Sobre o IQA-Instituto da Qualidade Automotiva (www.iqa.org.br): é um organismo de certificação sem fins lucrativos especializado no setor automotivo, criado por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. Parceiro de organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro, o IQA atua em Certificação de Serviços Automotivos, de Produtos, de Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos.
No dia 23 de maio, nós, do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva –, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, participamos de reunião com representantes de empresas varejistas de autopeças, em encontro marcado no Sincopeças, em São Paulo, para definir novos procedimentos para a certificação das lojas de autopeças.
Este encontro marcou um novo horizonte para o mercado de reposição automotiva, pois o setor de varejo tem uma oportunidade especial de adequar o modelo da certificação às necessidades das empresas, por meio de desenvolvimento conjunto com o IQA e o Sincopeças.
Oportunidade que vai beneficiar todos os varejistas interessados em investir em processos de qualidade, pois proporcionará conhecimento mais aprofundado de todos os processos do negócio e, como resultado final, melhor rentabilidade.
Na prática, o trabalho em conjunto IQA/Sincopeças, iniciado agora, busca nova abordagem para a certificação do varejo de autopeças, com foco em melhores resultados do negócio. A nós, do IQA, cabe, além do processo de certificação, monitorar o andamento do projeto, alinhar conhecimento dos consultores envolvidos e oferecer treinamentos. Ao mesmo tempo, será dada mais ênfase aos aspectos identificados pelos lojistas como prioritários. Exemplos: gestão da garantia, layout de loja com foco em vendas, gestão de estoque e inadimplência.
Neste contexto, o varejo de autopeças desenvolverá condições para usufruir dos principais benefícios da certificação: melhoria de processos, abertura de mercados (um participante do encontro citou grandes empresas que hoje em dia exigem esse diferencial para compra de autopeças para suas frotas, o que é definitivamente uma tendência), ferramenta de marketing e apoio para padronização de redes. A certificação, no final das contas, ocorre como consequência natural do processo que será desenvolvido junto às próprias empresas.
Apesar de não oferecer consultoria, pois este não é o nosso papel, o IQA apoiará empresas, Sincopeças e todos os profissionais envolvidos, indicando os pontos em que os processos podem ser melhorados. Muitos empresários ainda veem a certificação como custo e não investimento, e esse projeto é um importante passo para mudar essa opinião, mostrando na prática como tornar um negócio mais eficiente e produtivo, além de agradável para o cliente. E tudo isso com condições especiais técnicas e de investimento para as empresas.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
SAE Brasil completa vinte anos de atuação
Em 2011 a SAE Brasil completa vinte anos de atuação no País, organização em que tive orgulho de trabalhar durante 5 anos. Para comemorar esse marco, foi publicado um livro que presta homenagem aos associados e pessoas que contribuíram para a evolução da mobilidade no Brasil, editado por Automotive Business.
A SAE Brasil é uma associação sem fins lucrativos que congrega pessoas físicas (engenheiros, técnicos e executivos) unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE Brasil foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrirem as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então, a SAE Brasil tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 5 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia do Brasil.
A SAE Brasil é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos fundada em 1905, nos Estados Unidos, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Thomas Edison e Orville Wright e tem se constituído, em mais de 100 anos de existência, em uma das principais fontes de normas e padrões relativas aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 5 mil normas geradas e 85 mil sócios distribuídos em 93 países.
Mais informações em http://www.saebrasil.org.br/
A SAE Brasil é uma associação sem fins lucrativos que congrega pessoas físicas (engenheiros, técnicos e executivos) unidas pela missão comum de disseminar técnicas e conhecimentos relativos à tecnologia da mobilidade em suas variadas formas: terrestre, marítima e aeroespacial.
A SAE Brasil foi fundada em 1991 por executivos dos segmentos automotivo e aeroespacial, conscientes da necessidade de se abrirem as fronteiras do conhecimento para os profissionais brasileiros da mobilidade, em face da integração do País ao processo de globalização da economia, ora em seu início, naquele período. Desde então, a SAE Brasil tem experimentado extraordinário crescimento, totalizando mais de 5 mil associados e 10 seções regionais distribuídas desde o Nordeste até o extremo Sul do Brasil, constituindo-se hoje na mais importante sociedade de engenharia do Brasil.
A SAE Brasil é filiada à SAE International, uma associação com os mesmos fins e objetivos fundada em 1905, nos Estados Unidos, por líderes de grande visão da indústria automotiva e da então nascente indústria aeronáutica, dentre os quais se destacam Henry Ford, Thomas Edison e Orville Wright e tem se constituído, em mais de 100 anos de existência, em uma das principais fontes de normas e padrões relativas aos setores automotivo e aeroespacial em todo o mundo, com mais de 5 mil normas geradas e 85 mil sócios distribuídos em 93 países.
Mais informações em http://www.saebrasil.org.br/
terça-feira, 21 de junho de 2011
Reunião Grupo IQA-VDA, junho/2011
Ontem foi realizada no IQA a reunião mensal do grupo de discussão VDA, a primeira após a homologaçção de instrutores realizadas no início de junho. Compareceram representantes da Mercedes-Benz, MAN (Volkswagen Caminhões), Bosch, Lear, Engrecom, Knorr-Bremse, Benteler.
Os principais assuntos e definições discutidas foram:
VDA 2
Um seminário sobre a VDA 2 será realizado em 18/07/2011 em São Paulo - SP, para discussão sobre pontos mais relevantes, dúvidas de interpretação e abordagem de auditoria. Na ocasião será apresentado o "status" de desnvolvimento das discussões do grupo também, e as informaçõe slevantadas serão utilizadas como base para a própria adaptação do treinamento original VDA para o mercado brasileiro.
Novos manuais em português
Foi apresentada o estágio atual de desenvolvimento de todos manuais solicitados para o mercado brasileiro (VDA 2 e VDA 4.3 já encontram-se em suas edições mais atuais).
VDA 1 Fase de tradução, entrega 27/06/11 (publicação prevista: ago/2011)
VDA 6.1 Fase de tradução, entrega 27/06/11 (publicação prevista: ago/2011)
VDA 6.3 Aprovação com a VDA QMC (publicação prevista: jul/2011)
VDA 6.5 Fase de tradução, entrega 27/06/11 (publicação prevista: ago/2011)
Homologação instrutores
Aumento de exigências: segundo Thomas Junggeburth, diretor da BMW e da VDA, houve definição na Alemanha de que todas montadoras exigirão mínimo de 2 (dois) profissionais oficialmente homologados VDA 6.3 para toda cadeia de fornecimento, regra que será válida também no Brasil.
Interpretação e aplicação das normas VDA
Outros eventos serão realizados, sempre focados em uma norma ou necessidade específica, seguindo a iniciativa do seminário VDA 2, visando enriquecer ainda mais as discussões do grupo, e aprimorar continuamente todos os treinamentos.
sábado, 18 de junho de 2011
Início da formação como Black Belt
Em maio iniciei minha formação como Black Belt em Seis Sigma com a QPB Consultoria e Treinamento, algo em que investirei grande esforço até 2012.
A Metodologia Seis Sigma ou Six Sigma Methodology (em inglês) é um conjunto de práticas originalmente desenvolvidas pela Motorola para melhorar sistematicamente os processos ao eliminar defeitos. Um defeito é definido como a não conformidade de um produto ou serviço com suas especificações. Seis Sigma também é definido como uma estratégia gerencial para promover mudanças nas organizações, fazendo com que se chegue a melhorias nos processos, produtos e serviços para a satisfação dos clientes.
Diferente de outras formas de gerenciamento de processos produtivos ou administrativos o Six Sigma tem como prioridade a obtenção de resultados de forma planejada e clara, tanto de qualidade como principalmente financeiros. Essa busca pela melhoria dos resultados é baseada na identificação e remoção das causas-raíz dos defeitos (erros) e minimizar a variabilidade em processos de fabricação e negócios. Para isso utiliza uma série de métodos de gestão da Qualidade, incluindo métodos de estatística, e criando uma infraestrutura especial de pessoas dentro da organização (os chamados "Black Belts", "Green Belts", etc.), que são especialistas nesses métodos.
A QPB Consultoria e Treinamento é uma empresa, constituída por professores e profissionais de alto conceito e experiência, que divulga e ajuda a implementar as metodologias mais avançadas nas áreas de Qualidade e Produtividade, tornando as empresas mais lucrativas e competitivas. Seus diretores, e também professores do curso, são J. G. Buchaim e Pedro Bueno, profissionais de grande renome no mercado e atuação em Metodologia Seis Sigma com Ford, Nokia, Motorola, entre outras empresas. Ambos também são instrutores oficiais do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva.
O setor automotivo ainda é o que utiliza mais a Metodologia Seis Sigma devido a sua destacada preocupação com tecnologia e Qualidade. É um dos setores de mais impacto em nossa sociedade, pela sua extensa e complexa cadeia produtiva e de serviços.
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Eleito novo conselho e diretoria do IQA
Márcio Migues, Diretor da Qualidade Mercosul da Renault, foi mantido como presidente da diretoria executiva. Sérgio Pin, Vice-Presidente do grupo Schaeffler, substituiu Ali el Hage como Presidente do Conselho Diretor, que desligou-se do Instituto após atuar em sua direção desde o início de suas atividades.
Um destaque é a entrada de Edson Brasil, Vice-Presidente Soluções em Produtos e Serviços para a América do Sul da Delphi Automotive Systems, na diretoria executiva do Instituto. Brasil substitui Fernando Herrera, Diretor Geral da Olsa, que agora é mebro do Conselho Diretor.
Em breve publicarei a relação completa dos novos conselhos e diretoria.
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IQA avalia produtos de importação e exportação
Parcerias IQA com laboratórios nacionais e internacionais permitem mais rapidez e redução de custos em importação e exportação
(conteúdo publicado originalmente no portal Mundo da Usinagem, em maio de 2011)
Outro serviço oferecido pelo IQA é a intermediação no processo de exportação de produtos. Para isso, o instituto mantém parcerias com laboratórios nacionais e internacionais, permitindo mais rapidez e redução de custos no atendimento das exigências propostas pelos órgãos reguladores do país ao qual o produto será encaminhado. Nestas operações, o IQA faz um levantamento de toda a legislação vigente no mercado de destino de forma a identificar e promover o entendimento dos requisitos técnicos necessários.
Por meio das parcerias com institutos da qualidade em outros países, os profissionais do IQA também trabalham para se manter atualizados sobre as tendências e inovações do setor automotivo em todo o mundo. Algumas destas instituições são o Automotive Industry Action Group, dos Estados Unidos, o Verband der Automobilindustrie, da Alemanha e a Union Technique de l'Automobile du Motocycle et du Cycle, da França.
Graças a estas fontes internacionais e também às parcerias locais, o IQA se consolidou como fonte de pesquisa e importante indutor de capacitação para profissionais de todas as empresas envolvidas no setor automotivo.
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Capacitação técnica para o setor automotivo
O projeto EQF prepara profissionais para enfrentar desafios rotineiros do setor automotivo
(entrevista publicada originalmente no portal O Mundo da Usinagem, em maio de 2011)
Para oferecer mão de obra qualificada à indústria nacional, o Instituto da Qualidade Automotiva desenvolveu o projeto Especialistas em Qualidade de Fornecedores (EQF). Este programa de capacitação, que teve início em 2010, tem como objetivo formar profissionais que trabalham diretamente com a qualidade do fornecimento de autopeças e componentes, seja atuando em montadoras, em fabricantes ou sistemistas do setor. O treinamento é dividido em três módulos – básico, intermediário e avançado – e prepara profissionais para enfrentar desafios rotineiros do setor, como a falta de capacitação técnica dos fornecedores, o desconhecimento de requisitos específicos de qualidade das montadoras e a rotatividade de funcionários, fenômeno também conhecido como turnover.
De acordo com Alexandre Xavier, gerente de Negócios e Marketing do IQA, o programa também pode aumentar o nível de empregabilidade dos profissionais que participam dele. “O EQF é mais que um treinamento, pois também envolve a aplicação prática dos conhecimentos aprendidos e certifica o profissional, tornando-o qualificado para avaliar a qualidade de fornecedores do segmento automotivo”, complementa.
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Oficina ainda é um ótimo negócio, mas o dinheiro sai por entre os dedos
detalhes atrapalham a produção dos funcionários, representam muito dinheiro em nossa empresa e é importante tomarmos uma decisão de mudança de postura imediata
por Fábio Moraes
Muitos conhecidos meus podem discordar, mas o que vamos mostrar a seguir é que oficina é um ótimo negócio e ainda tem uma boa margem de resultado. Claro que focaremos na gestão, mas, para entendermos melhor “porque uma oficina ainda é um ótimo negócio”, precisamos voltar um pouco no passado.
Nunca, em minha vida, vi algum negócio que tenha tantas variáveis quanto uma oficina. É uma fábrica de problemas e, costumo dizer, que os problemas de uma oficina pequena são os mesmos de uma oficina grande; o que muda mesmo é o tamanho do problema.
Vamos citar como exemplo uma oficina que faz em média 200 carros/mês (mecânica). Vamos lembrar também que em nosso conceito “fazer” 200 carros/mês significa que, no mínimo, 200 carros no mês foram entregues. Não são contabilizados os veículos que ficaram prontos e os clientes não buscaram na virada do mês.
“Então por que em uma oficina o dinheiro sai por entre os dedos?”
O dinheiro sai por entre os dedos, porque não damos atenção a todos os detalhes. Eles passam despercebidos diante de nossos olhos. A todo instante, eles nos chamam e não damos ouvidos. Vamos separar a parte produtiva da parte administrativa. Vamos levantar e comentar sobre estes detalhes. Cada item abaixo deve ser conferido em sua empresa. Você se surpreenderá de como estes problemas atrapalham a produção dos funcionários, como eles representam muito dinheiro em nossa empresa que sai por entre por dedos e como é importante tomarmos uma decisão de mudança de postura imediata.
A mudança é cultural, e começa pelos proprietários.
Produção:
01 – Linha de ar: Quantas vezes “ouvimos” o ar vazando nas mangueiras e não nos preocupamos em arrumar.
Ação: Veja onde tem vazamento e mande arrumar de imediato.
02 – Lâmpadas acesas no pátio sem necessidade: As luzes devem ser acesas somente quando necessário e é fundamental para o trabalho ser bem executado.
Ação: Observe durante o dia se não tem luzes acesas. Oriente seus funcionários.
03 – Ferramentas sem manutenção: Mande algum funcionário, ou você mesmo, dar uma “corrida” por toda a oficina e fazer um levantamento de todos os equipamentos e quais precisam de reparos ou até de novos.
Ação: Faça um cronograma das mais baratas para as mais caras e mande arrumar.
04 – Compras de peças de veículos sem prévia avaliação: Todo mundo fala que não faz isso, mas dificilmente encontro uma oficina que trabalha de forma correta neste item.
Ação: Antes de autorizar o comprador a executar a função de compra, verifique se não existe mecânica “grande” no carro. Peça para o comprador acostumar a verificar se existe peça em “BO” na fábrica, antes de fazer o pedido. Analise os complementares. Isso vai fazer com que você acerte mais na previsão de saída dos carros, junto a seus clientes, e vai fazer você também não comprar peças para carros que ainda terão de esperar por alguma peça de fábrica.
05 – Material de consumo, insumos e tintas: Custo alto e falta de acompanhamento diário.
Ação: Uma oficina (neste caso de funilaria) que faz 100 carros/mês (com pequena, média e grande montas), deve gastar em torno de R$ 11.000,00 por mês (com material de alta tecnologia). Se isso não estiver acontecendo, não tenha dúvida que você está trabalhando errado, ou acompanhando errado. Tenha este número como referência e comece a controlar o seu gasto. Converse com seu fornecedor. Mostre seus números a ele. Busque outras opções no mercado. Monitore diariamente.
06 – Falta de cumprimento de prazos: Por falta de planejamento, algumas vezes os veículos são entregues fora do prazo.
Ação: Todas as vezes que entregamos um carro fora da data combinada e não mantemos nosso cliente informado, corremos um sério risco de ter de disponibilizar um “táxi”, um “leva e traz”, um “carro reserva” e, muitas vezes, colocar nossa “cara a tapa”.
Lembre-se de manter seu cliente informado de tudo. Muitas vezes, acabamos assumindo uma culpa que não é nossa por falta de informação. Converse com sua recepcionista ou seus consultores e peça para eles documentarem o atendimento no software de gestão Ultracar. Quando alterar uma programação de entrega, o cliente deve ser o primeiro a ser informado. Isso não é complicado; só deve virar rotina. Se você cobra e acompanha, o procedimento anda.
07 – Funcionários demais no setor: Nunca tenha funcionários a mais em cada setor.
Ação: Reuniões. Muitas reuniões. Faça reuniões permanentes e rápidas, às vezes de 5 minutos. Mostre que é melhor trabalhar mais enxuto. Busque retirar o máximo de cada um. Use a empresa como exemplo, quando discriminar quantos funcionários cada uma deverá ter em cada setor.
08 – Sucata: Lembre-se que ela não é lixo. Deve ser armazenada de forma correta.
Ação: Oriente seus funcionários. Peça para armazenarem as peças de sucata corretamente. Negocie com seu sucateiro. Conheço oficinas que pagam o décimo terceiro salário só com o dinheiro da sucata vendida no decorrer do ano.
Administrativo:
01 – Contas de telefone: Sua empresa não pode gastar mais de R$ 1.000,00 por mês entre contas de telefone e celular.
Ação: Para ligações interurbanas e fixo, use o Voip. É barato e funciona. Só com essa medida você reduzirá muito o custo de sua conta. Se você não sabe como fazer, procure informações no mercado. Não é difícil implantar. Para celular, use um plano corporativo, onde todos falam entre si, sem custo e onde existe uma “minutagem” disponível para cada número. Dá para monitorar para qual número cada um está ligando, e para bloquear mensagens, interurbanos e receber ligações a cobrar. Vai dar um pouco de trabalho conversar com cada operadora, mas vale a pena. Inclua o rádio neste pacote.
02 – Papel: Numa oficina, imprime-se de tudo.
Ação: Use papel reciclado. Leia os e-mails e não peça para imprimirem e deixarem em sua mesa para depois você ler. Separe os e-mails por ordem de assunto em pastas e organize seu Outlook. Defina o que é necessário e imprima somente isso para anexar ao processo. Faça o fechamento de final de mês usando seu software de gestão. Use rascunho.
03 – Emissão de Nota Fiscal: Com a nota fiscal eletrônica, o processo de emissão ficou mais lento que o convencional.
Ação: Programe o seu pessoal para que a nota fiscal seja impressa e/ou gerada (quando eletrônica) com no máximo dois dias após a saída do carro. Algumas seguradoras pagam com até 5 dias úteis; outras com mais tempo. Por que pagar juros do cheque especial, se posso agilizar o faturamento da empresa? Tem oficinas que visito que ainda demoram mais de 10 dias para gerar um faturamento, depois que o carro saiu. Isso é mudança de costume e acompanhamento.
04 – Orçamentos pendentes para faturar: Quantas vezes não podemos faturar um veículo por que ficou alguma diferença de preço e o orçamento não fecha com os valores autorizados, ou ainda aguardando alguma pendência a ser resolvida?
Ação: Os complementares (no caso de funilaria) sempre deverão ser feitos com os carros “desmontados”. Todos os problemas deverão ser resolvidos enquanto o carro ainda estiver na oficina. Lembre-se que a maioria das seguradoras não paga diferenças de preço de R$ 15,00 ou menos. Se isso acontecer, houve algum erro no processo. Tenho certeza de que muitos vão dizer que isso não acontece na sua oficina, mas olhe com atenção. Vejo isso todos os dias.
05 – Descontos em peças e agrupamento de duplicatas: Quantas vezes seu fornecedor entrega uma NF com várias peças e seu comprador devolve uma ou duas, por não estarem de acordo com o pedido? Quem garante que essas peças devolvidas não vão estar na próxima fatura que seu fornecedor enviar? O erro é do fornecedor ou é seu?
Ação: Sempre que houver alguma peça devolvida, o comprador deverá formalizar junto ao departamento financeiro da empresa o valor total da NF do fornecedor e o valor a ser debitado pela devolução das peças. No momento do agrupamento das duplicatas pelo software de gestão, você conseguirá acompanhar para que sua empresa não pague mais do que deve e que o desconto na duplicata seja garantido.
06 – Check-list de entrada e de saída: Normalmente sempre aparece algum problema na entrega dos carros.
Ação: Fotos. Muitas fotos. Na entrada do carro na oficina e quando o veículo estiver pronto. Se você não fizer isso, corre o risco de ser obrigado a pagar por algum problema que não é da oficina. Quando fica a palavra do cliente e a nossa palavra, muitas vezes acabamos mandando arrumar para não levarmos um problema para frente. Oriente seus consultores a baterem as fotos e armazenarem no software de gestão.
Pode parecer complicado mais não é. Existem vários outros “gargalos” em uma oficina de funilaria que ainda vamos comentar e que fazem o dinheiro sair por entre os dedos. Lembre-se que as margens de lucro caíram muito. Ganhamos naquilo que controlamos.
Encare as questões acima como um desafio para ser implantado, seguido e cobrado em sua empresa. Comece eliminando item a item. Você verá que os resultados aparecem, mesmo que demorem um pouco.
Não importa o tamanho de sua oficina. Importa se você tem ou não o controle sobre ela. Este é o primeiro passo. Recorte desta revista e coloque em um lugar que você veja todos os dias. Obrigue-se a fazer este exercício.
Sem gestão, não há solução!
Fábio Moraes é auditor e instrutor do IQA - fabio.moraes@iqa.org.br
(publicado originalmente no jornal oficina Brasil, junho de 2011)
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
A questão da qualidade e o que ela carrega consigo
uma gestão da qualidade total bem implantada propicia ultrapassar as expectativas dos clientes e garantir condições para permanência no mercado
Por José Palacio
Quando falamos em qualidade a primeira coisa que nos vêm em mente é uma peça ou um produto sem nenhum defeito. Nunca paramos para pensar que qualidade não é um produto é um conceito, é um valor reconhecido por todos, só que cada um tem uma visão diferente sobre a qualidade seja num produto ou em um serviço.
A qualidade carrega consigo o atendimento, moral, segurança, ética e, quando um desses itens deixa de existir a qualidade também não aparece. Vejamos o exemplo de qualidade nas montadoras na década 1960 – 1970 o conceito de qualidade era a inspeção com identificação “boa – ruim, aprovada – reprovada”. Nos anos 1970 – 1980 tivemos os projetos topicalizados ou nacionais, início de produção com tecnologia atualizada, o “conceito de controle da qualidade” .Nos anos 1980 – 1990 temos a crise econômica, baixa renovação de modelos, melhoria motorização, programa pró-álcool e surge o “conceito da qualidade assegurada e o controle da qualidade nos fornecedores”. Nova época, 1990 – 2000, aumento forte das exigências devido à abertura da importação, novos fabricantes no Brasil, novos investimentos, qualidade a nível internacional, e o “conceito de gestão da qualidade” .Anos 2000 – até o atual, preço/qualidade/serviço como diferencial de mercado, com a gestão estratégica considerada fundamental e as variáveis técnicas, econômicas, sociais, psicológicas, políticas etc. que formam a conjuntura cultural de uma empresa.
O relacionamento com o cliente torna mais forte, atender bem já não é um diferencial, é uma obrigação, é parte do negócio. Desde a fundação da ISO em 23 de fevereiro de 1947 em Genebra, Suíça muito se tem feito para que a qualidade esteja presente em todas nossas ações. Portanto, atender bem o cliente é obrigação, respeitar prazo acordado, é obrigação, fazer serviço bem feito, é obrigação, cobrar preço justo, também é obrigação entre outras coisas e, para que isso aconteça precisamos olhar para dentro, para nosso comportamento e atitudes, respeitar desde a menor até a maior função existente dentro da nossa empresa.
O objetivo de qualquer negócio convencional é, antes de qualquer coisa a obtenção de lucro, o progresso e a permanência no mercado, daí perguntamos, já fizemos tudo para que nosso cliente fique satisfeito. Só que a satisfação do cliente começa dentro da empresa desde as condições de trabalho para com os colaboradores, bem estar, equipamentos adequados e em ordem, treinamento profissionalizante, valorização e, integração de equipe com visão e conhecimento do objetivo da empresa. Isso posto, e com uma gestão da qualidade total implantada, podemos dizer que estamos no caminho certo para os melhores resultados que, baseados em sistema reconhecido por certificação efetuada por um organismo independente e oficial, alcançam o ponto máximo rumo a entender como ultrapassar as expectativas dos clientes e com ela garantir condições para permanência no mercado.
Se você nunca tinha pensado nisso lembre:
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência”. (Henry Ford, Fundador da Ford Motor Co.)
José Palacio é Coordenador da área de serviços do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva – jose.palacio@iqa.org.br
IQA e Tapetes São Carlos realizaram palestra sobre Certificação Ambiental
O evento ocorreu no dia 27 de maio, das 8h às 12h, no Science Park, em São Carlos, SP
O IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, e a empresa Tapetes São Carlos (certificada ISO 9001 e ISO 14001 pelo IQA) realizaram no dia 27, o Ciclo de Palestras sobre Certificação Ambiental, no Science Park – Parque Tecnológico de São Carlos (km 148,8 da rodovia SP-215 – Luiz Augusto de Oliveira), das 8h às 12h.
O encontro teve como objetivo apresentar os benefícios da certificação ambiental como ferramenta para a sustentabilidade, e mostrar como é possível produzir com respeito ao meio ambiente, suportado por uma gestão inteligente dos recursos naturais. Tive a honra de compor a mesa de abertura do evento, ao lado do Sr. Giusepe Neto (Tapetes São Carlos) e Prof. Paulo Mancini (Secretário de Meio-Ambiente de São Carlos).
“A certificação ambiental faz o rearranjo e “arrumação da casa”, de forma a identificar oportunidades para melhoria do processo”, afirma o auditor técnico especializado em certificação ambiental, José Leildon. “Em muitas empresas, é possível economizar água e energia elétrica, assim como reduzir resíduos com simples mudanças”, diz o auditor e instrutor do IQA.
Durante o encontro, Leildon mostrou uma panorâmica do tema sustentabilidade, explicou o que é, como alcançá-la e qual caminho deve ser percorrido para chegar ao topo. “Muitos conhecem a palavra, mas não sabem seu real significado”, afirma.
Para ilustrar toda teoria que Leildon transmitiu na palestra, a Tapetes São Carlos, fabricantes de tapetes, carpetes, dutos de ar-condicionado para a indústria automotiva entre outros produtos, que há cerca de um ano e meio recebeu a primeira certificação ISO 14.000 do IQA, apresentou os benefícios da certificação na empresa.
Entre os produtos e serviços oferecidos pelo IQA, a Certificação Selo Verde para Centros de Reparação, realizada juntamente com o CESVI – Centro de Experimentação e Segurança Viária, tem como objetivo aumentar a conscientização ambiental, assim como melhorar a capacidade produtiva dos prestadores de serviços automotivos, com base nas melhores condições de trabalho e satisfação dos profissionais no ambiente melhorado.
Este reconhecimento público visa a verificação dos aspectos ambientais, assim como o atendimento aos requisitos legais aplicáveis às empresas do segmento de reparação. Para o centro de reparação automotiva, a certificação é um benefício que traz aumento da capacidade produtiva e, principalmente, redução dos riscos de autuações e multas pelos órgãos competentes. Além disso, as empresas certificadas têm direito ao uso promocional do Selo Verde, um diferencial de marketing.
Assim como o Selo Verde, o IQA realiza também a Certificação ISO 14001 que garante as empresas um sistema de gestão ambiental adequado à natureza das suas atividades, produtos e serviços, em conformidade com os requisitos da norma ISO 14001, e em particular, para um escopo de certificação definido.
Com isso, a organização gerencia suas interações com o meio ambiente e demonstra o comprometimento com a prevenção da poluição, atende aos requisitos legais aplicáveis e aperfeiçoa continuamente o seu sistema de gestão ambiental a fim de alcançar melhorias no seu desempenho ambiental de maneira global.
O Ciclo de Palestras sobre Certificação Ambiental contou com apoio do Sebrae-SP, Parq Tec, Cetesb, Apoena e Prefeitura de São Carlos e os recursos financeiros recebidos com as inscrições de R$ 10,00 por participante foram doados a entidade beneficente Pastoral da Criança - São Carlos/SP.
Mais informações sobre o evento: marketing@iqa.org.br
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terça-feira, 14 de junho de 2011
Capacitação é diferencial competitivo
O principal desafio no mundo que vivemos hoje em dia é justamente a inovação, algo que só se torna possível por meio de pessoas capacitadas
por Mário Guitti
São basicamente três os diferenciais competitivos que uma empresa pode ter – produto, processo e serviço. Em cada um deles, entretanto, a mão de obra está diretamente envolvida. Ser competitivo no mundo globalizado significa continuar existindo e sobressair, de algum modo, aos olhos dos clientes e consumidores.
O desafio que se apresenta diante da magnitude dessa tarefa é justamente a inovação, algo que só se torna possível por meio de pessoas capacitadas. Em bom português, capacitar-se é tornar-se apto, habilitar-se, inteirar-se. Condições cada vez mais difíceis de alcançar nesse universo competitivo, veloz e cheio de novidades em que vivemos.
Façamos um exercício: se implantarmos o mesmo sistema de gestão da qualidade em duas empresas distintas e uma obtiver mais sucesso que a outra, o que pode estar gerando a diferença? É com certeza a mão de obra. Você consegue conceber a ideia de criatividade e tecnologia sem profissionais bem formados? Nesse aspecto, temos no Brasil um longo caminho a percorrer, um desafio enorme a enfrentar e uma oportunidade gigantesca na preparação da nossa mão de obra.
Consideremos os cerca de 38 mil engenheiros que o país forma a cada ano – apenas 11% vão para o setor automotivo, contra os 650 mil profissionais chineses que entram anualmente no mercado, os 220 mil formados pela Índia, e os 80 mil pela Coreia, países de economias emergentes e agressivos quando o assunto é ganhar espaço em negócios. No Brasil, apenas um a cada 800 brasileiros é universitário; 4,6% de todos os universitários são engenheiros, e 54% dos que entram em um curso de engenharia desistem no 1º ou no 2º ano.
Não adianta termos produtos, se não tivermos preparação, pois desse modo não teremos futuro. No que tange ao setor automobilístico, especialidade do IQA, temos expressado essa preocupação lançando cursos como oportunidade de aperfeiçoamento em toda a cadeia. Em nosso contato permanente com as empresas em sua busca pela certificação da qualidade para seus processos, produtos e serviços, sentimos na pele as dificuldades que se apresentam todos os dias aos profissionais.
Na área da qualidade, o déficit de preparação costuma ser ainda maior, pois é diretamente proporcional à velocidade com que as novas exigências do mercado se impõem, com toda a sua força e abrangência. Na perspectiva do IQA, ajustar os treinamentos para zerar as carências nos diversos elos da cadeia automotiva, é um exercício contínuo de superação, especialmente nos setores de aftermarket, permeados pela alta rotatividade de sua mão de obra.
Vivemos um Brasil que cresce à taxa de 6% ao ano, onde a profissão de engenheiro está em alta e estimativas falam na necessidade de 60 mil novos profissionais por ano. Longe de ser simples, a solução para o preenchimento de vagas nas escolas brasileiras passa pela cooperação entre o setor empresarial e a universidade, pelo treinamento para os recém-formados, entre outras ações, para que possamos formar profissionais capacitados e prontos para o mercado.
A capacitação é urgente e necessária para o País, e ainda há tempo de evitarmos um apagão de competências, para que a roda da prosperidade continue a nos favorecer.
Mário Guitti é superintendente do IQA–Instituto da Qualidade Automotiva
IQA e Sincopeças firmam parceria
O varejo de autopeças está a um passo de uma nova conquista: o desenvolvimento de uma metodologia de trabalho focada em melhoria de processos e resultados de negócio.
Esta é a proposta da parceria firmada entre o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e o Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo) que buscam, conjuntamente, nova abordagem para a certificação das lojas de varejo.
“Vamos reunir lojistas para ouvir quais pontos eles consideram mais importantes serem abordados na certificação, e adequar o modelo às necessidades das empresas”, afirma o presidente do Sincopeças, Francisco de La Torre. O encontro ocorre no próximo dia 23, às 14h, no Sincopeças. (o encontro foi realizado em 23 de maio de 2011, e foi um sucesso: representantes de 6 empresas, além de gestores do Sincopeças, participaram da ocasião e confirmaram a formação desse 1º grupo para melhoria da qualidade de lojas de autopeças. A evolução do grupo será informada pela imprensa e por esse blog).
Para o gerente de Novos Negócios do IQA, Alexandre Xavier, esta é uma oportunidade que vai beneficiar todos os varejistas interessados em investir em processos de qualidade. “Esta iniciativa vai proporcionar um conhecimento mais aprofundado de todos os processos do negócio e, como resultado final, melhor rentabilidade”, afirma. “A certificação, no final das contas, ocorre como uma conseqüência natural do processo”, diz.
Na prática, o trabalho em conjunto IQA/Sincopeças busca nova abordagem para a certificação do varejo de autopeças, com foco em melhores resultados do negócio. Ao IQA cabe, além do processo de certificação, monitorar o andamento do projeto, alinhar conhecimento dos consultores envolvidos e oferecer treinamentos. Ao mesmo tempo, será dada mais ênfase aos aspectos identificados pelos lojistas como prioritários (ex.: garantia, layout de loja com foco em vendas, gestão de estoque e inadimplência).
Para o IQA, neste contexto quem também ganha é o cliente, pois tem a garantia de fazer negócio com uma empresa saudável, que trabalha com produtos confiáveis, de boa procedência e garantia, com preço justo, uma vez que o varejo tem total controle dos processos do negócio.
“Não daremos consultoria, este não é o papel do IQA, mas indicar os pontos em que os processos podem ser melhorados para que sejam feitas as melhorias”, afirma Xavier. “Muitos empresários veem a certificação como custo e não investimento, e esse projeto será um importante passo para mudar essa opinião, mostrando na prática como tornar nosso negócio mais eficiente e produtivo, além de agradável para o cliente. E tudo isso com condições especiais técnicas e de investimento para as empresas”, diz o presidente do Sincopeças.
(publicado originalmente na revista Balcão Automotivo, maio de 2011)
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segunda-feira, 13 de junho de 2011
IQA: apoio à ampliação da certificação compulsória para autopeças
A certificação compulsória é regulamentada pelo governo brasileiro de forma a estabelecer os requisitos mínimos de aprovação, comercialização e fiscalização de alguns produtos, explica o executivo. O IQA está creditado pelo Inmetro para executar a certificação compulsória de pneus novos, capacetes para motociclistas, rodas, vidros, fluidos de freio, Arla 32, veículos acessíveis, quinta roda, pino rei e fabricação e requalificação de cilindros GNV.
De acordo com Migues muitas fabricantes são resistentes à certificação compulsiva por esta, muitas vezes, representar aumento nos custos de produção. "Estas empresas não entendem que ela é importante pela segurança."
O presidente da IQA se disse preocupado com a quantidade de asiáticos presentes na Automec 2011. Afirmou que fornecedores desconhecidos podem vender direto para as empresas brasileiras de reparação, ao contrário do OEM, onde há exigência de qualidade pelas montadoras: "Creio que isso ameaça a segurança dos brasileiros."
Márcio Migues concedeu entrevista à AutoData WebTV, direto do estúdio montado na Automec 2011, realizada no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo. Para assistir clique no seguinte link: http://www.autodata.com.br/modules/videodata.php?recid=143
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AUTOPARTS 2011 apresenta a oficina do futuro
“A Oficina do Futuro mais parecerá uma clinica médica de ponta, com equipamentos e profissionais capacitados”, explica Enio Guido Raupp, presidente do Sindirepa-RS. Osmar Gottschefsky, presidente da Comissão Organizadora da Autoparts, complementa: “com a constante evolução da tecnologia embarcada nos veículos, há sempre a necessidade de atualização”.
No estande, os visitantes receberão informações sobre os diversos equipamentos expostos, com muita tecnologia já ao alcance do mercado. “É isso que estamos preparando e planejando mostrar na Autoparts 2011: A Oficina do Futuro não está no futuro, mas é uma realidade que precisa ser incorporada pelo nosso segmento o quanto antes”, afirma Enio. Cássio Dresch, diretor Comercial da Diretriz Feiras e Eventos, organizadora da Autoparts, finaliza: “A Autoparts será uma verdadeira vitrine, antecipando tendências e, ao mesmo tempo, guiando as empresas para que se adaptem e continuem crescendo”.
Na oportunidade visite o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva. Teremos imensa satisfação em recebê-lo. Localização: Estande 75.
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Fluido de freios tem certificação obrigatória
A partir do ano que vem os fluidos de freio de todas as marcas deverão constar em sua embalagem o selo do Inmetro, uma medida de segurança para mecânicos e consumidores
Por: Carolina Vilanova
Manter em ordem o sistema de freios de qualquer veículo significa preservar a segurança dos seus ocupantes. Simples assim. Tudo o que se refere a esse sistema, seus componentes e adjacentes devem estar na lista de prioridade dos mecânicos na hora da manutenção, checagem e aplicação de novas peças. Por isso é tão importante usar produtos de boa procedência, e de preferência homologados por órgãos competentes.
Mas se na prática não é bem assim que acontece, as coisas vão começar a mudar, pelo menos no que diz respeito ao fluido de freios. Tão importante quanto uma pastilha ou disco, o líquido agora passa a contar com certificação compulsória feita pelo Inmetro. Para saber um pouco mais sobre esse assunto, buscamos a ajuda do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo Inmetro com atuação exclusiva no setor automotivo, certificando empresas e produtos para cadeia produtiva e de reposição.
Em primeiro lugar uma pergunta muito importante: você costuma aplicar o processo de substituição de fluido de freio conforme a especificação do fabricante? Se sua resposta for sim, está no caminho certo, mesmo assim, não custa nada estar sempre atento, principalmente em novos fatos. Mas se a sua resposta for não, você precisa fazer mudanças e buscar parâmetros para trabalhar com qualidade e segurança. “São vários os tipos de fluido, para determinados sistemas e modelos de veículos, então, uma aplicação incorreta poderia render problemas para seu cliente”, analisa José Palacio, coordenador de serviços automotivos do IQA.
Ele explica que a certificação compulsória do fluido de freios é atualmente uma exigência do governo, e atinge toda e qualquer empresa que disponibilize ao mercado o Líquido para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores, ou seja, fabricantes, envasilhadores, importadores e revendedores. “Essa exigência permite que o mecânico tenha mais segurança ao utilizar o fluido, já que os freios são itens de segurança”, comenta.
Certamente, a certificação do fluido de freios traz vantagens para a oficina por vários motivos. Em primeiro lugar porque vai dar um parâmetro a mais quando se falar em líquido para freios hidráulicos e vai aumentar a sua credibilidade perante o consumidor, cada vez mais exigente. Também é importante lembrar que na questão da vida útil de outros componentes do sistema, considerando principalmente a borracha, que podem ser danificados pelo produto de má qualidade.
Os mecânicos devem se atentar a essa portaria do Inmetro, de numero 078, de 3/2/2011 e seu anexo, Requisitos de Avaliação da Conformidade para Líquidos para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores, que fala sobre o processo de certificação. “Essa portaria veio como uma barreira técnica para garantir que todos os produtos disponíveis no mercado atendam os requisitos mínimos de segurança e impacto ao meio-ambiente. É importante que o mecânico atente para esse detalhe e procure conhecer essa portaria, que pode ser baixada da internet”, orienta Palacio.
Não é tão simples assim
A troca do fluido de freios de um veículo é muitas vezes considerada simples de se fazer, mas na verdade não é bem assim. O procedimento está rodeado de questões de grande importância e que podem influir diretamente na eficiência do sistema e colocar em risco a vida dos ocupantes. A primeira é utilizar o produto certo e fazer a troca no tempo determinado pela montadora. É importante verificar o nível do líquido de freios a cada 30 dias e fazer a troca a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.
“O fluido de freio recomendado pelo manual do proprietário não pode ser substituído por outro. A especificação é classificada pelo DOT, que determina a eficiência do produto para cada tipo de carro. Quanto mais alto o DOT, maior a eficiência, por isso é proibido usar um DOT 3 quando o manual determina um fluido DOT 4 para o veiculo”, diz.
Outro ponto importante é em relação ao superaquecimento do sistema, que cria umidade interna provocando a perda da função de frenagem, por isso é importante o uso do equipamento para medir o teor de umidade e ponto de ebulição. Além disso, na troca, o técnico deve usar o método adequado, com equipamentos e ferramentais corretos, como o sangrador pneumático, respeitando sempre a seqüência de sangria das rodas. Nesse momento é essencial checar também todos os componentes para ver se não há vazamentos nos circuitos.
“Devemos lembrar ainda que não é indicado completar o fluido de freio, pois se está abaixo do nível, algo inadequado ocorreu. Deve ser feita uma inspeção na oficina para verificar as reais causas do baixo nível, pois não é para o nível baixar sem motivo aparente. Nesse caso pode haver um desgaste de pastilha, do disco ou ainda um vazamento no sistema. Atentar também sempre para a data de validade do fluido”, afirma o coordenador.
Mais uma dica é sempre certificar-se de que o reservatório está bem fechado. “O mecânico pode aplicar um produto novo, mas se o reservatório não estiver vedado corretamente, o fluido que é um produto higroscópico vai absorver água, podendo provocar falhas no sistema de frenagem. Durante o uso constante, o líquido aquece e esfria, e as gotículas de suor provenientes desse processo se misturam com o líquido fazendo perder a sua eficiência, daí, a necessidade de ficar atento efetuando a medição do teor de umidade”, comenta Palacio.
- Verificar se o produto é certificado por organismo acreditado pelo Inmetro (o IQA é um deles).
- Modo de usar: Siga as recomendações do fabricante do veículo.
- Não reutilizar esta embalagem para outros fins.
- Recomendações Gerais (conforme item 4 da ABNT NBR 9292)
- Líquido higroscópico – armazenar em local seco, ventilado e protegido do sol
- Evitar derramar sobre a pintura do veículo
- Evitar o contato do produto com óleo mineral, graxas e outros materiais
- Verificar o nível do líquido no veículo pelo menos uma vez por mês
- Substituir o líquido do veículo a cada 12 meses
- Evitar o contato com lonas e pastilhas de freio
O que é verificado na certificação
Durante o processo de certificação do sistema de freios, muitos itens são pesquisados e testados para que atenda as especificações da norma. São feitos ensaios quanto ao teor de água, ponto de ebulição e a perda por evaporação do produto. “Esses ensaios servem para verificar a qualidade do produto, pois pode acontecer do fabricante ter armazenamento inapropriado, pode ter embalado o produto alterado, entre outros fatores. O ensaio também checa se os requisitos estão sendo estabelecidos pelo fabricante”, analisa.
A certificação passa a ser obrigatória para fabricantes, emvasilhadores e importadores a partir de fevereiro de 2012. Já os revendedores têm prazo mais extenso por conta do estoque: fevereiro de 2014. “Fique atento para os lotes de fluido em estoque na sua oficina, que têm apenas 48 meses de validade para comercialização, à partir de agora.
(publicado originalmente na revista O Mecânico, junho de 2011)
Por: Carolina Vilanova
Manter em ordem o sistema de freios de qualquer veículo significa preservar a segurança dos seus ocupantes. Simples assim. Tudo o que se refere a esse sistema, seus componentes e adjacentes devem estar na lista de prioridade dos mecânicos na hora da manutenção, checagem e aplicação de novas peças. Por isso é tão importante usar produtos de boa procedência, e de preferência homologados por órgãos competentes.
Mas se na prática não é bem assim que acontece, as coisas vão começar a mudar, pelo menos no que diz respeito ao fluido de freios. Tão importante quanto uma pastilha ou disco, o líquido agora passa a contar com certificação compulsória feita pelo Inmetro. Para saber um pouco mais sobre esse assunto, buscamos a ajuda do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo Inmetro com atuação exclusiva no setor automotivo, certificando empresas e produtos para cadeia produtiva e de reposição.
Em primeiro lugar uma pergunta muito importante: você costuma aplicar o processo de substituição de fluido de freio conforme a especificação do fabricante? Se sua resposta for sim, está no caminho certo, mesmo assim, não custa nada estar sempre atento, principalmente em novos fatos. Mas se a sua resposta for não, você precisa fazer mudanças e buscar parâmetros para trabalhar com qualidade e segurança. “São vários os tipos de fluido, para determinados sistemas e modelos de veículos, então, uma aplicação incorreta poderia render problemas para seu cliente”, analisa José Palacio, coordenador de serviços automotivos do IQA.
Ele explica que a certificação compulsória do fluido de freios é atualmente uma exigência do governo, e atinge toda e qualquer empresa que disponibilize ao mercado o Líquido para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores, ou seja, fabricantes, envasilhadores, importadores e revendedores. “Essa exigência permite que o mecânico tenha mais segurança ao utilizar o fluido, já que os freios são itens de segurança”, comenta.
Certamente, a certificação do fluido de freios traz vantagens para a oficina por vários motivos. Em primeiro lugar porque vai dar um parâmetro a mais quando se falar em líquido para freios hidráulicos e vai aumentar a sua credibilidade perante o consumidor, cada vez mais exigente. Também é importante lembrar que na questão da vida útil de outros componentes do sistema, considerando principalmente a borracha, que podem ser danificados pelo produto de má qualidade.
Os mecânicos devem se atentar a essa portaria do Inmetro, de numero 078, de 3/2/2011 e seu anexo, Requisitos de Avaliação da Conformidade para Líquidos para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores, que fala sobre o processo de certificação. “Essa portaria veio como uma barreira técnica para garantir que todos os produtos disponíveis no mercado atendam os requisitos mínimos de segurança e impacto ao meio-ambiente. É importante que o mecânico atente para esse detalhe e procure conhecer essa portaria, que pode ser baixada da internet”, orienta Palacio.
Não é tão simples assim
A troca do fluido de freios de um veículo é muitas vezes considerada simples de se fazer, mas na verdade não é bem assim. O procedimento está rodeado de questões de grande importância e que podem influir diretamente na eficiência do sistema e colocar em risco a vida dos ocupantes. A primeira é utilizar o produto certo e fazer a troca no tempo determinado pela montadora. É importante verificar o nível do líquido de freios a cada 30 dias e fazer a troca a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.
“O fluido de freio recomendado pelo manual do proprietário não pode ser substituído por outro. A especificação é classificada pelo DOT, que determina a eficiência do produto para cada tipo de carro. Quanto mais alto o DOT, maior a eficiência, por isso é proibido usar um DOT 3 quando o manual determina um fluido DOT 4 para o veiculo”, diz.
Outro ponto importante é em relação ao superaquecimento do sistema, que cria umidade interna provocando a perda da função de frenagem, por isso é importante o uso do equipamento para medir o teor de umidade e ponto de ebulição. Além disso, na troca, o técnico deve usar o método adequado, com equipamentos e ferramentais corretos, como o sangrador pneumático, respeitando sempre a seqüência de sangria das rodas. Nesse momento é essencial checar também todos os componentes para ver se não há vazamentos nos circuitos.
“Devemos lembrar ainda que não é indicado completar o fluido de freio, pois se está abaixo do nível, algo inadequado ocorreu. Deve ser feita uma inspeção na oficina para verificar as reais causas do baixo nível, pois não é para o nível baixar sem motivo aparente. Nesse caso pode haver um desgaste de pastilha, do disco ou ainda um vazamento no sistema. Atentar também sempre para a data de validade do fluido”, afirma o coordenador.
Mais uma dica é sempre certificar-se de que o reservatório está bem fechado. “O mecânico pode aplicar um produto novo, mas se o reservatório não estiver vedado corretamente, o fluido que é um produto higroscópico vai absorver água, podendo provocar falhas no sistema de frenagem. Durante o uso constante, o líquido aquece e esfria, e as gotículas de suor provenientes desse processo se misturam com o líquido fazendo perder a sua eficiência, daí, a necessidade de ficar atento efetuando a medição do teor de umidade”, comenta Palacio.
- Verificar se o produto é certificado por organismo acreditado pelo Inmetro (o IQA é um deles).
- Modo de usar: Siga as recomendações do fabricante do veículo.
- Não reutilizar esta embalagem para outros fins.
- Recomendações Gerais (conforme item 4 da ABNT NBR 9292)
- Líquido higroscópico – armazenar em local seco, ventilado e protegido do sol
- Evitar derramar sobre a pintura do veículo
- Evitar o contato do produto com óleo mineral, graxas e outros materiais
- Verificar o nível do líquido no veículo pelo menos uma vez por mês
- Substituir o líquido do veículo a cada 12 meses
- Evitar o contato com lonas e pastilhas de freio
O que é verificado na certificação
Durante o processo de certificação do sistema de freios, muitos itens são pesquisados e testados para que atenda as especificações da norma. São feitos ensaios quanto ao teor de água, ponto de ebulição e a perda por evaporação do produto. “Esses ensaios servem para verificar a qualidade do produto, pois pode acontecer do fabricante ter armazenamento inapropriado, pode ter embalado o produto alterado, entre outros fatores. O ensaio também checa se os requisitos estão sendo estabelecidos pelo fabricante”, analisa.
A certificação passa a ser obrigatória para fabricantes, emvasilhadores e importadores a partir de fevereiro de 2012. Já os revendedores têm prazo mais extenso por conta do estoque: fevereiro de 2014. “Fique atento para os lotes de fluido em estoque na sua oficina, que têm apenas 48 meses de validade para comercialização, à partir de agora.
(publicado originalmente na revista O Mecânico, junho de 2011)
Certificação IQA garante qualidade nos processos da Triade
Desde 2005, a empresa colhe os frutos do investimento, com melhor controle dos processos, otimização de estoque e iniciativas de preservação ambiental
A fabricante de autopeças Triade encontrou na Certificação IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, a ferramenta necessária para garantir processos de gestão mais confiáveis e robustos, e com isso atender melhor os clientes no mercado de reposição.
Fornecedora de tampa frontal do câmbio, polias, sobrepolias, cubos desligadores da embreagem, torres de câmbio, anéis do encosto do cubo de rodas e outros componentes, a Triade é certificada desde 2005 e nestes seis anos tem evoluído constantemente ao apresentar a cada recertificação inovações nos processos logísticos e de distribuição dos produtos.
Entre as melhorias conquistadas, a Triade apresenta agora melhor gestão de processos, com exemplar organização dos procedimentos administrativos, que passaram a ser padronizados, o que possibilita atender os clientes com mais agilidade. Agora, cada peça sai da linha de montagem com código interno e correspondente da montadora, e termo de garantia individual, iniciativas que ajudaram a melhorar o controle de qualidade dos componentes fabricados. Além disso, o estoque foi otimizado o que facilita a busca pela peça procurada.
Outra iniciativa foram ações voltadas à preservação do meio ambiente, como o projeto de coleta de material reciclável, estendido às residências dos funcionários. “Eles podem trazer o material que separam em casa e o dinheiro arrecadado com a venda dos recicláveis vai para um fundo dos funcionários, para ser utilizado como eles acharem melhor”, afirma Camila Teixeira, gerente de Marketing da Triade.
Inaugurada em 1961, a Triade completa 50 anos de fundação este ano e, para celebrar a data, lançou um selo comemorativo especial que será utilizado em toda comunicação visual da empresa, em conjunto com o selo do IQA.
Quando estudar é preciso
A maior aproximação do IQA com a VDA trará uma série de benefícios para a indústria brasileira.
por Mário Guitti
Na última semana tivemos a oportunidade de receber no Brasil o responsável pela área de controle de treinamento e licenças nacionais e internacionais da VDA QMC (Centro de Gerenciamento de Qualidade da Associação Alemã da Indústria Automotiva), Thomas Junggeburth. O executivo nos trouxe uma notícia muito importante: as montadoras alemãs começam a exigir a presença de pelo menos dois engenheiros especialistas em normas VDA internamente e também nos fornecedores.
As regras VDA são muito utilizadas na Alemanha. Apesar do esforço mundial na criação de um único código, como a ISO/TS 16.949 para a indústria automotiva, os alemães nunca abandonaram a VDA. Além de editar normas para o setor, a entidade representa no país europeu o mesmo que a Anfavea e o Sindipeças são para os brasileiros. Porém, lá, montadoras e fabricantes de autopeças estão juntas, em uma única associação.
Assim, a passagem de Junggeburth pelo Brasil foi bastante intensa e proveitosa, pois reafirmou a parceria com o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, representante exclusivo no Brasil dos treinamentos, tradução e distribuição dos manuais da VDA. Fomos escolhidos pela nossa especialidade técnica e relevância no setor automotivo como agentes da qualidade. Afinal, fomos criados pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor para isso.
A maior aproximação com a VDA vai possibilitar uma série de benefícios para a indústria brasileira: como acesso facilitado às normas e material publicado em português. O IQA também passa a ser o responsável por levar à Argentina os conhecimentos da norma alemã.
Nos dias em que esteve no Brasil, Junggeburth treinou nossos especialistas que passaram a ser instrutores certificados das normas VDA e, com isso, estão prontos para ministrar os treinamentos, tal como são realizados na Alemanha. Para a indústria, a vantagem é que, a partir de agora, quem quiser implementar os sistemas de gestão da qualidade baseados nas normas VDA conta com suporte local para treinamentos, e sem a necessidade de enviar profissionais para a Europa para receber treinamento exclusivo. O custo ficou menor.
E por que investir no padrão VDA? Para atender ao cliente. As montadoras alemãs passarão a exigir isso. Apesar de haver uma norma genérica, cada montadora criou seus requisitos específicos para atuar junto com a ISO/TS 16.949. As alemãs utilizam a VDA, que também serviu de base para a ISO/TS 16.949. E, como bem definiu Junggeburth, a indústria automotiva alemã é uma das grandes mestres em qualidade.
Assim, estamos preparados para esta nova demanda. Estudar é preciso, ainda mais em um mundo competitivo. Já faz algum tempo que “bato na tecla” da necessidade de se investir cada vez mais na competência humana da nossa, pois não adianta ser o sexto maior produtor de automóveis do mundo, se nossos engenheiros e tecnólogos não acompanham o ritmo do crescimento.
Fabricar é só uma parte. A outra é projetar e desenvolver tecnologia. Se nossa preocupação ficar parada somente na capacidade produtiva, podemos ficar para trás. Temos uma engenharia que se destaca em criatividade e o quanto mais a desenvolvermos, melhores serão as chances de mantermos nossa posição frente à concorrência dos países que hoje se destacam pelo fator da competitividade de seus produtos.
Fomentar a qualidade da nossa mão de obra é, portanto, um diferencial competitivo e temos que aproveitar este bom momento da indústria brasileira em relação ao resto do mundo, pois se não o fizermos agora, pode ser que não tenhamos outra chance.
O IQA possui inúmeros treinamentos de qualificação profissional para a cadeia automotiva. Conheça o calendário de treinamentos 2011 em nosso site (www.iqa.org.br) ou envie-nos um e-mail: treinamentos@iqa.org.br.
Mário Guitti é superintendente do IQA - Instituto da Qualidade Automotiva. iqa@iqa.org.br
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sábado, 11 de junho de 2011
Nissan lança evento que percorrerá o País
Nissan Inova Show apresentará a inovação presente nos carros da empresa e em duas novidades mundiais: o Nissan LEAF e o Nissan March, que chega ao Brasil em outubro
A Nissan lança, em junho, o Nissan Inova Show, evento inovador de relacionamento com o consumidor que percorrerá mais de 30 cidades, de norte a sul do país, para levar a experiência da marca e o conceito de inovação japonesa da Nissan para mais de 100 mil pessoas, ao longo de um ano.
O evento, aberto ao público durante os finais de semana, será uma oportunidade para o consumidor conhecer toda a linha de produtos da empresa no Brasil: família Livina (Livina, Gran Livina, X-Gear), familia Tiida (Tiida e Tiida Sedan), Sentra e a picape Frontier, bem como, duas novidades mundiais da companhia: o Nissan LEAF, primeiro veículo 100% elétrico produzido em larga escala no mundo, e o Nissan March, primeiro popular japonês do Brasil, disponível nas concessionárias a partir de outubro.
O Nissan Inova Show terá exposição e test drive dos carros, além de proporcionar ao visitante uma experiência de marca interativa em 3D. Todos os modelos Nissan da linha 2012 também estarão disponíveis para a venda em condições de preço especiais.
“A Nissan tem um jeito diferente de pensar a inovação. A empresa entende que esta inovação não pode ser restrita somente para alguns, por isso, o Nissan Inova Show vem contribuir para levar de norte a sul do Brasil nossa qualidade e tecnologia oferecendo, em primeira mão, a oportunidade de comprovar tudo isso na prática ao dirigir o Nissan LEAF e o Nissan March, além de todo nosso line-up”, explica Carlos Murilo Moreno, diretor de Marketing da Nissan do Brasil.
A iniciativa integra a estratégia de Marketing da Nissan para ampliar o awareness da companhia no Brasil, o quarto maior mercado automotivo no mundo. O projeto contempla o Plano de Crescimento para 2014, quando a Nissan pretende alcançar 5% de share, figurando entre as principais marcas do mercado, principalmente no segmento de entrada, até então inexplorado por montadoras japonesas.
Outra área de grande investimento da Nissan é a rede de concessionárias. A expectativa é dobrar o número de unidades até o final do ano fiscal de 2012 (em abril de 2013), sendo que atualmente atende aos 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, com 111 concessionárias.
“Este evento vem selar um trabalho que estamos realizando desde o ano passado, e que está diretamente ligado à estratégia macro da companhia no país. Nosso principal objetivo agora é fazer com que os brasileiros entendam tudo aquilo que especialistas do setor automotivo já disseram e que nossa publicidade trabalhou intensamente nos últimos meses: a Inovação Japonesa da Nissan, que tem relação custo-benefício jamais vista antes”, explica Carlos Murilo Moreno, diretor de Marketing da Nissan do Brasil. “É uma forma de apresentar nossa qualidade e tecnologia oferecendo, em primeira mão, a oportunidade de comprovar tudo isso na prática ao dirigir o Nissan LEAF e o Nissan March”, completa.
Nissan March
Desenvolvido completamente no Século XXI, o Nissan March conta com um design totalmente novo e engenharia baseada na inédita plataforma V da Nissan, sinônimo de versatilidade. Com sua chegada no mercado brasileiro em outubro, o March proporcionará um novo conceito no segmento popular.
Entre alguns dos detalhes está o “V” aplicado ao teto, que dá ao painel do teto mais robustez e permite a utilização de uma arquitetura mais fina, que reduz o peso e diminui o centro da gravidade, permitindo maior eficiência, estabilidade e prazer ao dirigir. Outro diferencial são as rodas, que foram empurradas para as laterais, proporcionando maior espaço interno aos passageiros e com um desenho mais confortável para a acomodação.
Internacionalmente, o Nissan March já conquistou importantes reconhecimentos, como o prêmio "Carro do Ano" na categoria de “Carro mais amigo do meio ambiente”, concedido pelo Grand Prix International Co, um dos mais influentes no setor automotivo, e o de "O modelo mais emocionante a ser lançado em 2010", na China.
Nissan LEAF
O primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala no mundo. Nissan LEAF foi lançado em 2010 no Japão, EUA e em alguns países da Europa e revolucionou o conceito de mobilidade, marcando uma nova era para a indústria automotiva, a da emissão zero.
É alimentado por baterias de íon-lítio que permitem percorrer 160 quilômetros com uma única carga. Desde seu lançamento, o Nissan LEAF já conquistou o principal reconhecimento do setor, o prêmio “Carro do Ano 2011” nos EUA, além do “Carro do Ano” na Europa, do “Top Safety 2011” e do “Top Safety Rating”.
(publicado originalmente em 08/06/2011, Website Cross Brasil, http://www.crossbrasil.com.br/2011060813366/Diversos-On-Road/nissan-lanca-evento-que-percorrera-o-pais.html)
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Qualidade faz toda a diferença
Em 15 anos de existência, o IQA - Instituto da Qualidade Automotiva já certificou mais de 1.200 empresas e 15.000 produtos
(reportagem originalmente publicada na revista O Mundo da Usinagem, maio de 2011, para a qual eu e Sergio Kina, gerente técnico do IQA, fomos entrevistados)
Na década de 1990, com a abertura do mercado brasileiro aos produtos importados, a indústria automobilística passou por uma transformação significativa. O consumidor passou a ter acesso a modelos mais modernos e com novas tecnologias. Mas esta iniciativa também permitiu a entrada de carros e autopeças sem qualquer garantia de qualidade – o que ocasionou uma competição desleal de preços entre empresas brasileiras e fabricantes internacionais pouco confiáveis.
Para proteger o mercado nacional deste tipo de importação, as indústrias do setor criaram em 1995 o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) – organização privada e sem fins lucrativos que completou 15 anos de operação no final de 2010. O instituto tem como objetivo avaliar se os componentes automotivos comercializados no Brasil atendem aos requisitos mínimos de segurança, além de verificar o impacto que estes produtos causam no meio ambiente.
Durante os processos de avaliação, são realizados dois procedimentos básicos. Inicialmente, técnicos do IQA realizam uma auditoria para verificar a qualidade da gestão, da linha de produção, da infraestrutura e também dos atendimentos de venda e pós-venda. Em um segundo momento, são analisados os produtos de acordo com as especificações necessárias. No caso de pneus – um dos produtos com certificação compulsória definida pelo Inmetro –, por exemplo, avalia-se características como dimensões, capacidade de carga e data de fabricação.
Hoje, o IQA mantém 140 colaboradores, incluindo a diretoria composta por profissionais voluntários. Até o momento, o instituto já certificou aproximadamente 1.200 empresas nacionais e internacionais, somando um total de 15.000 produtos certificados – pneus, rodas, cilindros de gás natural veicular (GNV), pastilhas de freio e vidros de segurança são alguns destes componentes.
Entre os principais serviços oferecidos pela instituição destaca-se a concessão de certificações como ISO 9001 (gestão da qualidade), ISO/TS 16949 (produção automotiva) e ISO 14001 (meio ambiente). Por meio de uma parceria com a organização TÜV Süd, o IQA também concede as certificações VDA 6.1 (norma alemã que avalia o sistema de gestão da qualidade) e OHSAS 18000 (saúde e segurança ocupacional). O instituto também oferece suporte às empresas durante a vigência do certificado.
IQA oferece treinamento a profissionais, publica literaturas técnicas e homologa componentes veiculares
"Caso uma empresa esteja envolvida em polêmicas em consequência do mau funcionamento de algum componente do veículo certificado pelo IQA, o instituto pode avaliar o componente para descobrir se realmente há algum defeito de fabricação ou se as falhas estão ocorrendo por mau uso do usuário", exemplifica Sérgio Kina, gerente técnico do IQA. Nesse caso, o instituto pode evitar que a empresa tenha prejuízos causados por um recall desnecessário.
Atuação abrangente
Com o passar dos anos, o IQA cresceu e passou a ampliar sua atuação, oferecendo outros serviços também destinados à promoção da qualidade dos produtos da cadeia automotiva. Entre eles estão o treinamento de profissionais qualificados, a publicação de literaturas técnicas, a homologação de componentes veiculares e a certificação de oficinas de reparação automotiva. "Atendemos todos os envolvidos no setor, desde empresas de usinagem até oficinas mecânicas", explica Alexandre Xavier, gerente de Negócios e Marketing do instituto.
O IQA é um órgão certificador brasileiro que atende especificamente o setor automotivo e também é a única organização não-montadora a ser membro permanente da Comissão da Qualidade da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Assim, o instituto tem acesso em primeira mão às principais exigências e discussões das montadoras de automóveis.
Da mesma forma, o IQA também é o único participante não-fornecedor de produtos em grupos similares promovidos pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), e pelo Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa), além de outras importantes entidades representativas do setor automotivo.
Por que certificar?
A certificação de um produto ou serviço representa, para os consumidores, a qualidade do item adquirido. No setor automotivo, este fator torna-se ainda mais importante, pois um item que não apresenta boa qualidade pode colocar em risco a vida dos passageiros que utilizam o veículo.
Para empresas como fabricantes de autopeças, por exemplo, as certificações também apresentam muitas vantagens. "A certificação pode ser vista como uma ferramenta de gestão, pois assegura que o nível de qualidade será mantido nos fabricantes, já que com ela serviços e produtos oferecidos serão avaliados constantemente", justifica Xavier. "Com as auditorias feitas para a concessão do certificado, a empresa tem uma avaliação concreta da qualidade de seus sistemas de produção e pode perceber como aprimorar suas operações", completa.
Outra vantagem é o diferencial que as certificações podem representar perante os outros fabricantes ou prestadores de serviço do mercado. Esta garantia indica aos consumidores que uma oficina certificada, por exemplo, utiliza os equipamentos corretos, mantém todas as ferramentas devidamente calibradas e emprega apenas profissionais capacitados para executar seus serviços.
Por fim, Xavier acrescenta que a certificação também pode funcionar como uma ferramenta de padronização. "Desenvolvemos a pedido da Fiat um projeto de padronização de 485 concessionárias da marca distribuídas pelo Brasil, garantindo assim que todas operassem com a mesma qualidade", exemplifica.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Jantares inteligentes
VOCÊ JÁ foi a um jantar inteligente? Jantares inteligentes são frequentados por psicanalistas, artistas plásticos, músicos, atores, jornalistas, publicitários (com a condição de falar mal da publicidade), médicos (esses porque, como é sempre chique ser médico, não se dispensa médicos nunca), produtores, "videomakers", antropólogos, sociólogos, historiadores, filósofos.
Administrador de empresa não pega bem (a menos que tenha um negócio sustentável). Engenheiros, coitados, só vão se forem casados com psicanalistas que traduzem pra eles esse mundo de gente inteligente. Advogados podem ir porque é sempre necessário um cínico inteligente em qualquer lugar. Pedagogas, só se casadas com esses advogados e por isso talvez consigam bancar amizades chiques assim.
Ricos são sempre bem-vindos apesar de gente inteligente fingir que não gosta de dinheiro. Pobre só se for na cozinha, mas são super bem tratados. Claro, tem que ter um amigo gay feliz.
Essa gente é descoladíssima. Seus filhos estudam em escolas de esquerda, claro, do tipo que discute o modelo cubano de economia a R$ 2 mil por mês.
Quando viajam ficam em lugares que reúne natureza "pura", tradição (apenas como "tempero do ambiente") e pouca gente (apesar de jurarem ser a favor da democracia para todos, só gostam de passar férias onde o "povo" não vai).
Detalhe: é essencial achar todo mundo "ridículo" porque isso faz você se sentir mais inteligente, claro.
Quanto à religião, católica nem pensar. Evangélicos, um horror. Espírita? Coisa de classe média baixa. Budista, cai muito bem. Judaica? Uma mãe judia deixa qualquer um chique de matar de inveja. Judaísmo não é religião, é grife.
Mas o que me encanta mesmo são as "atitudes" que se deve ter para se frequentar jantares inteligentes assim. Claro, não se aceita qualquer um num jantar no qual papo cabeça é o antepasto.
Quer saber a lista de preconceitos que pessoas inteligentes têm? Qualquer um desses "gestos" abaixo você pode ter, que pega bem com comida vietnamita ou peruana.
1) A Igreja Católica é um horror e o papa Bento 16 é atrasadíssimo. Claro que não vale ter lido de fato nada do que ele escreveu;
2) Matar Osama bin Laden sem julgamento foi um ato de violência porque terroristas são pessoas boazinhas que querem negociar a paz em meio a criancinhas;
3) Ter ciúmes é coisa de gente mal resolvida;
4) Se algum dia um gay lhe cantar e você se sentir mal com isso, você precisa rever seus conceitos porque gente inteligente nunca tem mal-estar com coisas assim;
5) Se seu filho for mal na escola, minta. Se alguém descobrir, ponha a culpa na professora, que é mal preparada pra lidar com crianças como seus filhos, que se preocupam com as baleias já aos 11 anos e discutem a África no Twitter;
6) Caso leve seus filhos à Disney, não conte a ninguém, pelo amor de Deus!;
7) Acima de tudo, abomine os Estados Unidos, ache Obama ótimo e vá à Nova York porque Nova York "não são os Estados Unidos";
8) Não seja muito simpático com ninguém porque gente simpática é gente carente e gente assim procura "eye contact" em festas. Um conselho: olhe sempre para um ponto no horizonte. Assim, se alguém falar com você, ela é que é carente;
9) Ache uma situação para dizer que você conhece uma cidadezinha no sul da Itália e lá ficou hospedado na casa de uma amiga brasileira casada com um italiano que defende o direito dos imigrantes africanos e odeia Silvio Berlusconi;
10) O ideal seria se você tivesse passaporte italiano também;
11) Se alguém falar pra você que não dá para pagar direitos sociais e médicos para imigrantes ilegais na Europa, considere essa pessoa um "reacionário de direita", mesmo que você não aceite sustentar alguém que não seja você mesmo e sua família (no caso da família nem sempre, claro);
12) No conflito israelo-palestino, não tenha dúvida, seja contra Israel, mesmo que morra de medo de ir lá e não tenha lido uma linha sequer sobre a história do conflito;
13) Se você se sentir mal com a legalização do aborto, minta;
14) Deixe transparecer que só os outros transam pouco;
15) Seja ateu, mas blasé.
Luiz Felipe Pondé
ponde.folha@uol.com.br
(publicado originalmente em 06/06/2011, Folha de São Paulo)
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