quarta-feira, 23 de maio de 2012

Laboratório de ponta: mais qualidade em autopeças

Parque Tecnológico de Sorocaba é mais uma ferramenta de inovação na indústria automotiva

por Mário Guitti, Superintendente do IQA

No início de junho a cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, se tornará a capital nacional da inovação em parques tecnológicos. Há tempos defendemos a ideia de que devemos investir mais neste tipo de empreendimento, principalmente nossa indústria automotiva, que precisa manter-se competitiva para não perder espaço para os produtos importados.

A inauguração do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) com vocação automotiva é um importante marco para a sociedade brasileira. O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva estará lá, presente com estande institucional no evento de três dias que baliza esta nova etapa.

O PTS tem condições de abrigar uma iniciativa ainda inédita para nós: um laboratório independente onde podem ser realizados testes de homologação e certificação, além de pesquisa e desenvolvimento de peças e produtos envolvendo também o setor acadêmico. Esta é outra ideia que defendemos há tempos, pois somente com estrutura adequada (governo, indústria e academia) é que podemos desenvolver tecnologias de ponta.

Os grandes fabricantes de veículos já mostraram isso para nós. Alguns deles investiram no potencial da engenharia brasileira e colhem frutos em nível mundial. Países como Japão e, mais recentemente, a Coréia do Sul também ensinaram lição semelhante ao desenvolver a nação pelo investimento em educação e tecnologia. Hoje projetam, desenvolvem, manufaturam e exportam veículos para o mundo inteiro.

Vivemos um momento pelo qual temos batalhado há muito tempo. Tudo começou há mais de 15 anos, quando da fundação do IQA. Naquela época, já se antevia que era preciso trabalhar o mercado de autopeças de forma diferente, com a certificação compulsória para os componentes diretamente ligados a segurança veicular. Começamos bem, com os pneus, mas depois paramos. Agora, finalmente, retornamos.

Várias portarias do Inmetro deram início a um processo automático de preparação dos regulamentos de avaliação da conformidade (RAC) de componentes automotivos. Um dos exemplos recentes é a portaria nº 301 de 21 de julho de 2011 que instituiu a certificação compulsória de oito novos componentes automotivos: amortecedores, bombas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. Em outras palavras, assim que as normas ABNT para componentes automotivos ficam prontas, esses componentes cobertos pelas normas, já se qualificam para que o Inmetro analise, desenvolva e divulgue o RAC por meio de portaria específica.

O Comitê Brasileiro Automotivo de Normas Técnicas (CB-05) da ABNT trabalha a todo vapor para esse objetivo. A indústria brasileira entendeu que precisa normatizar os produtos não apenas para garantir qualidade (isso muitas já fazem com investimentos em processos, equipamentos e mão de obra qualificada), mas para garantir a sua participação no mercado em igualdade de condições.

Assim, a demanda por avaliações de conformidade de produtos tende a crescer e gerar oportunidade para investir em tecnologia e em novos produtos, com ciclo de vida devidamente estudados, que não agridam a natureza e devolvam a ela os recursos utilizados na sua fabricação após o descarte.

Este é, inclusive, outro assunto que vai tomar cada vez mais corpo no mercado, pois a sociedade (com participação especial das autoridades e do consumidor) está mais exigente com a destinação correta dos objetos. A coleta de pneus usados, assim como a restrição das sacolas plásticas nos supermercados, já é um indicador disso.

A sociedade está mais cuidadosa com o futuro do planeta. É preciso lembrar que a nossa frota precisa ser renovada de forma inteligente, com reciclagem dos veículos e não puramente o descarte sem compromisso. E, mais uma vez, faz total sentido o País ter um novo Parque Tecnológico com centros de desenvolvimentos e laboratórios independentes, onde qualquer player da indústria possa desenvolver tecnologia.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Inmetro amplia certificação de autopeças

Futuramente o número de linhas certificadas será muito mais abrangente, garantindo a tranquilidade do consumidor

(Publicado originalmente na revista Novo Varejo, abril/2012. Por Adriana Chaves, adriana@novomeio.com.br)

São Paulo, 25/04/2012 - A partir de janeiro do ano que vem será obrigatório, inclusive para importadores, a a certificação pelo Inmetro de mais oito componentes: amortecedores de suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos. Para que os fabricantes e importadores estejam aptos a cumprir o prazo, é importante iniciar já o processo de certificação de seus produtos.

Prazos

A obrigatoriedade foi estabelecida pela Portaria Inmetro nº 301 de 21/07/2011 e o processo leva até um ano. O cronograma estimado para padronização de uma autopeça dura por volta de 12 meses, desde o momento da solicitação de certificação até a entrega do certificado de conformidade.

Nos primeiros meses, o trabalho do fabricante e do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), que atua em nome do Inmetro na certificação, gira em torno de procedimentos como assinatura de contrato e análise da documentação da empresa. Uma varredura no Sistema de Gestão de Qualidade – quando há – detecta eventuais procedimentos fora do padrão. Se a empresa não possui SGQ, o cronograma salta para a etapa seguinte: amostragem e ensaio.

Nela o produto é analisado e testado em laboratórios credenciados, quanto é submetido a situações verossímeis com as que enfrentará no dia–a-dia. Aprovado nessa etapa, o produto ganha o selo do Inmetro, que tem validade anual. Embora ainda haja muitos produtos a contemplar, José Palacio, do IQA, explica que a cada ano uma nova relação de itens deve ser apresentada pelo Inmetro.

E, com isso, futuramente o número de linhas certificadas será muito mais abrangente, garantindo a tranquilidade do consumidor. O gerente de Novos Negócios do IQA, Alexandre Xavier, explica que o tempo para certificação, apesar de existir um cronograma estimado, pode ser mais ou menos rápido dependendo do comprometimento do fabricante. “Tem processo que demora duas semanas, mas outros levam bem mais tempo. Depende muito mais da empresa do que o IQA”.

Certificação Compulsória (em vigor)
  • 5ª roda / Pino Rei 
  • Amortecedores da Suspensão
  • Aneis de Pistão
  • ARLA 32
  • Bomba Elétrica de Combustível para Motores do Ciclo Otto
  • Brozinas
  • Buzinas
  • Câmara de Ar para Pneus de bicicletas
  • Capacetes para Motociclistas
  • Fabricação e requalificação de Cilindros GNV
  • Fluido de Freios
  • Lâmpadas Pistões de Liga Leve de Alumínio
  • Pinos e Aneis de Trava (retenção)
  • Pneus Novos
  • Rodas
  • Veículos Acessíveis
  • Vidros 
Certificação Compulsórias (previstas)
  • Baterias
  • Cintos de Segurança
  • Pastilhas e Lonas de Freios
  • Terminais de Direção, barras de direção, de ligação e axiais
  • Limpadores de para-brisas
  • Faróis, Espelhos, retrorefletores
  • Aditivos de Radiador
  • Polias e Tensionadores

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aprenda a ser diferente em um mercado “comoditizado”

O que antes era negociado por unidade, agora é feito às centenas e milhares. Assim, o que diferencia um produto de outro é a qualidade do serviço agregado a ele

Por José Palacio – coordenador de serviços automotivos do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva)

Tenho acompanhado as notícias do setor automotivo com muita atenção, e percebido alguns movimentos interessantes de mercado, com a expansão da ideia de redes de postos autorizados de diversas marcas de autopeças. Este é um bom sinal.

Na Automec Pesados, feira voltada ao aftermarket de veículos comerciais, realizada em São Paulo no mês de abril, muitas empresas de autopeças anunciaram a intenção de montar uma rede, com objetivo de agregar valor ao serviço prestado pelo aplicador ao seu cliente.

Trabalhar em rede é um caminho muito inteligente. Aqui, no IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, atuamos com diversos tipos de redes de oficinas e varejos de autopeças, e sempre aprendemos novas formas de fazer negócios com mais rentabilidade e organização.

São empresas que já se atentaram para o fato de que, quando se trabalha em grupo, é preciso unidade e padronização na organização determinada pelos gestores da rede, avaliadas por um instituto isento, que aponta de fora para dentro onde estão as conformidades e, principalmente, as não-conformidades.

Este é um modelo que vale tanto para quem trabalha com veículos leves quanto pesados, ou até mesmo em ambos, na prestação de serviços ou comércio de autopeças.

O aftermarket automotivo brasileiro é ainda um setor em evolução, apesar de já existir há mais de 60 anos. Vivemos um período de transição tecnológica muito grande, com a adição cada vez maior de dispositivos eletrônicos nos veículos, além do aumento da velocidade da informação.

O que hoje é novidade nos veículos mais caros, amanhã equipará os populares, pois há uma tendência muito forte na indústria de redução de custos a partir do desenvolvimento de tecnologias que possibilitem produzir mais em menor tempo.

A isso, o mercado chama de “comoditização”. O que antes era negociado por unidade, agora é feito às centenas e milhares; todos têm acesso. Assim, o que diferencia um produto de outro é a qualidade do serviço agregado a ele. Por isso, um caminho é a formação de redes.

Certo é que mesmo as redes podem se tornar em breve um produto “comoditizado”, ou melhor, um serviço “comotidizado”. E ai, como fazer para se diferenciar? Esta é uma das missões da certificação de serviços automotivos de terceira parte, que por meio da filosofia de melhoria contínua, incentiva a busca de práticas novas e inovadoras para desenvolver o trabalho com maior eficiência e, consequentemente, melhor resultado.

É interessante notar que, dentro deste conceito, sempre há evolução, e isso ocorre porque o mercado é dinâmico e tem características de comportamentos específicos para cada fase, para cada momento, que pode ou não se repetir, de acordo com uma série de acontecimentos aleatórios.

Um deles é a atual fase da venda de veículos comerciais novos, zero km, que está em queda livre, em relação ao ano passado. Com certeza, o nível de serviços vai aumentar. Este era um movimento previsto por muitas montadoras e indústrias de autopeças, que se preparam para um aumento de demanda no aftermarket.

Porém, apenas irá aproveitar esta nova onda aqueles que se prepararam, se atualizaram e investiram. A boa notícia é que ainda dá tempo, pois, apesar de todo dinamismo, não é da noite para o dia que o mercado muda.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Bosch certifica linha de fluidos de freios


Quem acorda cedo, tem mais chances de prosperar, diz o ditado. Assim, a Bosch partiu para o ataque e tratou de certificar junto ao Inmetro, por meio do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, a linha de fluidos de freios comercializados no mercado de reposição.

Vale lembrar que esta certificação ainda é voluntária, e esta iniciativa da Bosch é sinal de respeito ao consumidor, uma vez que produtos certificados são uma garantia de qualidade.

Segundo a empresa, o certificado garante que a Robert Bosch implementa e mantém, satisfatoriamente, um processo de envase de "Líquidos para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores".

fonte: http://reparadoronline.blogspot.com.br

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A qualidade e o novo regime automotivo

O incentivo ao desenvolvimento de pesquisa e inovação ajuda a combater o problema pela raiz, ao permitir aumentar a competitividade da nossa indústria

por Mario Guitti *

O novo regime automotivo divulgado recentemente pelo Governo Federal vai proporcionar aumento da quantidade de autopeças nacionais nos modelos comercializados no Brasil. Este é o tipo de boa notícia que precisamos ouvir com mais frequência. Há, porém, uma informação em meio a todo este processo que considero mais interessante: o incentivo ao investimento em pesquisa e inovação.

Simplesmente fabricar autopeças a partir de um projeto que já vem pronto pode se tornar uma ação puramente comercial e econômica, e pouco sustentável. Mas, incentivar o desenvolvimento de tecnologia e inovação demonstra avanço. Ainda somos um país que exporta muita “commodity” e importa manufaturado, e se queremos manter a quarta posição no ranking dos maiores mercados mundiais de automóveis, precisamos reverter este quadro.

O aumento de compra de manufaturados no setor automotivo está ligado, principalmente, a oportunidades econômicas causadas pelo câmbio e grande oferta de produtos por preços atraentes, mas também é resultado do “custo Brasil” e da falta de competitividade oriunda da desatualização tecnológica da nossa indústria. Neste ritmo, fica clara a ideia de desindustrialização do nosso parque fabril, e incentivar a compra de mais componentes nacionais é uma medida válida e que resolve uma parte do problema.

O incentivo ao desenvolvimento de pesquisa e inovação ajuda a combater o problema pela raiz, ao permitir aumentar a competitividade da nossa indústria. É neste ponto que nós, do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, também trabalhamos quando abordamos a necessidade maior de produtos, sistemas e serviços certificados.

Nos mais de 15 anos de fundação do IQA, nos dedicamos em tempo integral para o aprimoramento da indústria automotiva brasileira, para que se torne competitiva, com qualidade acima de qualquer suspeita, em um mercado saudável e sustentável. Estes anos à frente da instituição, trabalhamos muito as parceiras internacionais e hoje, por exemplo somos os representantes oficiais no Brasil e Argentina da VDA/QMC, para ministrar cursos e distribuir os manuais técnicos, que acabaram de ser atualizados. Assim, em breve estarão disponíveis. A VDA 6.3, importante referência para cadeia produtiva de montadoras alemãs, já pode ser adquirida desde 10/2011 em português as novas edições dos manuais VDA 1, VDA 6.1 e VDA 6.5.

Para investir em pesquisa e inovação a indústria precisa começar pelo básico, que é ter processos e sistemas com qualidade assegurada. Dificilmente há inovação em locais onde os produtos saem defeituosos, sem engenharia, pois o princípio da inovação é a observação, a criatividade, o estudo. Temos como exemplo a seguir o da Coréia do Sul, que em menos de 15 anos se tornou um grande exportador de automóveis, inclusive para o Brasil.

O segredo deles foi incentivar o estudo, a formação de técnicos e engenheiros assim como o desenvolvimento tecnológico, para conseguir distribuir seus produtos para o resto do mundo. A nosso favor, contamos com um enorme mercado interno que está disposto a pagar o preço justo da tecnologia.

Está na hora de tirar do papel os projetos e planos de desenvolvimento da indústria automotiva brasileira, a criação de laboratórios comuns para todo setor, em um esforço entre academia, setor produtivo e governo.

Estamos otimistas com esta nova realidade, apesar do incômodo da alteração das regras em pleno jogo, mas esperamos sempre o melhor, que é trazer ao país e aos brasileiros uma realidade melhor, quando o assunto é automóvel. Somos importante para o mundo e para permanecer assim temos de desenvolver nossas competências ao ponto de não precisar quase sempre do resto do mundo para nos mantermos no topo.

* Mario Guitti é superintendente do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Brasil já tem 1 carro para 5 habitantes

Sindipeças indica que a frota se rejuvenesce, em ritmo lento

(publicado originalmente no Portal Automotive Business)

Cleide Silva registra no Estadão de domingo, 15, que o País já tem um automóvel para cada cinco brasileiros, proporção que era quase o dobro há menos de duas décadas. Várias cidades, no entanto, já têm menos de dois habitantes por veículo, como ocorre em países como Alemanha e Estados Unidos.

Segundo a jornalista, o número de veículos em circulação no País cresce em ritmo muito superior ao da população. Desde 2004, quando a economia se livrou da hiperinflação, a frota aumentou 54,8%, atingindo 34,856 milhões de veículos em 2011. No mesmo período, a população, estimada em 192,3 milhões de pessoas, cresceu 5,7%.

O mais recente estudo do Sindipeças, o sindicato da indústria de componentes para veículos automotores, mostra que, no ano passado, a frota brasileira cresceu 7% em relação a 2010. Do total, 32,9 milhões são automóveis e comerciais leves, 1,54 milhão são caminhões e 354 mil são ônibus. Incluindo as 11,674 milhões de motocicletas em circulação, a relação passa a 4,1 habitantes por veículo.

São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul abrigam 70% da frota. Só a cidade de São Paulo concentra 22%, cerca de 7,6 milhões de veículos, o que daria 1,47 pessoa por veículo, índice próximo ao dos EUA, de 1,27.

"Saímos de uma relação de 8,4 habitantes por veículo em 2000 para 5,5 agora", relatou a Cleide Silva o conselheiro do Sindipeças responsável pela área de Reposição (e diretor executivo do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva), Antônio Carlos Bento. Segundo ele, o País caminha para uma relação de 4 habitantes por veículo, o que deve ocorrer até 2014. "Nossa preocupação é que o veículo não seja visto como vilão", diz.

A frota brasileira está se rejuvenescendo, embora em ritmo lento. A idade média dos veículos que circulam pelo País é de 8 anos e 8 meses, próxima à das frotas da Alemanha (8 anos e 1 mês) e França (8 anos e 2 meses) e mais nova que a dos EUA (10 a 11 anos).

O País tem 1,34 milhão de veículos (3% da frota) com mais de 20 anos de idade. A maior parte (44%) tem até cinco anos. Já 39% dos veículos têm entre 6 e 15 anos e 14%, entre 16 e 20 anos. Em 2006, dos veículos em circulação, 8,9% eram fabricados fora do País. Em 2011, essa participação foi a 12,5%, com 4,3 milhões de carros vindos do exterior, mais da metade da Argentina.

Os números do Sindipeças diferentes dos divulgados pelo Denatran, que são bem superiores por não levarem em conta veículos que deixam de circular.

terça-feira, 27 de março de 2012

Autopeça certificada: mais qualidade no comércio e consumo

A partir do ano que vem, o consumidor de autopeças deve começar a prestar atenção e dar preferência para as marcas que já possuírem a certificação

por José Palacio

Em julho de 2014 ocorre a final da Copa do Mundo no Brasil, mas para o “aftermarket” brasileiro a data é importante também porque marca o início da comercialização obrigatória de componentes automotivos certificados pelo Inmetro, instituídos pela Portaria Inmetro nº 301 de 21/07/2011.

A partir desta data, nenhum amortecedor de suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos podem ser vendidos se não forem certificados.

A Portaria Inmetro nº 301 obriga os fabricantes e importadores destes componentes a iniciar o processo de certificação em janeiro do ano que vem, para que em junho, todas as peças distribuídas sejam certificadas. Os meses de carência (junho 2013 a julho 2014) são para adequação dos estoques do varejo.

Assim, a partir do ano que vem, o consumidor de autopeças deve começar a prestar atenção e dar preferência para as marcas que já possuírem a certificação, pois trata-se de uma garantia a mais de qualidade e segurança para o lojista. A certificação é um instrumento de utilidade pública, pois beneficia o consumidor e a sociedade como um todo.

Os varejos e oficinas reparadoras mais atentas passarão a oferecer o produto certificado aos clientes sem que eles peçam. Esta é uma excelente oportunidade de marketing para a empresa, pois ao ligar o produto certificado, com selo do Inmetro, ao serviço, automaticamente a mensagem que passa é de qualidade.

É possível, inclusive, informar os clientes por meio de propaganda paga nos jornais de bairro ou ainda em folders para serem distribuídos nas casas e no comércio local, que o seu estabelecimento já trabalha com produtos certificados.

Estes informativos podem conter explicações sobre a importância do uso de peças de qualidade, e que é exatamente isso que a certificação oferece. Esta é, inclusive, uma oportunidade para expor a certificação de serviços que a empresa oferece, seja ela uma loja de autopeças ou uma oficina mecânica ou funilaria e pintura.

Há ainda outras formas de explorar esse assunto, com objetivo de fidelizar os clientes já existentes e também conquistar novos clientes, pois no processo de certificação e auditoria, parte das exigências é relacionada ao meio ambiente. Entre os componentes de certificação obrigatória para 2014 estão anéis, pistões e bronzinas, que foram incluídos justamente por interferirem diretamente no controle de emissões de gases poluentes.

Com base nestes componentes, uma sugestão é explicar ao cliente a evolução da empresa como um todo na questão ambiental, que no caso de oficinas mecânicas, além da preocupação com a qualidade do produto, apresenta todas as etapas de descarte ecologicamente correto dos componentes substituídos.

Este é, inclusive, um requisito de vistoria obrigatório para as empresas já certificadas, que são conferidas em todas as auditorias semestrais. Assim, se a sua empresa já é certificada, prepare-se para aproveitar mais esta oportunidade de se destacar entre a concorrência. Se ainda não é, pense nisso, pois ainda dá tempo para buscar a certificação e, assim oferecer ao seu cliente um pacote completo de produto e serviço com qualidade assegurada.

José Palacio é coordenador de Serviços Automotivos do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva

terça-feira, 20 de março de 2012

Inmetro será mais rigoroso na fiscalização de autopeças

O objetivo da regulamentação e do maior rigor na fiscalização, segundo o Inmetro, é melhorar cada vez a qualidade dos produtos comercializados no País, sejam eles nacionais ou chineses

(publicado originalmente em O Regional, 14/03/12)

Inmetro será mais rigoroso na fiscalização de autopeças vindas da China. Diante do grande crescimento da importação de autopeças da China – que de 2009 a 2011, passou de US$ 467 milhões para R$ 1,25 bilhão, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) será mais rigoroso quanto ao comércio de autopeças.

O órgão estima que até o final do primeiro semestre deste ano, seis peças dos sistemas de direção e componentes, além de baterias e pneus deverão ser regulamentadas tecnicamente, ou seja, os produtos só poderão ser vendidos depois de receber o selo do Inmetro.

O sócio do Grupo Mixilim Gerson Plates, de Catanduva ressalta que a medida é importante pelo fato de “termos uma maior qualidade dos produtos oferecidos no Brasil e também daqueles vindos do exterior, principalmente da China. Mas acredito que o ponto negativo dessa mudança será o aumento dos produtos, já que a indústria vai ter que investir na melhoria de seus equipamentos e recursos humanos. É bem provável, que o consumidor final sinta um aumento no setor de autopeças, já que esses custos serão repassados”, disse.

O objetivo da regulamentação e do maior rigor na fiscalização, segundo o Inmetro, é melhorar cada vez a qualidade dos produtos comercializados no País, sejam eles nacionais ou chineses. “O consumidor muitas vezes não tem conhecimento que uma peça de qualidade inferior, pode causar inúmeros problemas ao automóvel, que vão de um simples gasto com combustível a quebra de peças quando do veículo em movimento. Há também, por vezes, a falta de garantia ou garantia por menos tempo que um produto de qualidade superior, o que mexe no bolso do consumidor, que tem que fazer a troca da mesma peça com maior freqüência. Às vezes o barato custa caro”, disse Plates.

ESTIMATIVA

O órgão prevê que até 2015, mais 11 peças também deverão ser certificadas, como por exemplo, amortecedores e buzinas. “Uma iniciativa do governo é sempre valida, pois melhora a qualidade dos produtos. Mas ainda assim, precisamos de uma política de incentivo para o setor nacional, que é tão onerado por impostos. É complicado competir com os produtos chineses, pois lá, as indústrias são beneficiadas pela política do governo chinês de incentivo à exportação, sem mencionar o baixo custo de mão-de-obra, entre outros benefícios”, afirmou o sócio do Grupo Mixilim, em Catanduva.

segunda-feira, 19 de março de 2012

IQA realiza certificações no Brasil e exterior

Com presença internacional por meio de parcerias com laboratórios e organismos de certificação nos principais mercados, o IQA é referência quando o assunto é setor automotivo

(release de imprensa IQA divulgado em março de 2012)

O IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, é referência internacional quando o assunto é certificação de produtos automotivos, como pneus, vidros e rodas, além dos componentes pertencentes à portaria Inmetro nº 301 de 21/07/2011, cuja certificação compulsória entra em vigor a partir de janeiro de 2013 para fabricantes e importadores.

A presença do IQA em terras estrangeiras é garantida por meio de parcerias com laboratórios e organismos de certificação internacionais. “São auditores e profissionais especialmente qualificados por nós, para atender a todas as normas e exigências do Inmetro”, diz Sergio Kina, gerente técnico do IQA.

Entre os países que contam com representatividade do Instituto, destaque para China, Tailândia, Índia, Coréia do Sul, África do Sul, EUA, México, Europa, Indonésia e Japão. “Uma das vantagens de contar com representantes no Exterior é a facilidade e agilidade no atendimento, uma vez que o cliente é atendido no idioma local, e sem custos de translado”, afirma.

Laboratórios

Com as parcerias internacionais, o IQA conta com rede de laboratórios homologados, prontos para atender o cliente de forma personalizada. “Temos condições de oferecer serviços de acordo com as necessidades do cliente, seja em custo ou em agilidade”, afirma Alexandre Xavier, gerente de Novos Negócios do IQA.

O IQA tem, assim, condições de oferecer ao cliente o melhor custo-benefício. “Se a necessidade dele é prazo, enviamos as amostras para o local que tem maior disponibilidade; da mesma forma com custo, pois sabemos onde estão as melhores oportunidades”. Outra vantagem é a possibilidade do cliente participar da escolha do laboratório onde serão realizadas as análises. “Existem empresas que têm preferência por um laboratório específico. Nestes casos, o IQA aprova o laboratório, desde que o mesmo atenda às exigências do Inmetro”, afirma Xavier.

sábado, 17 de março de 2012

Oficinas mecânicas instalam padrão de qualidade

Mais de 19 empresas de Rondonópolis - MT estão passando pelos processos de padronização para adquirir o selo

(publicado originalmente no portal tosabendo.com, em 16/03/2012)

Cuiabá – “Somos uma empresa e não apenas uma oficina”. Esse é o discurso assumido pelo proprietário da Center Truck de Rondonópolis, Wellington Figueira da Silva, que desde 2008 está mudando não apenas os processos, mas a forma com que os funcionários e clientes percebem a empresa.

A mudança partiu de uma visita dos empresários de Rondonópolis a várias oficinas de São Paulo que possuem o selo IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). A viagem, que foi promovida pelo Sebrae em Mato Grosso, mexeu com os empresários. “Desde então, estamos promovendo as mais diversas mudanças em busca da qualidade. Agora faltam poucos meses para podermos, assim como eles, estampar nosso selo IQA”.

A expectativa é partilhada pelo empresário Ronaldo Bruschi, da Roma Vil de Rondonópolis. Há algum tempo ele vem percebendo as mudanças no mercado e o aparecimento de clientes cada vez mais exigentes. “Eles estão comprando carros que são sonhos de consumo e querem que suas máquinas sejam muito bem cuidadas”.diz.

Para atender a demanda, Ronaldo tem focado o trabalho nas ações ambientais. “Já estamos com todo o projeto de destinação de resíduos, agora falta só o licenciamento”. O empreendedor conta que as percebe mudanças na empresa são concretas. “O tempo de trabalho e o desperdício diminuíram e os clientes estão muito mais satisfeitos”.

O IQA é um organismo de certificação do setor automotivo criado e dirigido por entidades como Anfavea, Sindirepa e Sindipeças. Mais de 19 empresas de Rondonópolis estão passando pelos processos de padronização para adquirir o selo. No ano passado, as oficinas receberam a primeira avaliação e desde então tiveram que começar a intensa fase de adaptações.

As primeiras 10 empresas devem conquistar o selo em agosto, as demais, até o fim do ano. Os empresários correm contra o tempo para rever todos os detalhes do processo. “O mais difícil não é criar um processo e sim mudar a mentalidade dos funcionários que ainda relutam em assililar a importância dessas mudanças. Mas a profissionalização é um caminho necessário”, pontua Wellington.

Ao todo, são cerca de 120 oficinas mecânicas de veículos leves e pesados em Rondonópolis. A maioria delas ainda não percebeu a importância da qualificação. “Essa é uma ação inédita em Mato Grosso e deverá servir de exemplo nos próximos anos. É um processo sem volta”, diz o gestor do projeto de serviço de reparação de veículos de Rondonópolis, Vladimir Alves da Silva.

terça-feira, 13 de março de 2012

Parque Tecnológico de Sorocaba, SP, recebe Conferência Internacional


Evento será realizado em junho, e local concentrará investimentos de laboratórios privados e públicos.

(publicado originalmente no G1, em 01/03/12)

A Prefeitura e a Agência de Inovação de Sorocaba, o interior de São Paulo, realizou dias atrás o lançamento oficial da Conferência Internacional de Inovação em Parques Tecnológicos, que ocorrerá em junho, na cidade. O encontro, no auditório do Sesi, no bairro Mangal, contou com a participação de empresas, universidades e autoridades da cidade e região.

A Conferência, que ocorrerá entre os dias 4 e 6 de junho, marcará dois momentos históricos para Sorocaba: a entrada em operação do Parque Tecnológico e o primeiro evento internacional realizado na cidade voltado à tecnologia e à inovação. Este evento terá a presença de palestrantes e especialistas em tecnologia e em inovação do Brasil e de vários países, como EUA, Canadá, Dinamarca e Inglaterra.

No encontro, o presidente da Inova Sorocaba, Erly Syllos, fez uma apresentação de como será a Conferência Internacional, inclusive, abordando alguns dos temas que serão analisados pelos palestrantes.

De acordo com a Secretaria de Obras e Infraestrutura Urbana (Seobe), a primeira fase das obras do Parque, congrega o Núcleo, que terá cerca de 11 mil m2 de área, dos 20 mil m2 de todo o parque. O Núcleo contará com laboratórios e centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, prestação de serviços técnicos especializados, eventos técnicos, gestão e planejamento, além de incubadora de empresas de base tecnológica.

O Parque Tecnológico de Sorocaba concentrará também investimentos de laboratórios privados e públicos, de universidades e de centros de pesquisas, bem como representações de associações de classe e órgãos certificadores. Funcionará na articulação entre empresas e instituições de pesquisa.

Em Sorocaba, o incentivo à pesquisa e à inovação começa já no ensino médio, amparado pela Lei Municipal de Inovação, a primeira do Estado e criada exclusivamente para fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico.
(N. do Blog: Entre os participantes que já confirmaram presença na Conferência Internacional, em junho, estão: SAE Brasil, Abinfer - Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração e IQA - Instituto da Qualidade Automotiva).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Inmetro intensifica fiscalização de fabricação e importação de autopeças

O Inmetro poderá interditar o fabricante ou importador, apreender as peças, inclusive retirá-las do mercado, além de cobrar multa, que pode variar entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão

Por: Fabiana Pimentel (publicado originalmente em InfoMoney, 05/03/2012)

Os fabricantes e importadores de autopeças que atuam no Brasil têm até o dia 21 de dezembro deste ano para se adequarem às exigências de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), de acordo com o Programa de Certificação Compulsória de Componentes Automotivos. “A intenção é fiscalizar as peças que chegam ao mercado sem atender aos requisitos mínimos de segurança, como pastilhas de freio e amortecedores”, explica o diretor de qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.

Segundo ele, após o prazo para adequação, o órgão dará início à fiscalização. “Caso sejam encontradas irregularidades, o fabricante ou importador terá mais 12 meses para nova adequação”, afirma.

Já o comércio tem até julho de 2014 para ficar em conformidade com as exigências do Programa.

Certificação

Para obter a certificação, Lobo explica que o fabricante ou importador deverá procurar um laboratório credenciado pelo Instituto para realizar os testes necessários para a certificação. “Caso seja reincidente, após o início das fiscalizações, o Inmetro poderá interditar o fabricante ou importador, apreender as peças, inclusive retirá-las do mercado, além de cobrar multa, que pode variar entre R$ 100 e R$ 1,5 milhão”, completa.

Antes de sofrer qualquer tipo de penalidade, a empresa será notificada, para depois sofrer as punições previstas.

Reposição

Segundo Lobo, o setor com mais incidência de peças sem qualidade é o de reposição. “As montadoras possuem controles de qualidade próprios. Porém, mesmo assim, as montadoras e concessionárias também serão fiscalizadas e terão que apresentar a certificação”, afirma.

domingo, 11 de março de 2012

A evolução da certificação no setor automotivo

A certificação de autopeças é um investimento na qualidade de vida da população, que passa a contar com produtos de qualidade assegurada

por Mario Guitti*

Nos últimos anos, temos assistido uma constante evolução da qualidade na indústria automotiva, que inclui as montadoras e os fabricantes de autopeças. Este tem sido um exercício interessante de se observar, pois ao mesmo tempo que os produtos ganham qualidade, apresentam custos menores e tornam-se mais rentáveis.

Como toda evolução, alguns prazos precisam ser respeitados. Já se passaram mais de 15 anos desde que o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva foi fundado, e somente agora percebemos avanços significativos, como a recente aprovação do RAC de componentes automotivos (portaria do Inmetro nº 301 de 21/07/2011), que estipula a certificação compulsória de diversos componentes automotivos para serem comercializados no aftermarket.

Este é um processo de amadurecimento do mercado brasileiro, que começou com a certificação de produtos como pneus, rodas, vidros, capacetes de motocicletas, cilindros de GNV, líquidos de freios, veículos acessíveis, etc.

Agora, teremos ainda componentes como amortecedores, bombas de combustível, buzinas, pistões, pinos e anéis de trava, anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas automotivas. E, estaremos acompanhando junto do INMETRO o desenvolvimento deste processo para as outras autopeças que fazem parte do sistema de segurança veicular, como pastilhas, discos e tambores de freios, sistema de direção, entre outros.

A certificação de autopeças é um investimento na qualidade de vida da população, que passa a contar com produtos de qualidade assegurada conforme níveis básicos de exigência, padronizados por normas, elaboradas por especialistas em cada componente. Isso evita o uso de produtos de procedência duvidosa, resguarda o mercado nacional do ataque indiscriminado dos importados, que nem sempre oferece qualidade, mas, sim, preço.

Mas, mesmo a passos lentos, a certificação no setor automotivo caminha na direção certa. Poderia ser mais rápido? Sim, poderia, e isso ajudaria diversas empresas a melhorar os produtos e também os processos, e o maior beneficiado no final das contas é o consumidor final.

As montadoras são excelentes exemplos de consumidores exigentes, pois no processo de seleção de fornecedores, buscam apenas aqueles que passam nos critérios das normas e requisitos internos. Ou seja, não compram de qualquer um.

Neste cenário, o IQA desempenha interessante papel, pois está à parte do processo de produção e comercialização. Como organismo certificador acreditado pelo Inmetro, o IQA atua com avaliador, sem opinar, sugerir ou criticar. Isso garante isenção na auditoria, para apontar fragilidades e pontos a serem melhorados.

Vale lembrar que ao investir na qualidade do produto, a indústria brasileira de autopeças ganha competitividade internacional. Já somos o quarto maior mercado de automóveis do mundo e por isso estamos na mira dos investidores. Com certeza a concorrência vai aumentar e esta é uma oportunidade única, pois podemos aproveitá-la para ganhar mais competitividade ainda. E o caminho é a qualidade.

* Mario Guitti é superintendente do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva

quinta-feira, 8 de março de 2012

Tentativa e Erro na Indústria Automotiva

Os recursos tecnológicos estão disponíveis para qualquer um. Numa cultura de qualidade contínua, todo e qualquer processo pode ser melhorado, por mais que este se apresente satisfatório na atualidade

por J. G. Buchaim*

Ninguém disse que é fácil, mas também não é difícil. É trabalhoso, pois requer atenção aos detalhes. Por isso, a Metodologia Seis Sigma funciona. Muito mais do que aquela usada no início da Revolução Industrial, chamada de Tentativa e Erro, lembra-se?

Criada nos anos 1980 pela Motorola, o Seis Sigma é uma metodologia que utiliza uma série de ferramentas da qualidade, tendo como base dados estatísticos e pessoas extremamente familiarizadas com essas ferramentas, com um objetivo comum: reduzir o número de defeitos para 3,4 PPM (partes por milhão), ou 99,99966% de rendimento.

Alguns dizem que isso é quase impossível, mas se na Motorola dos anos 1980 houve sucesso, porque não haver agora, na segunda década do século 21, em que dispomos de mais recursos tecnológicos, equipamentos e processadores mais velozes, e softwares especialmente desenhados para isso?

A tecnologia evoluiu e a mentalidade humana também, porém não na mesma velocidade. Aplicar a Metodologia Seis Sigma na indústria automotiva é trabalhoso e requer mudanças de cultura, pois, com um objetivo assim tão apertado, é preciso atenção aos detalhes. Muita atenção.

O pensamento Seis Sigma evoluiu no tempo e atualmente tem-se uma visão mais abrangente de Negócios e Satisfação do Cliente, buscando-se oportunidades de ganhos. Não se procura apenas melhorar Qualidade e Produtividade, mas globalmente aumento de lucratividade.

Por isso nós, do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, tomamos agora esta iniciativa de ampliar a oferta de treinamentos com a introdução da Metodologia Seis Sigma. Somos especializados no setor automotivo e isso nos permite enxergar além das necessidades básicas das indústrias do setor. Imaginem obter o Seis Sigma em toda a cadeia produtiva de uma autopeça que envolve quatro ou cinco processos diferentes?

Os recursos tecnológicos estão disponíveis para qualquer um. O que ensinamos neste treinamento é enxergar de forma aprimorada os indicadores que revelam onde os processos podem ser melhorados. Numa cultura de qualidade contínua, todo e qualquer processo pode ser melhorado, por mais que este se apresente satisfatório na atualidade.

Os agentes de toda essa melhoria são as pessoas, que ao receber o treinamento em Seis Sigma se tornam experts, separados por categorias: Green Belts (primeiro estágio) ou Black Belts (segundo estágio), e posteriormente estes últimos podem se tornar Master Black Belts. É importante ressaltar que não é necessário ser Green Belt para se formar Black Belt, porém é interessante que o Black Belt conheça as atividades de um Green Belt.

Nesta hierarquia de experiências, o Green Belt é o homem de frente, sendo que o desejável é que cada setor da empresa tenha pelo menos um, pois o Green Belt trata de melhorias na área em que tem experiência, e com a formação na filosofia e Metodologia Seis Sigma, ficará atento a oportunidades de melhoria por todo o tempo. O curso ensina as técnicas e treina os Green Belts no uso da metodologia DMAIC (Define, Measure, Analyse, Improve, Control), criada para melhorar processos já existentes, e devem poder completar a fase de Medição e executar boa parte da fase de Análise do DMAIC.

Já o treinamento de Black Belts prepara os participantes para receberem uma sólida formação nas técnicas da Metodologia Seis Sigma para aplicá-las em projetos mais complexos e ajudar os Green Belts em suas dificuldades.

Os Black Belts são responsáveis pela liderança na execução de projetos de maior abrangência, podendo dividi-los em subprojetos para execução por Green Belts. Como o Black Belt deve usar técnicas estatísticas mais complexas, é importante que ele use computador e software estatístico, o mais empregado sendo o Minitab. O programa ensina todas as técnicas importantes da metodologia DMAIC e algumas suplementares de organização, e sua versão “trial” é oferecida nos treinamentos IQA em Metodologia Seis Sigma.

Assim, convidamos todos a participar desta evolução. E, como disse no início, a Metodologia Seis Sigma exige trabalho e dedicação, mas, depois que passa a fazer parte da cultura da empresa, ficar sem é como regredir no tempo e voltar a produzir na base da tentativa e erro.

*J. G. Buchaim é coordenador de treinamentos em Metodologia Seis Sigma do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva

quarta-feira, 7 de março de 2012

Engenharia da qualidade ao alcance de todos

Não se faz um engenheiro da noite para o dia, mas é possível melhorar a produtividade dos que já estão no mercado, com pequenos investimentos em treinamentos focados

por Mario Guitti*

Uma praxe dos momentos de crise é reduzir investimentos em comunicação e também treinamentos, temas considerados menos prioritários dentro do “core business” das indústrias de bens de consumo. Mas, enquanto a crise Europeia não se reflete com força no mercado nacional (e esperamos que isso não ocorra), o que devemos fazer hoje?

Os otimistas dizem que as crises são passageiras e enfrentam esses períodos sem desespero, mas com planejamento e criatividade para fazer o mesmo com menos ou até mais com menos. Já os pessimistas, encaram os bons momentos como passageiros e tentam se aproveitar ao máximo dele, acreditando que em breve uma nova crise surgirá. Ambos estão certos e errados ao mesmo tempo.

A oscilação de mercado é normal. Uma hora está tudo bem, e de repente, fica ruim. Mas, é possível minimizar os efeitos dos maus períodos, porém, para isso, é preciso de uma nova mentalidade, e esquecer um pouco aquela história de que ‘time que está ganhando não se mexe’. Mexe, sim, para melhorar.

Sou defensor do investimento contínuo em educação, formação específica e atualização profissional; tenho batido forte neste tema, pois vivemos um período em que o capital humano tem se tornado escasso. Já faz tempo falamos de falta de engenheiros para a indústria.

Não se faz um engenheiro da noite para o dia, mas é possível melhorar a produtividade dos que já estão no mercado, com pequenos investimentos em treinamentos focados. Há ainda algumas especializações para quem não dispõe de formação universitária, mas apenas em cursos específicos, como é o caso do tema qualidade.

Tempos atrás, qualidade só se aprendia na prática, mas isso agora mudou. Já existem centenas de milhares de casos de sucessos como exemplos de ferramentas que quando aplicadas corretamente aumentam produtividade e reduzem custos. Nós, do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, nos empenhamos para isso, e formatamos treinamentos específicos para desenvolver nos técnicos e engenheiros automotivos especializações quando o assunto é qualidade.

Em pouco tempo desenvolvemos diversos casos de sucesso. Um deles foram os cursos de Formação EQF – Especialista em Qualidade de Fornecedores, apresentados no ano passado, com público acima do esperado. Um bom sinal, pois demonstra maturidade do mercado, que começa a enxergar a cadeia produtiva como um todo.

O curso de Formação EQF é um treinamento de especialização profissional que amplia o campo de visão para a busca de soluções para os problemas das empresas, quando o assunto é qualidade. Não se limita ao setor automotivo, embora tenha ênfase nele, o que faz com que o valor profissional aumente relativamente.

Outro case foram os treinamentos em VDA 6.3, que também lançamos em 2011, com total respaldo da VDA-QMC, da Alemanha, pois o IQA é o representante oficial da VDA no Brasil. Este foi um investimento que fizemos pois sentimos que o mercado necessitava ampliar conhecimentos sobre as normas VDA, simplesmente porque quem não os tiver, não trabalhará mais com as empresas alemãs no setor automotivo. Em 2011, tivemos um bom público, e agora, este ano, nos preparamos para receber mais profissionais interessados.

A novidade para 2012 é o novo treinamento em Seis Sigma que o IQA acaba de desenvolver. Tal como tudo que fazemos, terá foco no setor automotivo, e será ministrado em turmas abertas, e apresentará uma grande inovação, queé a possibilidade não apenas de formação, mas também a certificação do profissional através do Instituto. Durante o treinamento o participante desenvolverá em paralelo seu projeto, garantindo o máximo de resultado através dessa qualificação.

Nossa aposta para 2012 é que todos sejam otimistas e estejam preparados para uma eventual crise, que possa vir novamente algum dia. O melhor remédio contra crise é o investimento em especialização da mão de obra, pois quanto mais se busca a melhoria contínua dos processos e produtos, mais distante ficam os maus períodos.

*Mario Guitti é superintendente do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva


terça-feira, 6 de março de 2012

O que é atualização profissional em qualidade?


É preciso se atualizar constantemente. No setor automotivo, os fabricantes de autopeças inovam a cada novo lançamento das montadoras, que exigem deles componentes mais leves, baratos e nem sempre mais fáceis de lidar

por José Palacio*

Quando falamos de qualidade no setor automotivo, logo pensamos nas montadoras e fabricantes de autopeças, que precisam sempre investir em produtos que duram mais, sejam mais baratos e atendam melhor as necessidades dos clientes. Mas, falar de qualidade em serviços automotivos é o mesmo que separar o profissional rápido e ágil daquele que não consegue executar bem as tarefas.

Existe algo chamado dom e aptidão, que é quando não importa o problema a ser solucionado, a pessoa resolve rapidamente, primeiro porque gosta do que faz, e segundo porque sente prazer em fazer. É como juntar a fome com a vontade de comer. E há aqueles que querem aprender um ofício pois gostam desse assunto, mas precisam de tempo e estudo. Estes são a maioria das pessoas, pois ninguém nasce sabendo.

Para ambos vale uma regra: é preciso se atualizar constantemente. No setor automotivo, os fabricantes de autopeças inovam a cada novo lançamento das montadoras, que exigem deles componentes mais leves, baratos e nem sempre mais fáceis de lidar.

Para o balconista da loja de autopeças, é fundamental hoje saber fazer uma venda consultiva, que nada mais é do que conhecer aspectos técnicos do produto que está comercializando para poder vender a peça certa e evitar o transtorno de ir e vir do cliente. O mesmo vale para o reparador automotivo, que não adianta apenas identificar o problema, é preciso explicar porque ele ocorre e o que fazer para evitar danos maiores no veículo.

Outro assunto que pode ser estudado através de treinamentos específicos, tanto no varejo e atacado de autopeças quanto nas oficinas de reparação automotiva, são as técnicas de organização de 5S e Housekeeping, que preparam o ambiente de trabalho para ser mais eficiente e prazeroso. O 5S é um conceito de organização japonês, que traduzido significa Utilização, Organização, Limpeza, Saúde e Autodisciplina (das palavras japonesas Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, respectivamente).

Para dar mais um exemplo, há os treinamentos em meio ambiente e legislação, assuntos que estão cada vez mais cobrados não apenas pelas autoridades, mas também pelos consumidores. Será que o seu estabelecimento respeita as leis ambientais? O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva oferece ao mercado de reposição e reparação uma série de treinamentos específicos sobre os assuntos aqui citados (e muitos outros) que podem alavancar negócios por meio da qualidade.

São treinamentos voltados para empresários do setor, que querem enxergar da porta para dentro e de dentro para fora. São investimentos, que trazem retorno quando aplicados.

Não por acaso, esses empreendedores são os que mais apostam em ações como o Selo Verde em busca de bom relacionamento com os clientes. Trata-se de uma certificação ambiental para as oficinas e centros de reparação lançada pelo IQA que atesta a adoção de processos ambientalmente sustentáveis e procedimentos adequados para descarte de materiais.

*José Palacio é coordenador de Serviços Automotivos do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva


domingo, 4 de março de 2012

Melhora na qualidade de produção

Empresas dos mais diferentes ramos e segmentos adotaram o Seis Sigma, registrando grande crescimento ao utilizar a metodologia em seus negócios

(publicado orginialmente no Diário do Grande ABC, 03/03/2012)

"Reduzir a variação nos processos produtivos e, em consequência, minimizar os defeitos e melhorar os negócios", define o Sinval Daffre, que faz parte do comitê de manufatura da SAE Brasil, quando questionado sobre o que, basicamente, é o Seis Sigma.

Muita gente nunca ouviu falar, mas estas duas palavras fazem toda a diferença para uma empresa cuja meta é dar salto em qualidade. A proposta aqui é reduzir a proporção de produtos defeituosos para 3,4 DPMO (Defeitos Por Milhão de Oportunidades) ou 99,99966% de rendimento.

"Exemplificando, é como se a cada 1 milhão de palavras escritas, você errasse apenas três", resume Daffre.

Para entender melhor, "a palavra ‘Sigma' deriva da letra grega que significa ‘desvio padrão', já o ‘Seis' está associado ao nível de excelência da metodologia (vai de um a seis)", explica o sócio-diretor do Six Sigma Institute do Brasil, Enio Feijó.

A metodologia nasceu em meados da década de 1980 na fábrica da Motorola, nos Estados Unidos, quando se fez necessário elevar a qualidade da fabricação de pagers.

A partir deste sucesso, empresas dos mais diferentes ramos e segmentos adotaram o Seis Sigma, como a GE, que registrou grande crescimento ao utilizar a metodologia em seus negócios. "Isso elevou consideravelmente o conhecimento e a utilização da metodologia por diversas empresas", lembra Daffre.

"Hoje, mais de 80% das médias e grandes empresas norte-americanas adotam o sistema (pelo menos em parte do processo). No Brasil, o número cai para cerca de 50%", esclarece Feijó.

Na busca pela (quase) perfeição, as montadoras de automóveis também abraçaram esta causa. No Brasil, a Ford foi a primeira delas. De acordo com a marca, a metodologia é usada desde 1999 - em logística, marketing, vendas ou mesmo na linha de produção em si.

"O principal benefício é a mudança na forma de abordar os problemas. Não tem achismo, para obter resultados é necessário definir, medir, analisar, implementar e controlar o processo já existente", menciona Feijó em relação à aplicação dos passos DMAIC da metodologia.

De acordo com pesquisas feita nos Estados Unidos e Europa, com a Metodologia Seis Sigma, apenas 5% da receita de uma empresa é gasta com consertos. De um nível para outro, há redução de cinco pontos percentuais, ou seja, quanto maior o nível Sigma, menor o custo. E o montante vai direto para o lucro líquido da empresa.

ONDA DE RECALLS - Você deve estar se perguntado: mesmo com a implantação de processos produtivos que primam pela qualidade, como explicar a alta demanda de recalls pelo mundo?

Como resposta, os especialistas lembram que, com o Seis Sigma, a chance de produzir defeitos é menor, mas não é nula. "Nossos carros estão cada vez menos vulneráveis. A extensão da garantia (para três, cinco ou até seis anos) dada pelas montadoras no Brasil traduz a melhoria nos processos produtivos do setor automotivo pregada pela Metodologia Seis Sigma", defende o coordenador da metodologia Seis Sigma do IQA, J. G. Buchaim.

Mesmo com estes resultados, há quem prefira adotar outros programas de qualidade. Um exemplo é o New Honda Circle, desenvolvido pela montadora e aplicado mundialmente tanto internamente quanto com fornecedores. Questionada, a marca informou que não divulga resultados financeiros.

UNIÃO DE INICIATIVAS - Em paralelo ao Seis Sigma, há o Lean Manufacturing que, quando utilizado, reduz drasticamente o desperdício. Conhecido também como Manufatura Enxuta, o conceito veio da fábrica japonesa da Toyota nos anos 1950.

Graças a isso a marca teve um dos melhores desempenhos entre as montadoras na época da crise do petróleo (década de 1970) pois, além de reduzir os desperdícios, esta forma de trabalho melhora a velocidade dos processos, utiliza menos estoque e, em consequência, otimiza custos.

Implantação é feita com capacitação de funcionário

Se engana quem pensa que implantar a Metodologia Seis Sigma dentro de uma empresa seja uma espécie de consultoria. Para o sucesso do programa, um grupo de funcionários deve ser treinado, a fim de conscientizar os demais e difundir a cultura.

Os recursos tecnológicos estão disponíveis para qualquer um, onde é ensinado enxergar de forma aprimorada os indicadores que revelam onde os processos podem ser melhorados. Os agentes de toda essa melhoria são as pessoas, que ao receber o treinamento se tornam experts. A primeira das categorias é o Green Belts. O Black Belts é o segundo estágio. "Uma espécie de faixa preta, que em um só golpe é capaz de resolver o problema", como define Sinval Daffre, engenheiro da SAE Brasil. Há também os Master Black Belts, responsáveis pelo treinamento da metodologia e coordenação da iniciativa.

De acordo com J. G. Buchaim, coordenador da Metodologia Seis Sigma do IQA, "seria ideal cada setor da empresa ter pelo menos um Green Belt, assim, trataria de melhorias na área em que tem experiência."

sexta-feira, 2 de março de 2012

Indústria de autopeças se prepara para atender exigências de certificação


Com a certificação em vigor, as peças terão o selo do Inmetro e o consumidor ainda poderá consultar na internet as fabricantes certificadas

(Publicado originalmente no Jornale, coluna de Economia - Mirian Gasparin, 29/02/2012)

A partir de 1º de janeiro de 2013 passará a ser obrigatória a certificação para as autopeças de reposição de veículos vendidas no Brasil. O órgão responsável pela avaliação será o Instituto da Qualidade Automotiva - IQA, que é certificado (n. do Blog: o termo correto é "acreditado") pelo Inmetro. De acordo com o Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), que reúne as entidades que representam o setor da reposição automotiva (Sindipeças, Andap/Sicap, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP), o maior desafio já foi vencido, com a elaboração da portaria que determina a obrigatoriedade da certificação. Fazem parte da lista de peças que devem ser certificadas: amortecedores de suspensão; bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto; buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores; pistões de liga leve de alumínio; pinos e anéis de trava (retenção); anéis de pistão; bronzinas; lâmpadas para veículos automotivos.

Com a certificação em vigor, as peças terão o selo do Inmetro e o consumidor ainda poderá consultar na internet as fabricantes certificadas. Os pontos do varejo terão até 2014 para vender as peças com o selo. A certificação deverá inibir o comércio de peças de procedência duvidosa, que podem colocar em risco a vida de motoristas. Para conscientizar toda a cadeia envolvida na fabricação de autopeças, distribuição e venda no varejo, as entidades do setor destacarão esse tema durante a 3ª Automec Pesados & Comerciais Feira Internacional Especializada em Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos Pesados e Comerciais.

“Agora é o momento de levar a informação ao varejo e às oficinas para que fiquem atentos e não comercializem os produtos relacionados sem o selo do Inmetro após os prazos estipulados”, explica o coordenador do GMA, responsável pelo Programa Caminhão 100%, e vice-presidente do Sindipeças, Antônio Carlos Bento.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Quintas rodas fabricadas pela Fontaine recebem aprovação do Inmetro


Ensaios foram feitos na matriz da empresa, nos EUA, e acompanhados pelo IQA como OCP

(publicado originalmente pelo Portal Automotive Business, março/2012)

As quintas rodas produzidas pela Fontaine Brasil já recebem certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A exigência entrou em vigor este ano e é válida para todas as quintas rodas à venda, inclusive as importadas. O componente exige produção bastante criteriosa por questão de segurança.

Para receber a certificação, a companhia submeteu todos os modelos de quinta roda fabricados no País a diversos testes exigidos pelo órgão certificador. A unidade de produção de quintas rodas da Fontaine fica em Curitiba (PR).

“Os ensaios foram feitos no laboratório da empresa nos Estados Unidos”, informa o diretor da Fontaine Brasil, Ronaldo Linero. O executivo explica que os testes foram acompanhados pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), pelo Organismo de Certificação de Produto (OCP) e afirma que todas as quintas rodas já tinham certificações internacionais.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Swissport recebe selo de Oficina Verde 2012

Certificação se refere ao sistema de gestão ambiental para reparação de veículos usados no handling.

A Swissport recebeu mais uma vez o Selo Oficina Verde para o sistema de gestão ambiental para reparação de veículos. Isso significa que a empresa está em conformidade com os requisitos do programa criado pelo IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e pelo Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).

O IQA foi criado e é dirigido por diversas entidades do setor automotivo, tais como Anfavea e Sindipeças, atua na certificação de produtos, serviços e sistemas de gestão como o da Swissport. Já o Cesvi é membro do RCAR (Research Council for Automobile Repairs), cujo objetivo é contribuir para a redução do custo do sinistro para o mercado segurador, tornando o reparo de veículos mais eficiente e produtivo e colaborando para a redução de acidentes.

Em 2009, juntos os dois lançaram a certificação ambiental para serviços automotivos, no ano seguinte a Swissport já recebeu o selo e agora em 2012 a empresa novamente foi certificada. Presente em 13 dos principais aeroportos brasileiros, a Swissport atende hoje as principais companhias aéreas brasileiras e estrangeiras com voos regulares para o Brasil. Conta com 5.300 funcionários, cerca de 4.500 equipamentos motorizados e rebocáveis e está no Brasil desde 1997.

A Swissport International Ltd. fornece serviços em terra (ground service) para mais de 70 milhões de passageiros e 2,8 milhões de toneladas de carga por ano, atendendo cerca de 650 empresas em todo o mundo. Com um time de cerca de 33 mil funcionários, a Swissport está presente em 176 aeroportos em 38 países nos cinco continentes. No Brasil, a Swissport está presente nos aeroportos de Belo Horizonte (Confins), Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Salvador, São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos – Campinas) e Vitória. Possui mais de 5.000 funcionários e oferece serviços na área de ground handling, carga, aviação executiva e aviation security. [www.swissport.com].

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

NURA e GETEF recebem avaliação de melhor gestão de projetos a nível nacional

Empresários integrantes do GETEF

Na última avaliação das ações dos projetos do Empreender Competitivo, o NURA (Núcleo de Reparadores Automotivos) e o GETEF (Grupo de Empresas de Tecnologia de Fernandópolis) núcleos setoriais do Programa Empreender da ACIF (Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis) receberam a aprovação das ações e foram pontuados como melhor gerenciamento e execução de projetos a nível nacional.

A visita foi realizada no dia 7 de fevereiro na ACIF pelo consultor regional da FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) Carlos Alberto Dezan e o consultor da CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil) Rodrigo Carrijo. 

O GETEF foi contemplado com o projeto para Desenvolvimento das Empresas de Tecnologia da Informação de Fernandópolis, com destaque a qualificação da mão de obra. Entre as ações de destaque do NURA, voltada para o Desenvolvimento das MPE’S de Reparação Automotiva da Região Noroeste Paulista Fernandópolis – Votuporanga, foi a certificação das empresas no IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.

Os núcleos desenvolveram projetos com as ações de consultoria financeira, gestão e monitoramento, programa de certificação, plano de marketing integrado, fortalecimento da cultura associativista, gestão ambiental, programa de formação e qualificação de mão de obra, e entre outros aplicativos que contribuem para uma melhor adequação e gestão empresarial.

Para Osvaldo Yashimi Miyashita, empresário integrante do GETEF, foi surpreendente e muito positivo as pontuações feitas pelos consultores. “Acredito que o mérito de ter tido uma boa avaliação foi a união e o profissionalismo entre todas as empresas somado a estrutura e o modo com que as ações foram conduzidas”, ressalta Osvaldo.

De acordo com Alexandre Ferreira Vaz, empresário integrante do NURA, as ações são muito bem focadas e acabam aperfeiçoando não só do ponto de vista empresarial como pessoal. “Na minha empresa, por exemplo, foi fundamental para a melhoria na gestão financeira e nas soluções ambientais. Os projetos dão vida às empresas e proporciona o desenvolvimento”, acrescenta o empresário.

Para Ana Carolina Cestari, gestora do Empreender Competitivo da ACIF, a expectativa, agora, é conseguir a aprovação de novos projetos para dar continuidade no trabalho. “Chegamos ao final dos projetos com a sensação de dever cumprido. Todos os resultados propostos foram alcançados. As empresas aumentaram seus faturamentos, aumentaram os postos e trabalhos, o número de atendimentos e a redução da inadimplência, sem contar o aumento da competitividade no mercado”.

Segundo Carlos Alberto Dezan, consultor regional da FACESP, os projetos do Empreender Competitivo desenvolvidos pela ACIF, de acordo com a empresa responsável pelas avaliações, estão sendo muito bem conduzidos e apresentam resultados muito satisfatórios. “As ações desenvolvidas contribuíram de forma relevante para melhorias das empresas em vários aspectos, como: aumento da produtividade, melhorias das técnicas de gestão e marketing, certificação, entre outros. O sucesso dos projetos deve-se a um conjunto de fatores, dentre eles a excelente estrutura oferecida pela ACIF, o comprometimento e empenho da Gestora local e participação dos empresários”, complementa o consultor.

O Empreender Competitivo é um projeto em parceria com o Sebrae Nacional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a Facesp e a CACB que promove condições favoráveis para o aumento da competitividade entre as empresas e oferece apoio aos empresários para a realização de novas parcerias e o fortalecimento dos diferentes segmentos empresariais.

Empresas integrantes do NURA

Oficina Mecânica N.Sra. Fátima
Oficina JD
Pil Centro Automotivo
Fiat Plus
Xandy Autos
Auto Peças Mafer
Café Centro Automotivo
Téda Auto Peças
União Auto Peças
Freios União
Tecnocarb
Mercediesel
Emerson Car

Empresas integrantes do GETEF

Ascont Sistemas
Conexão.com
Datavale
Infosis
Orasystens
Proage
Infobrasil
MZ Informática
Realsysten
Master Company