domingo, 15 de agosto de 2010

IQA completa 15 anos


Ainda na sexta-feira, foi realizada a reunião mensal da diretoria executiva do IQA, onde apresentei as ações previstas esse ano para comemoração dos 15 anos do Instituto, demonstrando os resultados até o momento e os próximos passos para valorização desse importante marco do setor automotivo brasileiro. Entre outras ações, disponibilizamos desde o início do ano artigos que vêm recebendo considerável repercussão na imprensa, sendo o abaixo um dos principais destaques:

Alguém sabe o que é qualidade?
Por Márcio Migues, diretor-presidente do IQA e diretor Mercosul da Qualidade da Renault

O que é qualidade? Por mais que essa pergunta possa parecer simples, a resposta não é tão fácil. Um produto ou serviço rotulado como de boa qualidade hoje, amanhã poderá não atender às expectativas do consumidor. Qualidade para o prestador de serviços ou fabricante significa buscar o melhor. Para o consumidor é superar expectativas, portanto ele deve ser sempre o foco da atração de qualquer empresa.

A busca é incessante. Há 40 anos, a qualidade era definida como algo adequado ao uso e hoje o conceito caiu por terra, já que outros significados foram incorporados com o passar dos anos. O setor automotivo é reflexo da evolução, sempre acompanhada pelo consumidor. Voltando na história, na década de 1990, tivemos a abertura da economia brasileira para as importações. Do antigo carro importado Lada, passamos a ver nas ruas brasileiras carros evoluídos tecnologicamente e com mais qualidade. Com a chegada destes automóveis, só vistos quando viajávamos para o Exterior, os brasileiros se tornaram mais exigentes e isso foi um divisor de águas na história da qualidade automotiva.

O governo, então, instituiu uma série de medidas, como o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, para que o País se tornasse competitivo. Paralelo a isso, foram adotados o Código de Defesa do Consumidor, a ISO 9001, que marcou a nova exigência qualitativa, e com ela as certificações da qualidade e, avançando um pouco mais no tempo, o Procon, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e outros organismos. Tudo aqui no Brasil estava em ritmo letárgico no que se refere à qualidade. Mas o início da década foi marcado por um ‘boom’ no quesito qualidade.

No setor automotivo, as montadoras passaram a investir mais em novas tecnologias, nos produtos desenvolvidos e na qualidade dos processos. E elas puxaram o resto da cadeia. Para atestar a qualidade do setor, foi criado um organismo de certificação neutro e específico do setor automotivo, o IQA, atuante desde 1995. Na época, o IQA era uma espécie de ‘olhos do Inmetro’ na qualificação do setor, principalmente na certificação de produtos automotivos. Com o tempo, o Instituto ampliou seu leque de atuação e passou a certificar também serviços e sistemas de gestão, o que tornou ainda mais importante o seu papel na qualificação do setor.

Hoje, a indústria automobilística brasileira está alinhada com o que acontece ao redor do mundo. Um carro ‘médio’ fabricado no Brasil não deixa a desejar para um mesmo fabricado na Europa, já que o padrão de qualidade é o mesmo. Sabemos que a qualidade neste setor é um quesito fundamental, uma evolução que o consumidor acompanhou e continua acompanhando.

Então, voltando ao consumidor, foi ele, de certa maneira, o estopim da qualidade no Brasil. Mesmo que os anos tenham passado, o consumidor (sim ele mais uma vez) continua ditando as regras da qualidade não só aqui, mas ao redor do mundo, ao exigir, cada vez mais, excelência no padrão de atendimento e na prestação de serviços dentro da cadeia automotiva e em qualquer outra área. Quer a prova? Veja o espaço que os jornais e outras mídias dão para as reclamações do consumidor.

É ele quem impõe essa busca incessante de ‘superar as expectativas’. Demos um boom na qualidade, e isto é um fato. A primeira corrida foi para superar a defasagem e agora é para superar as expectativas. Para isso, todas as empresas devem se preparar.

Márcio Migues é diretor presidente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), que completa em 2010 15 anos de promoção da qualidade no Brasil (marcio.migues@iqa.org.br)

A visita da VDA-QMC no Brasil


Na mesma quinta-feira tive a oportunidade de jantar com o Sr. Thomas Junggeburth, responsável na VDA-QMC por suas representações internacionais, além de diretor de marketing de serviços na sede da BMW, na Alemanha (não foi o foco de nossas tratativas, mas veja o seu trabalho em http://www.bmw-welt.com/). No dia seguinte, as conversas foram enriquecidas em reunião envolvendo os diretores da qualidade no Brasil de Volkswagen, MAN, Mercedes-Benz, Renault e Bosch.

A VDA-QMC - Verband Automobilindustrie e V. (VDA) - Qualitäts Management Center (QMC) – Associação das Montadoras e Autopeças Alemãs, com sede em Frankfurt, composta por representantes da indústria automobilística, e tem por objetivo aprimorar a produtividade e a qualidade do setor. O IQA, como representante da ANFAVEA (Associação das Montadoras Brasileiras de Veículos), foi escolhido para adaptar, publicar e distribuir os manuais da coletânea VDA no mercado nacional. O IQA oferece também com exclusividade treinamentos abertos com o reconhecimento oficial da VDA-QMC.

As discussões nessa visita tiveram foco na nova edição do manual VDA 6.3, que já foi lançado na Alemanha e cuja tradução terá início na próxima semana através do IQA. As mudanças foram significativas, e exigirão forte reciclagem de auditores, consultores e profissionais envolvidos com atividades junto à cadeia produtiva de montadoras alemãs no Brasil, qualificação que o IQA disponibilizará ao mercado ainda nesse semestre - a data para início das novas exigências ainda não foi definida pelas montadoras, porém isso deve ocorrer em um futuro bastante próximo, considerando sua atual disponibilidade.

Para quem não conhece, a metodologia do manual VDA 6.3 refere-se a Auditoria do Processo, envolvendo desde o significado e a área de aplicação da auditoria de processos de manufatura ou serviços, além de esclarecer a relação entre auditorias de sistemas, processos e produtos. Utilizado para avaliar e monitorar a implementação dos processos e assegurar a sua confiabilidade, e em caso de discrepâncias tomar as medidas apropriadas para as correções necessárias.

Mais informações no website do próprio IQA (http://www.iqa.org.br/) e da VDA-QMC (http://www.vda-qmc.de/).

O belo trabalho da Cavenaghi para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida


Quinta-feira passada tive a oportunidade de conhecer o trabalho realizado pela Cavenaghi, empresa pioneira e líder de mercado no Brasil, desenvolvendo equipamentos de adaptação veicular para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Estive lá apresentando o novo processo de certificação para fabricação de veículos acessíveis, compulsoriedade estabelecida por portaria do Inmetro, que possui força de lei - essa obrigatoriedade atinge todos veículos de transporte rodoviário ou urbano de passageiros, à partir de 10 ocupantes. O prazo para adequação das empresas já se encerrou (junho/2010), e quem não estiver adequado corre riscos de sofrer as penas definidas para essa situação.

O processo de certificação para esse segmento de atividade envolverá não apenas auditoria do processo de fabricação (que inclui avaliação de requisitos exigidos pela ISO 9001), mas também inspeção amostral de veículos, através de organismo de inspeção acreditado pelo Inmetro.

Para quem não tem contato, pessoal ou profissional, com a parcela significativa da população que não é "andante" (termo em homenagem ao amigo Steven Dubner), é uma surpresa ver a grande variedade de opções de produtos e serviços oferecidos pela Cavenaghi, em diferentes valores, condições... Cumprindo um papel fundamental de inserção desse público na sociedade, não apenas através da acessibilidade física, mas também psicológica com grande variedade que permitem escolham que passam pela necessidade e também por questões de conforto e mesmo status (por que não??).

Seus produtos envolvem adaptação de veículos, cadeiras de rodas (venda e locação), almofadas especiais, acessórios para locomoção, banho, órteses, incontinência urinária e atividades da vida diária. Serviços incluem auto-escola, táxi, despachantes... Tudo muito bacana e adequado ao mundo atual e suas exigências em questão de responsabilidade social.

Foi um grande prazer conhecê-los e ser considerado, através do IQA, como suporte técnico para apoiá-los nas adequações necessárias agora por exigência governamental - e ainda mais bacana ouvir de um de seus diretores que não pretendem apenas cumprir o que é obrigatório, mas aproveitar a oportunidade para melhorar ainda mais a qualidade de sua atuação, o que beneficiará diretamente o público que depende deles.

Veja mais detalhes em http://www.cavenaghi.com.br/

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Apresentação IQA para diretoria do Sincopeças

Hoje participei de reunião da diretoria do Sincopeças - Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (http://www.sincopecas.org.br/), apresentando projeto para reformulação da atual Certificação de Serviços Automotivos IQA para lojas de varejo de autopeças.

O Sincopeças oferece valorosos serviços para seus associados, incluindo cursos, palestras, assessoria jurídica, além de defender e coordenar seus interesses econômicos e profissionais junto ao governo e sociedade. É presidido desde 2008 pelo Sr. Francisco Wagner de La Torre, que participa diretamente da concepção do novo projeto com o IQA.

A ideia principal do novo formato proposto é revisar todos os requisitos existentes, criando uma comissão permanente de empresas que apoiarão a constante relevância do uso da certificação como ferramenta de gestão, englobando apoio para treinamentos e suporte para consultoria de terceiros.

Estamos atualmente nas etapas iniciais de desenvolvimento do projeto, que caso evolua conforme previsto deve ter seu lançamento oficial no início de 2011.

Ferros velhos aos milhares


(bacana aparecer na imprensa, porém não foi bem isso que eu disse para a jornalista do portal de Economia do IG - destaco abaixo a informação adequada sobre o assunto)

De acordo com o Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, atuam no Brasil no comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicas, ramo popularmente conhecido como ferro-velho, três mil empresas de pequeno e médio portes.

O aumento da preocupação das empresas automotivas (oficinas, concessionárias e retíficas) com o meio ambiente fez com que o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) criasse o chamado “selo verde”, em funcionamento desde 2009.

Para conseguir a certificação, a empresa precisa estar legalizada, atender requisitos como bom estado de conservação do local, fazer coleta seletiva, usar, de preferência, energia solar, entre outros. Além disso, será preciso desembolsar em torno de R$ 2 mil para adquirir o selo, que dura um ano.

Na renovação do certificado, é necessário que a empresa apresente melhorias desde a última visita do Instituto. Caso permaneça igual, há possibilidade de perder o selo verde. Hoje, 12 empresas são certificadas e o Instituto espera que o número aumente. “A certificação está diretamente ligada com a relação da sociedade para com o ambiente. Como o nosso selo não é obrigatório, apenas empresários com visão estratégica percebem seus benefícios diretos: evitar a incidência de multas e problemas com fiscalização, além de ampliar seu mercado de atuação e fidelizar o cliente cada vez mais consciente de sua responsabilidade socio-ambiental.”, afirma Alexandre Xavier, gerente de negócios e marketing do IQA.

O conteúdo integral da reportagem pode ser visualizado no Portal de Economia do IG (http://bit.ly/c8Y2Av).

Certificação obrigatória é a saída para peças falsas


(baseado em artigo de Antonio Carlos Bento, diretor do IQA, esse conteúdo foi publicado em diversas mídias, incluindo Jornal Do Brasil e a edição atual do Correio Mecânico).

O mercado brasileiro perde entre 5% e 10% com a pirataria e a falsificação de autopeças, presente hoje em todo o País, de acordo com Antonio Carlos Bento, diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA). Segundo dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), o volume anual da falsificação e do contrabando de autopeças no Brasil chega a R$ 3,5 bilhões. Isso sem adicionar as peças de baixa qualidade, fabricadas sem atender qualquer requisito ou norma de qualidade. A invasão de peças não prejudica somente a economia e os fabricantes nacionais ou estrangeiros que atuam regularmente, mas o motorista, que tem sua segurança comprometida.

A pirataria e a falsificação permitem a entrada de produtos que não possuem nenhum critério de qualidade e podem colocar em risco a segurança de motoristas e passageiros. As peças aplicadas no veículo, quando é necessário fazer a substituição, devem ter a mesma qualidade e características da original que veio de fábrica. Este é um item muito importante para que o reparo seja bem feito.

Sobre os impactos na economia, o Brasil saiu de um superávit na balança comercial do setor de autopeças de R$ 2 bilhões em 2000 para um déficit de US$ 2,49 bilhões em 2009. A previsão é que o saldo negativo chegue perto de R$ 4 bilhões neste ano. É claro que devemos incentivar o comércio internacional, não só pela questão econômica, mas também, e principalmente, pelo aprendizado constante que esse comércio nos exige. No entanto, sabemos que essa balança comercial é afetada, também, por produtos de baixa qualidade e procedência duvidosa. Isso sem falar naqueles produtos que entram no País por canais obscuros.

Mas o setor de autopeças não está parado. Por meio do Sindipeças, trabalha para que se crie no Brasil uma legislação para estabelecer certificado de conformidade para autopeças fabricadas aqui e em qualquer país. Com a certificação, o problema será reduzido inexoravelmente. O IQA também trabalha para fomentar e identificar produtos automotivos que devam ter certificação compulsória.

Publicado originalmente no portal do Jornal do Brasil (http://bit.ly/ae9pDc).

5ª Roda e Pino-Rei??

Olhando o post abaixo, pensei: quantas pessoas sabem por acaso o que é uma 5ª Roda e Pino-Rei? Eu pelo menos não sabia até pouco tempo atrás. Atrasado, mas...

Pino-Rei

Elemento mecânico do veículo rodoviário semi-reboque e, eventualmente, de um dolly, para acoplamento a articulação destes à unidade de tração ou outro reboque.

Quinta-Roda

Dispositivo de engate em forma de prato destinado ao acoplamento entre veículos rodoviários (exemplos: caminhão trator, veículo trator, reboque e semi-reboque), que dispõem de um sistema de travamento automático que acoplam o conjunto por meio de um pino-rei.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Certificação de 5ª Roda/Pino-Rei: análise de oportunidades com a ANFIR


Após o almoço, dirigi-me à ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (http://www.anfir.org.br/), onde realizamos reunião para discussão sobre oportunidades de parceria entre IQA e a Associação para apoio às empresas que precisam se adequar ao novo processo de certificação da fabricação de 5ª Roda e Pino-Rei, obrigatoriedade estabelecida pelo Inmetro desde 2009.

A ANFIR foi criada em 1980, e hoje em dia 153 associados e 1424 afiliados, desde micro, pequenas, médias e grandes empresas, ligadas ao segmento de transporte de cargas. Estas companhias são as responsáveis pela fabricação de todos os implementos rodoviários utilizados no Brasil. A entidade participa ativamente em todas as comissões de estudos dentro do CB-39 e da Câmara Temática de Assuntos Veiculares, com o objetivo de melhorar ainda mais a segurança passiva de todos os implementos rodoviários fabricados no País.Os prazos para adequação das empresas em relação a certificação desses produtos são os seguintes:

Pino-Rei

Fabricantes e Importadores (até 22/02/2010)
Pontos de Venda (até 22/01/2011)

5ª Roda

Fabricantes e Importadores (até 30/05/2011)
Pontos de Venda (até 30/06/2012)

O modelo de certificação exige auditoria e ensaios por amostragem (necessário tempo hábil para adequação), e o IQA já é um organismo de certificação acreditado pelo INMETRO para essa modalidade de avaliação.

O intuito da parceria entre IQA e ANFIR é oferecer condições especiais para seus associados, envolvendo questões comerciais e suporte técnico. Outras oportunidades de atuação em conjunto foram discutidas, e serão tornadas públicas assim que definidos seus formatos.

Encontro com a empresa Alta Reciclagem


Hoje pela manhã recebi no IQA a visita da empresa Alta Reciclagem, retomando contato realizado anteriormente no início de 2009. Na época, estávamos ainda iniciando o desenvolvimento do projeto Selo Verde IQA-CESVI, o que dificultou vislumbrarmos as reais possibilidades de sinergia entre as organizações. Considerando o estágio atual do produto, já absolutamente amadurecido, contatei-os para discutirmos o que podemos fazer juntos.

A Alta Reciclagem busca agregar valor aos resíduos através do aumento da sua reutilização e reciclagem. Com uma rede de coleta integrada, realiza parte do gerenciamento de resíduos, aplicando o conceito da coleta seletiva e assegurando assim a otimização de custos com destinações finais.

Essa atividade de gestão de resíduos acaba tendo fundamental importância para pequenas empresas, devido aos altos custos (ou mesmo inviabilidade) de coleta de pequenas quantidades. Empresas com essa especialização coletam em diversos pontos, cobrando um valor acessível, e acumulando o montante necessário para a destinação final e correta. Contribuem também com informações e agilidade para organizações que possuem dificuldade em acessar e cumprir os requisitos legais.

Entendendo a importância dessa intermediação, o IQA trabalha atualmente na definição de exigências para esse tipo de organização, viabilizando a aceitação de sua participação no processo no atendimento dos requisitos de nossa certificação ambiental para empresas de reparação automotiva, o Selo Verde IQA-CESVI.

Mais informações em www.altareciclagem.com.br

IQA deseja aumentar atuação junto às empresas do setor automotivo do ABC


(Ontem foi dia de evoluir com os procedimentos de diversos eventos em que o IQA organizará ou participará nesse 2º semestre, inclusive a Feira do Grande ABC - segue abaixo a transcrição literal da entrevista feita pelo Superintendente do Instituto, Mário dos Santos Güitti, sobre o assunto)

A Feira ABC, que acontece de 22 a 25 de Setembro no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, é uma oportunidade para empresários do Grande ABC encontrarem parceiros comerciais e de prestação de serviço. No caso específico do setor automotivo, uma das opções do evento será o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, entidade sem fins lucrativos mantida por Sindicatos Patronais, entre os quais Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

IQA oferece certificação de Serviços Automotivos, de Produtos e de Sistemas de Gestão, além de Publicações e Cursos. Desde 2008, devido à grande concentração de indústrias do segmento nas sete cidades, mantém uma parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, pela qual atende a Região. Com a participação na Feira ABC, o IQA visa colocar-se ainda mais próximo desse nicho da Região, conforme afirma em entrevista exclusiva o Superintendente do Instituto, Mário Guitti. Leia a íntegra abaixo.

Agência GABC: O IQA é um organismo de certificação sem fins lucrativos especializado no setor automotivo. Qual a sua principal missão junto às empresas?

Mário Guitti – IQA: A missão do Instituto, que comemora 15 anos este ano, é prover toda a cadeia automotiva - indústria, comércio e serviços - de ações para o desenvolvimento da qualidade e competitividade.

Agência: O Grande ABC é ainda hoje o maior polo automotivo do Brasil. Para o IQA, ela pode ser considerada uma região estratégica? Vocês têm estimativas do público total do IQA no ABC?

MG: Sim, é uma região estratégica porque é um importante polo automobilístico, onde inclusive o IQA possui um posto avançado em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, com objetivo de atender as necessidades desta região. Atuamos em toda cadeia automotiva, atendendo montadoras, indústrias de autopeças, empresas de reparação automotiva, concessionárias e demais fornecedores de produtos e serviços deste setor.

Agência: O IQA e a Agência GABC mantêm, há quase dois anos, uma parceria na realização de cursos, vendas de manuais e de atendimento ao empresários. Como o Senhor avalia os resultados dessa parceria até o momento?

MG: Até o momento, a parceria aponta grande potencial, mas os resultados são ainda modestos. Isso será influenciado a partir do momento em que as empresas se mobilizarem para a importância e os benefícios que os treinamentos e manuais do IQA podem agregar. Até agora os resultados foram bons, mas os empresários precisam ter consciência dos benefícios que estão à disposição deles. A partir daí os resultados serão melhores.

Agência: Muito tem se falado hoje de inovação no Brasil, mas um estudo da Roland Berger Strategy Consultants divulgado essa semana colocou o Brasil em 68º lugar em um ranking mundial de inovação, despencando 18 posições com relação a 2009. O IQA pode contribuir para que as empresas do ABC inovem e tornem-se mais competitivas?

MG: Sim, mas as empresas precisam estar atentas de que existem coisas a fazer, que devem investir em tecnologia, além de profissional capacitado. Hoje os empresários estão se preocupando muito com ações pontuais e quando atingem um patamar logo param de investir. Algumas empresas não aprimoram processos, com novos equipamentos; não realizam planejamento estratégico; além de não disseminarem o conhecimento dentro da empresa. Esses são fatores primordiais para garantir inovação e crescimento competitivo. Um exemplo é o que a entidade do governo britânico ‘UK Trade & Investments’ está realizando no Nordeste da Inglaterra. Está em andamento uma parceria, através da agencia do governo britânico ‘One North East’, que incentiva as empresas brasileiras a realizarem pesquisas, instalarem-se na região da Inglaterra ou até fornecerem peças produzidas aqui para as empresas de lá. As entidades brasileiras também precisam se preocupar em fomentar a inovação desta forma, a fim de criar um mercado competitivo mundialmente, e estabelecer uma visão global contínua. O IQA pode ajudar muito no aspecto de treinamento e na capacitação dos profissionais, e as empresas precisam melhorar a tecnologia e os processos.

Agência: A Feira ABC é um evento promovido pela Agência. Na sua opinião, qual a importância de um evento como esse para a economia local? De que maneira ela pode contribuir para o desenvolvimento regional?

MG: A Feira é uma grande mostra para as empresas do grande ABC. É uma maneira de apresentar tudo o que é feito na região, já que muitas empresas não conhecem tudo o que é produzido, e com a Feira isso se torna mais fácil. É possível, por meio da Feira ABC, que as empresas criem novas logísticas entre elas, diminuindo custos. É uma grande ferramenta para trocar conhecimento e realizar network e negócios também.

Agência: Qual vai ser a participação do IQA na Feira ABC 2010? Quais as expectativas com relação ao evento?

MG: O IQA terá um estande na Feira. O nosso objetivo é despertar interesse para as empresas conhecerem os serviços do IQA disponíveis para elas, que contribuem para o crescimento tecnológico e estratégico da organização. Assim, até o segmento mais modesto pode ganhar força com os serviços oferecidos pelo IQA.

Sobre a Feira ABC

A Feira Industrial e de Subcontratação de Serviços do Grande ABC é um evento promovido pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC com patrocínio da Caixa Econômica Federal, Petrobras e Solvay Indupa e apoio das Prefeituras dos Municípios, das Associações Comerciais, do CIESP Grande ABC e do Sebrae-SP. Seu objetivo consiste em criar um ambiente de integração e cooperação entre empresários, instituições públicas e entidades de apoio ao empreendedorismo, aproximando esses diversos agentes para intensificar as oportunidades de negócio regional.

Durante os quatro dias de Feira ABC, empresários poderão expor seus produtos a essa que é a 4ª maior região do País em geração de riquezas do Produto Interno Bruto (PIB), perdendo apenas para as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

II Feira Industrial e de Subcontratação de Serviços do Grande ABC – Feira ABC

Evento: de 22 a 24 de Setembro de 2010, das 14h30 às 21h. Dia 25 de Setembro, das 10 às 16h.

Local: Pavilhão Vera Cruz – Av. Lucas Nogueira Garcez, 756, Jardim do Mar, São Bernardo do Campo.

Informações: 11 4433-7352.

sábado, 7 de agosto de 2010

Mutual Bike é a mais nova empresa com pneus de bicicleta certificados pelo IQA


Nessa semana, a empresa Mutual Bike (do Grupo ACD) fechou contrato com o IQA para certificação de pneus de bicicleta.

O Grupo ACD (Associação para Cooperação e Desenvolvimento) foi fundado em dezembro de 2005 com a junção das empresas Mutual Intl, Taurus, Líder, Nativa. A matriz do grupo está sediada em Fortaleza, Ceará, e conta atualmente com escritórios na China e EUA para melhor atender os clientes do Brasil e do Exterior.

A Mutual, empresa fundada após a abertura do mercado brasileiro às importações em 1994, conta hoje com escritórios na China e EUA. Atua na área de comércio internacional, oferecendo uma grande gama de serviços que vão desde a pesquisa, o desenvolvimento, acompanhamento e comercialização dos produtos.

Mais informações em http://www.acdgroup.com.br/

Mercado automotivo: Marketing ajuda na diferenciação


O mercado automotivo e o consumidor brasileiro sabem que a principal razão para o aumento nas vendas de automóvel é o reflexo da facilidade de conseguir crédito no país. O mercado automotivo aplaude e, conseqüentemente, as montadoras que atuam nele vibram também. Com o momento favorável para as vendas, surge a pergunta: Como as empresas do setor automotivo estão fazendo para se diferenciar e conquistar o consumidor?

Baseada nesta questão, a TNS Interscience desenvolveu um estudo para saber qual é o desafio, as características e as estratégias usadas pelas companhias e indústrias do setor automotivo, para vender os seus produtos. A pesquisa informa sobre os diferentes tipos de mercados que precisam ser analisados e estudados separadamente.

A venda de automóveis vem crescendo a mil por hora no Brasil. O aumento da produção e venda de carros fez surgir a dúvida se no Brasil há ruas suficientes para comportar tantos carros. Tecnologia e Marketing estão caminhando juntos pelos corredores das montadoras e lojas para oferecer a melhor comunicação, serviços e cada vez mais experiências para conquistar o consumidor.

Mercado X Mercado

O estudo da Interscience foi desenvolvido para entender as estratégias de empresas na França e na Índia, para se diferenciarem da concorrência e saber o que funciona para influenciar o consumidor na escolha de uma marca. De acordo com Daniel Cortez, Gerente de Negócios da TNS Interscience, o investimento em estratégias de Marketing das empresas do mercado automotivo precisa ser baseado nas características do mercado. “O investimento é diferente em mercados maduros, como a França, e não-maduros, como na Índia”, diz Cortez.

O executivo se refere aos mercados maduros e não-maduros porque o consumidor é impactado de forma diferente em países com economias e culturas distintas. Segundo o estudo, na França o principal ponto de contato com o consumidor é o test-drive e a indicação. Através de testes ou recomendações de amigos e parentes, o consumidor faz a escolha pela marca. Na Índia já é diferente. Lá a mídia de massa é fundamental para os consumidores na decisão de compra de um carro.

Com visível discrepância entre mercados automotivos de países emergentes e desenvolvidos, é preciso avaliar com cuidado cada reação do consumidor com relação aos pontos de contato da marca. “Cada mercado tem que ser enxergado de forma diferente. Por isso, as montadoras não podem fazer estratégias globais”, explica Daniel Cortez em entrevista ao Mundo do Marketing.

Diferenciar é saber atingir

Para destacar a sua imagem com estratégias de Marketing, a Honda não faz investimentos astronômicos e mesmo assim atinge o seu consumidor de forma relevante. Diego Fernandes, Gerente de Marketing da Honda Automóveis, sabe que é difícil se diferenciar neste setor porque outras empresas investem mais.

O foco da Honda em comunicação com o consumidor é a diferenciação. Estar próxima do consumidor e o baixo investimento em varejo são os focos do Marketing assim como o posicionamento da marca. O principal é diversificar o investimento. “Não falamos apenas do carro, mas de liberdade, estilo e posicionamento, valores que se transferem ao consumidor”, afirma o executivo.

Com investimento que não chega a ser 1.0, mas que também não está em um nível 4x4, a Honda direciona a comunicação para revistas e outros meios específicos para chegar ao seu público. Há dois anos a marca investe em campanhas on-line que não se resume a publicidade. “Na Internet, investimos no conteúdo do portal e na interatividade com o consumidor. Desenvolvemos um site para cada produto com a intenção de aproximá-lo do consumidor”, conta o Gerente de Marketing da Honda Automóveis. Além da web, que ocupa 10% do investimento em Marketing da montadora, o executivo ressalta o Trade como um dos principais pontos de contato entre a Honda e seus consumidores.

Crescimento mundial e novas influências

O aumento nas vendas de automóveis não aconteceu somente no Brasil. Há um ano, outros mercados também passaram a quinta marcha em termos de crescimento de produção e vendas. “No Brasil o boom não é só por demanda, mas também pela facilidade de crédito. No mundo, o que motiva este aumento são os nascimentos de novos players como a China e a Índia. Isto gera crescente informação sobre o mercado”, avalia o Gerente de Negócios da TNS Interscience.

O principal combustível para influenciar o consumidor no mercado automobilístico varia de acordo com a marca, o produto, e muitos outros atributos que são oferecidos. Na Honda, o test-drive gera uma experiência ímpar ao consumidor, coisa que o anúncio impresso ou a TV não transmite. Segundo Fernandes, o test-drive da Honda é uma das ferramentas mais importantes para o relacionamento com o consumidor. “É tão expressivo que 100% das concessionárias disponibilizam o teste. Isto faz a diferença e é fundamental para a marca”, diz.

Ações promocionais ou de relacionamento podem ser mais eficientes do que campanhas em mídia de massa. Os veículos de grande alcance são vistos pelo departamento de Marketing da Honda como um impulso para as vendas. Porém, esta mídia não é o carro-chefe da montadora. “A mídia de massa é um reforço de comunicação e de vendas, mas não a usamos toda hora. Só quando é um grande lançamento ou campanha para aumentar as vendas”, esclarece Diego Fernandes, da Honda.

Momento favorável para marcas e pesquisas

O mercado automotivo só é diferente dos outros se avaliarmos o produto final que é comercializado. De acordo com Daniel Cortez, da TNS Interscience, o fundamental para que as empresas prosperem é entender o mercado automotivo, assim como entendemos os outros mercados do varejo.

O cenário atual não é o que as indústrias estão acostumadas, mas gera conforto ao departamento de Marketing. A concorrência fica menos agressiva já que todos estão vendendo e é essa a hora de dar mais qualidade à mídia, menos foco no varejo e mais na marca. “O mercado está aquecido, mas não será assim para sempre”, conta Fernandes em entrevista ao site.

O estudo da TNS não contou com o Brasil, mas o mercado automotivo brasileiro passa por um momento onde é preciso descobrir como atingir o público certo. As marcas hoje usam diversos contatos com o consumidor como, por exemplo, os lançamentos virtuais de automóveis. “As marcas estão usando tudo o tempo todo. O momento é de olhar e pesquisar”, conta o Gerente da Interscience.

Consumidores e estratégias diferentes

Podemos avaliar que vender automóveis no Brasil é uma tarefa fácil hoje em dia? Não. Qual o cuidado que é preciso ter se o mercado é favorável? Sabemos da diferença e do cuidado que se deve ter para comunicar produtos ao consumidor cujas diferenças não estão apenas no comportamento deles. Com o cenário automotivo aquecido, é preciso ter cuidado para não cair nos buracos da segmentação tanto para o masculino quanto para o feminino.

É fato que na Honda os homens são maioria na procura pelos modelos Civic e Accord. Já o Honda Fit tem mais de 50% das vendas realizadas ao público feminino. Para alcançar a imparcialidade, a marca acredita que a comunicação de massa tem que ser neutra e saber atingir o consumidor certo, com o veículo certo.

“Para falarmos sobre o motor do nosso produto, veiculamos na revista 4 Rodas. Quando queremos ressaltar a transmissão automática, colocamos na Revista Claudia. Temos a intenção de tentar atender da melhor forma o anseio dos consumidores”, aponta Fernandes.

Fonte: Por Thiago Terra, http://www.mundodomarketing.com.br/

Setor automotivo deve abrir 60 mil vagas em SP


O setor automotivo deverá ser responsável pela abertura de 59,7 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo até 2012. O número representa um aumento de 23,5% no nível de emprego setorial. Se levada em consideração a mão de obra necessária para repor as vagas já existentes e que deverão ficar desocupadas no período por demissões e aposentadorias, o número de contratações deverá ficar ao redor de 102,8 mil.

As informações são de um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para identificar a demanda potencial por mão de obra especializada no Estado. O objetivo é criar condições para que as empresas possam se antecipar e evitar o risco de apagão de mão de obra treinada que ameaça o País.

Para calcular a quantidade de vagas a serem abertas nos próximos anos, a Fiesp tomou como base a previsão de crescimento do setor: 12,61% para 2010, 6,47% para o ano que vem e 8,76% para 2012. No primeiro semestre, as montadoras produziram 1,75 milhão de veículos no País, 19,1% a mais do que em igual período de 2009.

"É um crescimento significativo", observa o diretor do departamento de ação regional da Fiesp, José Roberto Ramos Novaes, que coordenou o trabalho. "Passada a crise, as empresas estão investindo em novas tecnologias e novas fábricas, e precisam de profissionais mais qualificados", constata.

Além das montadoras - de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus -, o setor automobilístico engloba a indústria de autopeças e os fabricantes de reboques e carrocerias. Hoje, existem 2.137 empresas dessa natureza no Estado, o equivalente a 41,15% do total nacional (5.193 estabelecimentos).

Fonte: Agência Estado


Parceria IQA-CESVI


Ontem foi um raro dia sem atividades externas, o que acaba sendo uma bela oportunidade de colocar a casa em ordem. Entre tantos assuntos em andamento, dediquei parte do dia para atualização dos projetos em andamento com o CESVI - Centro de Experimentação e Segurança Viária.

Inaugurado em 1996, com sede na região do Jaraguá, em São Paulo - SP, o CESVI BRASIL é o único centro de pesquisa do País dedicado ao estudo da reparação automotiva e foi o primeiro da América Latina. A missão do CESVI é prover soluções para a qualificação do setor automotivo, por meio de pesquisas, treinamentos e publicações, contribuindo decisivamente para a redução da sinistralidade e a evolução dos trabalhos de reparabilidade automotiva e segurança viária, gerando, desta forma, benefícios para toda a sociedade.

Certificação IQA-CESVI para funilaria e pintura

No início de 2008, o IQA e o CESVI firmaram oficialmente parceria, sendo a integração do Certificado IQA para oficinas de funilaria e pintura com a classificação CESVI o primeiro resultado dessa união. O maior beneficiado com isso foi o consumidor, que ganhou mais qualidade em serviços de funilaria e pintura, uma vez que a certificação IQA e a classificação CESVI se completaram na parceria gestão/técnica. A união dos dois processos viabilizou a verificação com grande intensidade das técnicas empregadas na funilaria e pintura, assim como também foi a fundo nas questões de gerenciamento e gestão do negócio”.

Para os empresários do setor, a nova certificação IQA-CESVI BRASIL representou também economia, pois, em vez de contratarem os serviços de duas organizações independente, viabilizou apenas um contrato, incluindo todas as avaliações e auditorias necessárias para a provação de qualidade, que passou a ser único também.

Dentro da avaliação, as oficinas são classificadas com estrelas, em uma escala de 0 a 5, sendo que o mínimo necessário para a obtenção da Certificação IQA e da classificação CESVI nível ABBC são três estrelas. Significou a fusão de duas entidades de reconhecimento no mercado, que se unem para oferecer auxílio às oficinas, na busca constante da qualidade.

A união da certificação IQA com a classificação CESVI tem como um de seus principais objetivos o aperfeiçoamento técnico da mão-de-obra dos centros reparadores na modalidade funilaria e pintura, além de viabilizar a busca da excelência na gestão do negócio como um todo, abrangendo desde o uso correto das ferramentas necessárias para a realização do trabalho até o organograma da empresa. O objetivo é fazer com que o sistema de gestão da Qualidade torne-se parte integrante da administração do próprio negócio, possibilitando a identificação de oportunidades de melhoria contínua, que sempre foi a base da certificação.

Os empresários do setor percebiam a necessidade de se ter os dois certificados e que as duas entidades tinham metas em comum. Com essa união de forças, as organizações ganham, pois atingem um maior número de empresas, as oficinas ganham, pois têm custos reduzidos na obtenção dos certificados, e o consumidor ganha, pois passa a contar com um maior número de oficinas com certificado de qualidade.

Selo Verde IQA-CESVI

Lançada na Automec 2009 - 9ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, a 'Certificação Ambiental' (Selo Verde IQA-CESVI) para empresas de reparação automotiva foi uma iniciativa inédita no mercado, atestando que as oficinas e centros de reparação possuem processos ambientalmente sustentáveis e contam com procedimentos de descarte e reparos adequados.

Hoje, em qualquer área, buscam-se soluções eficientes que causem menos impactos na natureza. Na área da reparação, isso significa se preocupar com o descarte de peças, fluidos, reutilizar peças e reciclar. Ações que trarão benefícios diretos não só para a empresa, mas para a sociedade como um todo. O objetivo do Selo Verde IQA-CESVI também é inserir o mercado da reparação na questão ambiental.

O novo escopo de certificação das entidades analisa requisitos específicos voltados às questões ambientais em funilaria, pintura, mecânica e administração. O automóvel é um dos produtos que também poluem o meio ambiente, desde o desenvolvimento até quando chega ao mercado e vai para a reparação. Neste ponto, inúmeros procedimentos são nocivos ao meio ambiente, como o descarte de peças sem critérios corretos, fluídos, pneus, pintura, lavagem de equipamentos, entre outros. A certificação atesta que a empresa realiza processos de reparação adequados, que causam menos impactos.

Dentro da funilaria, analisa-se se a empresa faz o descarte correto de peças plásticas, metálicas e de vidro, materiais que devem ser retirados ou encaminhados para empresas de reciclagem credenciadas e registradas por entidades reconhecidas. Além disso, os equipamentos utilizados podem contribuir para um maior ou menor impacto ao meio ambiente. A certificação exige equipamentos que diminuem os danos à natureza, como a solda MIG/MAG e aspirador com filtro.

Na pintura, verifica-se se a empresa desenvolve processo de reciclagem do solvente, utilizando-o para lavagem de pistolas de pintura ou peças, além de checar o descarte correto de materiais contaminados, como embalagens de tinta, papel de mascaramento e estopa. Alguns equipamentos são obrigatórios, como a cabine de pintura com sistema de filtragem, com substituição do filtro de acordo com as especificações do fabricante, e pistola HVLP, que economiza tinta. Outros itens são recomendados, como o processo de pintura à base de água, que é menos nocivo.

Na mecânica, requisitos como sistema adequado de lavagem de peças (não agressivo ao meio ambiente) e descarte adequado de peças serão verificados. Outro ponto importante, mesmo que não obrigatório num primeiro momento é possuir um sistema de decantação de óleo. A mistura da água com óleo, proveniente da lavagem de motores, vai muitas vezes direto para o esgoto, contaminando o lençol freático. O sistema de decantação de óleo faz o trabalho da separação, jogando no esgoto a água limpa e num outro recipiente o óleo coletado, que depois pode ser vendido.

Outro ponto importante é a reutilização da água da torneira, chuveiro e da chuva para limpeza das áreas que não necessitam de água limpa. A idéia de se criar recomendações como essas e outras, como utilizar telhas transparentes para economizar energia e diminuir quantidade de lâmpadas acesas, é justamente para gerar essa consciência ambiental e inserir o segmento nesta questão, além de alertar os próprios consumidores.

É fundamental também que a administração tenha comprometimento quanto aos aspectos ambientais e separação de resíduos, pois só assim a consciência sobre o tema pode ser implantada na empresa de maneira efetiva. Para tanto, é preciso que a administração desenvolva um planejamento, treinamento e conscientização dos seus funcionários e, além disso, atente-se para cumprir a legislação ambiental vigente na região em que atua.

As oficinas que atendem a todos os itens de preservação do meio ambiente recomendados na certificação ganham o selo de reconhecimento público do seu trabalho, o Selo Verde IQA-CESVI, reconhecimento que poderá ser divulgado para todos os seus clientes.

Novos projetos

Diversos projetos estão em andamento atualmente, e devem ser oferecidos ao mercado em breve. Entre eles destacam-se a reformulação da certificação de blindagem, que também será unificada, o projeto de certificação 4 Rodas (patrocinado pela editora Abril) e ampliação da participação do CESVI em certificação de produtos Inmetro junto ao IQA.

Mais informações sobre o CESVI Brasil em www.cesvibrasil.com.br/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Tirreno e os cuidados na compra de aditivos


Estive à tarde na sede da Tirreno, cujas variações de líquido de arrefecimento (aditivos) possuem certificação pelo IQA - Instituto da Qualidade Automotiva. Fundada em 1967, a Tirreno é uma indústria química nacional que atua há 40 anos no mercado de óleos industriais e fluidos automotivos, fornecendo para a indústria automobilística, siderúrgica e de autopeças.

O IQA alerta há anos consumidores sobre cuidados ao adquirir líquido de arrefecimento para radiador, orientando-os para não comprar gato por lebre, adquirindo apenas produtos certificados.

Desenvolvido para auxiliar na refrigeração do motor, o líquido de arrefecimento desempenha também papel importante na lubrificação do sistema de arrefecimento do veículo e, por isso, é preciso tomar alguns cuidados na hora da compra e uso.

Existem produtos vendidos como líquido de arrefecimento que são, na verdade, água com corante. Sem saber, o consumidor prejudica o motor do carro ao invés de conservá-lo, por causa de um produto irregular.

O consumidor deve ainda ficar atento à existência de tipos diferentes de produtos à venda no mercado: os concentrados, que devem ser misturados com água DI (deionizada, desmineralizada ou destilada) e as soluções arrefecedoras prontas, que já vêm misturadas com 50% de concentrado de refrigeração e 50% de água DI. A utilização correta do líquido de arrefecimento garante diversos benefícios ao sistema, entre eles contra corrosão.

Para evitar dores de cabeça, é recomendável a aquisição de líquido de arrefecimento certificado pelo IQA, como os da Tirreno e Oxiteno, uma vez que o produto é de certificação voluntária e nem todos os fabricantes possuem um selo da qualidade.

Uma dica adicional é fugir de produtos muito baratos e de marcas desconhecidas.

Mais informações em http://www.tirreno.com.br/

Encontro com Nippon Seiki Brasil


Ontem tive agradável encontro com amigos da Nippon Seiki Brasil, empresa cuja planta em Vinhedo - SP está em processo de certificação ISO/TS 16949:2009 pelo IQA,  através da TÜV SÜD.

Vinhedo sedia a segunda fábrica da Nippon Seiki, fabricante de instrumentos para o painel de controle de carros, cuja instalação possui cerca de 25 mil metros quadrados e começará a produzir ativamente em outubro de 2007. A NS inaugurou sua primeira fábrica no Brasil em 2002, especializada em componentes para motos.

A Nippon Seiki possui 11% de market share mundial para automóveis, segundo informação de março de 2009 seu website internacional (http://www.nippon-seiki.co.jp/).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Realizado ontem o Seminário da Reposição Automotiva


Ontem compareci ao Seminário da Reposição Automotiva, que contou com o auditório da FIESP lotado (cerca de 450 pessoas), e em minha opinião o melhor conteúdo já apresentado pelo evento desde 2004, quando compareci pela 1ª vez.

O IQA participou na abertura do evento, representado por Márcio Migues, diretor presidente, além de ter apoiado a ocasião patrocinando a pesquisa interativa - segue abaixo um pequeno resumo do que ocorreu:

Abertura Oficial

Participantes: João Guilherme Sabino Ometto, 2º vice-presidente da Fiesp; Paulo Butori, Presidente do Sindipeças; Renato Giannini, Presidente da Andap e Sicap; Francisco de La Torre, Presidente do Sincopeças-SP; Antonio Fiola, Presidente do Sindirepa-SP; Marcio Migues, Presidente do IQA; José Edison Parro, Presidente da AEA; Alfredo Peres, Diretor do Denatran.

Destaco a explanação de Alfredo Peres, que após questionamento de Paulo Butori, comentou o apoio público do Denatran e do próprio governo (citou o presidente Lula) para a Inspeção Técnica Veicular. Ressaltou porém a complexidade de um processo como esse, já em trâmite como projeto de lei, o que demandará inevitavelmente mais tempo para amadurecimento e real início. Parabenizou também o segmento de "aftermarket" automotivo, pela iniciativa do Programa Carro/Caminhão/Moto 100%.

Márcio Migues destacou em sua fala a retomada do plano de compulsoriedade de produtos automotivos no País, ferramenta fundamental da sociedade para prover mais segurança para o consumidor e concorrência mais leal de mercado. Essa iniciativa foi a motivadora da própria criação do IQA em 1995, e para a qual o Instituto estará plenamente preparado para apoiar as empresas.

Pesquisa Interativa

A pesquisa interativa foi patrocinada pelo IQA, e destacou questões relevantes para o mercado de reposição. Alguns resultados:

• Houve divisão relativamente proporcional na participação dos diferentes elos da cadeia aftermarket no evento, com predominância de fabricantes e oficinas mecânicas.

• Sobre as razões que impedem o desenvolvimento do aftermarket, mais de 60% do público apontou a guerra fiscal/incidência de tributos como principal problema.

• Como ponto forte do varejo atualmente, foi destacada a profissionalização dos colaboradores e logística.

• O investimento em qualidade foi um dos principais aspectos apontados como fundamentais para atendimento do aumento recorde da frota nos últimos anos.

• Como aumentar a capilaridade da reposição independente, devido ao aumento da demanda? Planejamento e "just in time".

• Como combater a pirataria? Integrar esforços do aftermarket independente, com montadoras e governo.

Palestra: Como é formada a cadeia produtiva do aftermarket na Europa, como estão atuando e quais recomendações podem transmitir para a América Latina, em especial para o Brasil.

Síntese: A Europa é um continente onde os países que o formam tem suas empresas que compõem o universo automotivo legislada a um bom tempo, seja do funcionamento de oficinas mecânicas, os regramentos comerciais de distribuição de autopeças, a comercialização de veículos, passando por movimentos como o Direito da Reparação (Right to Repair) e a preocupação com a proteção do design por parte das montadoras. Quais recomendações podem transmitir para a América Latina, em especial ao Brasil?

Palestrante: Hans Eisner, Presidente e CEO do Grupo Auto Union.

Perguntas e Respostas

Mediador: Rodrigo Carneiro, Diretor Comercial da Distribuidora Automotiva S/A e Vice-presidente da Andap e Sicap.

A palestra destacou as principais tendências na Europa para o aftermarket, segue abaixo as principais:O aumento crescente da tecnologia embarcada é um grande desafio para o aftermarket, obrigando o mercado a transferir cada vez mais conhecimento para atendimento da demanda.

Está em discussão a definição de requisitos comuns para padronização da Inspeção Técnica Veicular em toda a Europa.

A distribuição de peças originais para rede independente já ocorre, e deve crescer cada vez mais.

Vendas online de peças, com serviços agregados muitas vezes, já é uma forte realidade (eBay, Amazon já atuam nesse segmento).Foi destacada também a campanha Right to Repair, sempre em foco nos eventos dos últimos anos, que tem como principal mote viabilizar a escolha livre para o consumidor sobre onde direcionar seu veículo para reparo. Entre outras ações derivadas dessa iniciativa, hoje em dia as montadoras são obrigadas a fornecer informações técnicas para atuação da rede independente.

A conclusão principal dessa palestra e debate é o aumento crescente da necessidade de qualificação do mercado aftermarket, ocorrendo em paralelo com o aumento de agressividade na questão de preços, resultando em margens menores de ganho.

Ou seja:

As empresas precisam melhorar a gestão de seus clientes, considerando que os serviços tornar-se-ão cada vez mais caros.

e/ou

É hora de agregar valor (aumentando o lucro) através de serviços adicionais diferenciados, especialmente para oportunidades B2B.

Palestra: Inspeção Técnica Veicular / Carro 100%

Síntese: Diante da consolidação do programa de inspeção veicular e seus desdobramentos pelo país, faz-se necessária uma discussão mais ampla junto a cadeia produtiva de reposição com o objetivo de estarem preparados para o atendimento da inspeção técnica, agora no quesito de itens de segurança.

O setor deve garantir o abastecimento de peças, de sustentação da qualidade dos componentes comercializados, da capacitação comprovada na prestação de serviço e uma comunicação orientada para esclarecer os consumidores da importância da segurança nos veículos.

Comentários: Antonio Carlos Bento, Conselheiro do Sindipeças.

Sempre bastante direto e contundente, o tema foi tratado com propriedade por Bento, que também é diretor do IQA:

• 30% dos acidentes ligados a veículos automotores têm origem em problemas mecânicos.

• A manutenção preventiva é o caminho, aumentando a segurança dos usuários de veículos (e terceiros), e ampliando negócios para o aftermarket.

• A Inspeção Técnica Veicular já é realizada em quase 50 países, com resultados contundentes. A Costa Rica, um deles, possui índice de 2,8 mortes/10.000 acidentes, enquanto o Brasil convive com 12,4 mortes/10.000 acidentes - os índices da Costa Rica antes da ITV eram similares aos atuais do nosso País.

• É estimada a geração de 65.000 empregos com sua implementação (GMA).



Palestra: Estudos iniciais sobre a garantia das autopeças. Você pode contribuir muito! Apresentação de caso inovador no Brasil

Síntese: Os modelos de garantias adotados hoje no mercado atendem as necessidades dos consumidores? A garantia hoje é um ponto frágil da reposição? Padronização seria um caminho? Um estudo responsável da garantia de autopeças é de extrema importância, pois não se trata apenas da substituição de um componente, questões tributárias, qualidade, laboratórios de ensaios acreditados, entre outros formam um conjunto complexo em um mercado onde as especificações do veículo são altamente técnicas, enquanto sua reposição fundamenta-se comercialmente. Uma visão deste assunto é na relação com o consumidor, onde a oficina está no momento da verdade com o consumidor, o outro, é o processo de bastidor onde é envolvido o varejo, a distribuição e o fabricante.

Palestrante: Jeser Madureira, Gerente de Qualidade de Serviços da Valeo; Rodrigo Jimenez, Diretor Comercial da Mondial Assistance Brasil.

Painel de Debates

Mediador: Antonio Fiola, Presidente do Sindirepa-SP.

Participantes: Frederico dos Ramos, Diretor Comercial da Ginjo; Antonio Carlos de Paula, Diretor e Gerente Geral da Pellegrino; Helton de Andrade, Diretor da Internacional Peças; Ranieri Palmeira Leitão, Diretor Geral da Autopeças Leitão; César Garcia Samos, Diretor da Mecânica do Gato; Ricardo Paulino Ramos, Diretor da Auto Center Advanced.

A Valeo mostrou grandes diferenças e problemas que impactam na satisfação de toda a cadeia quanto a garantia (destacando-se distância fabricante - reparador, falta de capacidade varejo/distribuição de avaliar tecnicamente o problema).

Considerando esses problemas, a empresa buscou uma solução pioneira em serviços, através da Mondial Assistance que mostrou, entre outros dados, que apenas 31% dos veículos possuem algum tipo de seguro.

A ideia foi utilizar a estrutura da seguradora, com atendimento imediato e presencial, verificando o problema e realizando a troca, ou explicando didaticamente o erro na instalação.

Além do atendimento, esse esforço permite mapear regiões do País com mais carência de informações, evoluindo a qualidade em toda a cadeia.

Quase como um consenso, os participantes no debate afirmaram que o maior problema com as peças em garantia é a aplicação, ou seja, falta de qualificação de quem as instala. Porém foi reforçado que exitem situações de erro de fabricação também, e portanto o fabricante deve ser responsável quanto aos seus deveres e principalmente em relação ao consumidor final, normalmente o mais prejudicado.

Diversas sugestões acabaram sendo feitas pelo grupo, para melhoria da questão da garantia: credenciamento de varejistas (nota do IQA: a certificação poderia ser esse balizador), liberação de crédito imediato e acerto de contas após análise técnica, postos autorizados de fabricantes com pronto atendimento.

Case de sucesso no combate a pirataria

Síntese: A transformação de indústrias locais em distribuidoras de produtos importados não é uma novidades em nosso país. O que ocorre agora com o segmento de autopeças tem semelhanças com o que aconteceu com o setor óptico na última década. Espremidos pela competitividade mundial, a saída foi terceirizar a produção e o consequente crescimento na importação de produtos. Este ingresso de produtos não ficou restrito às empresas formais e de atuação idônea no mercado. As mais diversas ilegalidades, em especial o ingresso de produtos piratas, assumiu participação significativa junto aos consumidores. Entenda como a ABIÓPTICA – Associação Brasileira da Indústria Óptica, juntamente com o IMEPPI – Instituto Meirelles de Proteção à Propriedade Intelectual estão conseguindo reverter este cenário. Conheça este case de sucesso para que sirva de benchmarking para o setor automotivo.

Palestrante: Flávio Augusto Nunes de Meirelles, Presidente do IMEPPI – Instituto Meirelles de Proteção à Propriedade Intelectual.

O case em todos os aspectos mostrou uma clara relação com o setor automotivo, sendo uma grande referência de sucesso para as ações já em andamento.

Foi enfatizada a importância da normatização, padronização como barreira comercial, defendendo o mercado contra a ilegalidade.

A união da cadeia foi fundamental para o sucesso da ação: fabricantes, importadores, distribuidores e varejistas se uniram por um objetivo comum.

Uma das ações mais relevantes doi o auxílio às retenções/apreensões com a apresentação de Laudos de Autenticidade e Conformidade com Normas Técnicas de Qualidade - priorizando o Consumidor (mesmo sem certificação compulsória pelo governo, que facilitaria ainda mais o controle, já conseguiram significativo sucesso com essa frente de atuação).

Óculos são hoje em dia o produto com maior número de apreensões (17 milhões desde 2004), mesmo não sendo a prioridade do governo (que foca em cigarros). Tudo isso graças ao sucesso das iniciativas de toda a cadeia.

O aspecto da segurança, explorado na campanha junto ao consumidor, foi fundamental para a conscientização da sociedade (sugeriu mesmo foco para o automotivo, o que já vem ocorrendo).

Os produtos apreendidos são destruídos, mas depois reciclados, gerando outro benefício pro País. Concluiu sua apresentação reforçando mais uma vez a necessidade de união de toda a cadeia.

Palestra: "Qual o impacto da Nota Fiscal Eletrônica e que benefícios essa nova tecnologia trouxe para o mercado?"

Síntese: Como o instrumento da Nota Fiscal Eletrônica pode contribuir para uma competição mais equilibrada na reposição automotiva? Todos os elos da cadeia produtiva devem estar preparados, e seu negócio pode estar informal e suas chances de estar no mercado nos próximos anos é mínima. Vamos entender como pensa o órgão arrecadatório e nosso país para não deixar a imagem da reposição na condição de informal.

Palestrante: José Guarino, Radar Fiscal.

Perguntas e Respostas

Mediador: George Rugitsky, Conselheiro do Sindipeças.

Apresentação e assunto muito relevantes, com explanação sobre diversas informações bastante úteis para as empresas, concluindo com um recado definitivo: o mundo mudou (especialmente quanto aos controles fiscais, graças a tecnologia), e quem não se adequar não conseguirá sobreviver no mercado.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SIMESPI (Piracicaba - SP)


Hoje estive na sede do SIMESPI - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico, Eletrônico, Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras, em Piracicaba - SP.

O SIMESPI é uma das principais entidade de apoio e serviços às empresas da região. Organiza grupos nas áreas de tributação, qualidade, estudos econômicos e certificação de ISO 9000, além de eventos, cursos e palestras para o desenvolvimento profissional dos empresários. Conta atualmente com 220 associados.

Com a definição da cidade de Piracicaba como futura sede de uma planta da montadora Hyundai, as indústrias da região buscam informações de como se preparar para ampliar mercados através dessa oportunidade - e para isso o SIMESPI buscou o IQA, que desenvolverá ações específicas para certificação e capacitação de profissionais e empresas associados da entidade.


domingo, 1 de agosto de 2010

Fundação CERTI



Logo após a reunião no IQA, no mesmo dia voei para Florianópolis - SC, para o encontro de automecânicas citado dias atrás (em breve postarei fotos e mais detalhes sobre o evento, que felizmente foi um grande sucesso!).

Fui gentilmente recebido no aeroporto por um representante da Fundação CERTI, que mesmo à noite levou-me para conhecer as instalações dessa prestigiosa organização, com quem estou desenvolvendo em nome do IQA projetos de parceria que serão tornados públicos ainda esse ano - essa cooperação foi solicitada diretamente pela Comissão da Qualidade da Anfavea, considerando o prestígio e competência técnica de ambas.

Pude ter contato com as inovações de grande importância que o CERTI desenvolveu para o País, incluindo projetos em metrologia, TV digital, urna eletrônica, soluções de baixo custo para tecnologia em educação (notebook, projetores)... Tudo muito bacana e competente. Agora vivenciam muitas solicitações do setor petroquímico, por consequência direta do problema da BP nos EUA, prevenindo que o mesmo problema possa ocorrer em nossa região.

Em breve novidades sobre a parceria IQA - CERTI, com possibilidades inovadoras para empresas usuárias e profissionais de metrologia. Mais informações sobre a Fundação em http://www.certi.org.br/

Comissão de Imparcialidade


5ª feira foi realizada a reunião periódica da Comissão de Imparcialidade do IQA, exigência do Inmetro para garantir ainda mais neutralidade e idoneidade nas atividades de certificação, especialmente quanto às questões de conflito de interesses. A Comissão do Instituto conta com membros reprentando organizações como Anfavea, Sindipeças e SAE Brasil.

Minha participação foi focada na questão da regionalização do IQA, ação estratégica sob minha responsabilidade. Atualmente já possuímos representantes no ABC paulista e em Caxias do Sul, e o objetivo é contar com bases em todos os polos automotivos até o final de 2011.

As diretrizes e controles para regionalização foram claramente especificadas, e nesse segundo semestre as ações nesse sentido serão bastante intensificadas, com o intuito de levar todas as atividades do IQA (certificação, treinamentos e publicações) com condições especiais e mais proximidade aos polos automotivos de todo o País.

Segue abaixo, como exemplo, a diretriz específica IAF para essa questão para organismos de certificação de pessoas (norma ISO 17024):

Imparcialidade/Independência



G.4.2.16 Convém que a imparcialidade e independência do organismo de certificação seja


assegurada em todos os níveis, incluindo:


• estrutura da organização;


• políticas e procedimentos;


• avaliação;


• decisões e apelações sobre certificação.


G.4.2.17 O organismo de certificação não deve engajar-se em atividades que possam comprometer sua imparcialidade.


G.4.2.18 Convém que um organismo de certificação não certifique uma pessoa que seja seu empregado, a não ser que não exista uma terceira parte acreditada em seu próprio país ou que esta não esteja disponível na prática para assumir tal certificação. Caso tais casos surjam,um organismo de certificação pode demonstrar ao organismo de acreditação os procedimentos que adotou de forma a manter independência e imparcialidade em tais circunstâncias. Tais procedimentos poderiam incluir:


• manter as mesmas normas de avaliação e confidencialidade com relação a todos os candidatos;


• a utilização de examinadores independentes;


• monitoramento independente do processo de certificação.
 
G.4.2.19 Os requisitos da cláusula 4.2.5 e cláusula 5.1.2 da ISO/IEC 17024 significam que não convém que seja permitido ao pessoal conduzir uma avaliação como parte de um processo de certificação se eles estiveram envolvidos em atividades de treinamento que possam estar associadas à avaliação do candidato em questão, nos últimos dois anos.


G.4.2.20 O organismo de certificação pode exigir dos examinadores que declarem qualquer informação que possa revelar um conflito de interesses no que tange à imparcialidade do exame do candidato. O organismo de certificação tem a responsabilidade de identificar e avaliar tais situações e atribuir responsabilidades e tarefas de maneira a assegurar que a imparcialidade não seja comprometida.


G.4.2.21 A gerência, equipe e/ou pessoal responsável mencionado na cláusula 4.2.7 da ISO/IEC 17024 não precisa manter regime de exclusividade com o organismo de certificação, mas seus outros empregos ou atividades devem ser tais que não comprometam sua imparcialidade.


G.4.2.22 O termo "pessoal" pode incluir indivíduos que trabalham para o organismo de certificação com base em contrato, ou outros recursos externos. O organismo de certificação deve estar na posição de gerenciar, controlar e ser responsável pelo desempenho de todos os seus recursos, mantendo registros abrangentes que controlem a adequação de todo pessoal utilizado em campos específicos, sejam empregados, contratados ou fornecidos por organismos externos.


G.4.2.23 Convém que o organismo de certificação seja responsável por assegurar que nem os organismos relacionados, nem os subcontratados, nem os examinadores externos possam operar sob quebra dos compromissos que eles assumiram. O organismo de certificação deve também ser responsável pela implementação de ações corretivas apropriadas, caso tal quebra de compromisso seja detectada.