ao eixo longitudinal do amortecedor para ver até onde aguenta nas fixações dele.

O organismo de certificação tem a responsabilidade de acompanhar o ensaio de manutenção anual, completo, para cada família de amortecedores certificados.

Processo de certificação

A certificação de um produto é baseada em três etapas: avaliação e análise da empresa em linhas gerais, avaliação do sistema de qualidade do fabricante; acompanhamento dos ensaios que garantem que o produto atenda as condições mínimas de qualidade, embasadas por normas da ABNT e conforme portaria e requisitos do Inmetro. O IQA é um braço do Inmetro para executar essa regra, verificando tudo que o Inmetro exige através da portaria.

"A certificação de serviços disponibilizada pelo IQA ajuda na credibilidade no processo de reparação do veículo, pois verifica também se o aplicador está treinado adequadamente e se usa as técnicas especificas na substituição e no reparo do veículo em modo geral. Agora com a demanda e a exigência do selo, quem fizer direito vai aparecer mais, porque o amortecedor está na vitrine", comenta Palacio, que coloca o IQA a disposição do mecânico, como um lugar onde ele poder buscar orientação de como proceder.

É essencial lembrar que a preservação do meio ambiente é outro aspecto importante, por isso, a oficina deve contar com sistema de reciclagem do óleo na hora da troca do amortecedor além disto, o produto não pode ser descartado de qualquer maneira, deve ter destino ecologicamente correto. Hoje, empresas especializadas fazem a destinação correta separando os elementos e esse trabalho deve ser feito por todas empresas.

IQA participa de maratona de eventos

Neste último trimestre, o instituto participa do Congresso SAE BRASIL, Fenatran e ExpoFenabrave, com foco na certificação de produtos e treinamentos

(release enviado para a imprensa em setembro de 2011)

O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, marcará presença nos principais eventos do setor automotivo neste último trimestre.

Ao todo, serão quatro eventos, todos em São Paulo: Expomecânico (17 e 18/9, realizado no Autódromo de Interlagos), Congresso SAE BRASIL (4 a 6/10, na Expo Center Norte), Fenatran (24 a 28/10, no Anhembi) e ExpoFenabrave (23 a 25/11, no Expo Center Norte), sendo que o IQA também participa como apoiador institucional em todos eles.

“Nosso objetivo é destacar IQA como referência em certificação de produtos, treinamentos, certificação de sistemas, serviços, e publicações técnicas, com foco 100% no setor automotivo, seja indústria, distribuição, varejo ou reparação”, afirma Alexandre Xavier, gerente de Novos Negócios do IQA.

Treinamento – Como a maioria dos eventos terá como público alvo engenheiros e executivos da indústria (montadoras e fornecedores), o foco principal da atuação do IQA será na divulgação dos treinamentos que o IQA realiza, como os de Formação EQF (Especialista em Qualidade de Fornecedores), Qualidade Automotiva (APQP, CEP, FMEA, ISOTS 16949, MSA, PPAP), VDA, ISO 9000, Kaizen, entre outros.

“Por ter sido criado pelas principais associações do setor automotivo, com Anfavea, Sindipeças, entre outros, sabemos quais são as reais necessidades das indústrias e, assim, focamos todos nossos esforços para atendê-los com a melhor relação custo-benefício”, afirma Xavier.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Certificações garantem qualidade do setor automotivo

A certificação de produtos ganha espaço na cadeia produtiva de veículos leves e pesados como forma de garantir a segurança e a qualidade das peças


por Ricardo Schneider Talhiari


A indústria automotiva brasileira é um forte vetor de crescimento econômico para o Brasil e o seu padrão de qualidade é um dos mais altos de todo o mundo. Por essa razão, cada vez mais a figura da certificação ganha espaço na cadeia produtiva de veículos leves e pesados, como forma de garantir a segurança e aferir as boas condições dos produtos.


Já há muitos anos, fabricantes de peças para automóveis buscam a certificação opcional de seus produtos no empenho de prover maior confiabilidade para seus clientes. Desde meados da década de 90, porém, vários itens do segmento passaram a ser regidos sob a ótica da certificação compulsória (obrigatória), como resposta ao Plano Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), uma consequência da abertura de mercado promovida pelo governo.


A certificação, que é exigida pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), visa proteger o consumidor, pois trata da avaliação de um rol de requisitos mínimos de qualidade e segurança que um produto deve obedecer. Para isso, são verificados os tipos de materiais utilizados, o processo construtivo e outras condições previstas em normas técnicas vigentes e aplicáveis editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).


Hoje, já são várias as peças automotivas que integram ônibus e caminhões e que precisam ser certificadas, como pneus, vidros, rodas e líquido para freios. E esse número tende a aumentar muito. Em julho deste ano, o Inmetro publicou a portaria nº 301, que define a certificação compulsória de autopeças destinadas ao mercado de reposição, como amortecedores de suspensão, bombas elétricas, buzinas, pinos de trava e lâmpadas, entre outros produtos.


O prazo final para que o varejo adeque seus estoques à nova norma é julho de 2014, quando seus produtos precisarão sair das prateleiras já com o selo de uma entidade certificadora. Antes dessa data, porém, a legislação definiu prazos para a fabricação e importação de produtos (janeiro de 2013) e para a comercialização das peças por fabricantes e importadores (junho de 2013).


A observação dos prazos para cumprimento dessa regulamentação é muito importante, pois implica na manutenção da cadeia de fornecedores nacionais e na garantia do percentual mínimo exigido pelo governo de componentes brasileiros nos veículos. Caso os fornecedores não se atentem aos prazos, as empresas fabricantes e montadoras serão obrigadas a importar peças para atender a legislação, o que pode prejudicar a formatação do mercado atual.


Um bom caminho para alcançar a certificação da cadeia automotiva no Brasil é pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), organismo sem fins lucrativos criado pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades. Por tratar exclusivamente de componentes para veículos, o órgão, que conta a autorização do Inmetro, é a escolha mais natural para o setor que busca a regularização.


O IQA foi criado para prover suporte a toda indústria automotiva, ajudando no oferecimento de produtos com qualidade para o consumidor. Com o IQA, a Scania pode utilizar os serviços de certificação para garantir que suas concessionárias atendam aos clientes de forma padronizada, o que para a marca é uma vantagem competitiva. Algumas montadoras de veículos leves já fazem isso e vêm obtendo muitos benefícios.


Weslei Nunes / Por Ricardo Schneider Talhiari, gerente do Laboratório de Materiais da Scania Latin America e membro do conselho diretor do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva


(publicado originalmente no portal da revista Transporte Mundial, em setembro de 2011)





segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A proposta da Fiat para desenvolver alta tecnologia no Brasil




Diretor de qualidade propõe a criação de centros independentes

por Paulo Ricardo Braga, AB


Windson Vieira Paz (foto), diretor de qualidade da Fiat Automóveis, esteve recentemente com representantes do Ministério do Desenvolvimento (MDIC) e fez sugestões que poderiam muito bem ter sido incluídas entre as prioridades do Plano Brasil Maior, que o governo anunciou nesta terça-feira, 2 de agosto. A proposta dele, revelada a Automotive Business, é a estruturação de centros de alta tecnologia, com autonomia para criar soluções inovadoras na área automotiva. Não seria um instituto bancado por montadoras ou empresas de autopeças, mas independente.

"Os laboratórios do Inmetro em Xerém, Duque de Caxias (RJ), são exemplo de excelência a ser seguido. Mas precisamos de mais, muito mais", disse o engenheiro, lembrando que a China investe em sete centros, semelhantes aos que ele propõe para tornar disponíveis conhecimentos de interesse nacional. Seria um caminho seguro para avançar em nanotecnologia e eletrônica embarcada, por exemplo, que dificilmente vão receber aportes diretos de montadoras locais.

Mostrando-se desapontado com os rumos da educação no País, ele volta ao exemplo da China para falar sobre capacitação profissional e da Universidade Fudan, em Xangai, que abre as portas para estudantes estrangeiros fazerem MBA, dentro de padrões de uma Harvard ou Kellogs University. A diferença fundamental é o custo, da ordem de US$ 20 mil. As similares norte-americanas ou instituições brasileiras de ponta cobram cinco a sete vezes mais; valores razoáveis são oferecidos apenas em programas corporativos.

Ascensão da qualidade

Responsável também pelas iniciativas de sustentabilidade na Fiat Automóveis, Windson recebeu a tarefa de consolidar as atividades da qualidade, dispersas na empresa até 2004. "Nossos padrões deram um salto a partir do projeto do Palio, que foi um divisor de águas", diz o executivo, que elogia a visão sistêmica da montadora sobre inovação e qualidade presente nas formulações estratégicas.

A ascensão da qualidade ao rol das prioridades em processos e produção invadiu, também, as relações com os fornecedores. "Qualidade passou a ser uma exigência, não só um compromisso", define o diretor. Os conceitos estão presentes hoje em todas as esferas da operação, irradiando de forma transversal. Como injeção na veia, eles se espalham à base da cadeia de suprimentos e, no outro extremo, aos concessionários.

"O próprio Belini tem dado o tom de nosso trabalho na área de qualidade. Ele traz a experiência de trabalhar em diferentes áreas da cadeia de produção. Compreende as dificuldades e limitações do fornecedor. Na área comercial, conheceu a visão de qualidade do cliente e dos profissionais de pós-venda." Paz lembra que a agenda apertada do presidente leva ao teste de veículos até nos fins de semana.

E como entender o aumento dos recalls? Para o especialista em qualidade, nem sempre é possível culpar a velocidade da linha de montagem pelos problemas que têm surgido: acelerar leva a um estado de prontidão e repetição que pode ser favorável ao acabamento da manufatura. Ele admite, por outro lado, que há dificuldade para controlar a crescente complexidade dos veículos, especialmente com a introdução exponencial da eletrônica.

"Aqui na Fiat nunca chegamos de fato a trabalhar com ênfase total no mundo virtual, embora às vezes se tenha essa impressão. Há outras empresas à nossa frente, mas todos voltam a valorizar os testes físicos, a engenharia experimental, atividade forte para nós", esclarece.

Windson participa ativamente das reuniões no Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) (N. do blog: Windson é atualmente membro do conselho diretor do IQA, eleito para a gestão 2011 - 2013), que considera fórum propício para discussão de questões que afligem o setor. Ele reconhece que há uma variedade muito grande de normas e seria proveitoso padronizar especificações e regras para certificação. "De um lado estão os manuais europeus. Do outro os norte-americanos. A Ásia parece estar escolhendo o que há de melhor nas duas cartilhas. Aqui tivemos tentativas de afunilar as regras, mas acabam proliferando os requisitos específicos de cada marca."

O especialista em qualidade pondera que o País carece de centros de desenvolvimento para alimentar a inovação no setor automotivo. Assim, ficamos presos a algumas escolhas em que levamos vantagem evidente, como é o caso do flex, do etanol e outros biocombustíveis.

(publicado originalmente na revista Automotive Business, agosto de 2011, ano 3, nº 10)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Formação de Auditor VDA 6.3 - fluxo oficial

O fluxo oficial para formação de auditor VDA 6.3 foi atualizado, retratando as exigências da VDA-QMC (Alemanha) e as melhores condições de viabilidade para os profissionais brasileiros.

Existe ainda uma possibilidade adicional, para auditores já formados na antiga VDA 6.3, que possibilita um "atalho" para qualificação oficial, através da realização de um treinamento de atualização da antiga para a nova versão, e caso aprovado em prova a viabilidade de realização do exame diretamente. Para isso, são necessárias evidências de treinamentos anteriores e do exercício da função como auditor no presente.

Veja abaixo o fluxo atual, e conheça mais informações sobre o processo e treinamentos VDA no website do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva (www.iqa.org.br):